Em Busca de Respostas

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O Senhor das Estrelas corria em direção a Cidade da Cordilheira, desviando de tiros e se escondendo em árvores para conseguir atirar de volta nos agressores. O guardião conseguiu eliminar alguns deles, mas se encontrou cercado quando percebeu sons vindos de ambos os lados. Peter pensava ser seu fim, quando uma faísca surgiu um pouco mais a frente. Gradativamente ela foi aumentando de tamanho, até se expandir e formar uma espécie de domo laranja ao redor da floresta. Monstros feitos de um material roxo começaram a surgir, atacando tudo o que viam pela frente. Peter ficou um tanto confuso se atirava nos monstros ou nos agressores que deram as caras. Muitos estavam sendo eliminados pelas criaturas. Quill conseguiu destruir inúmeros monstros, mas sua munição chegou ao fim quando estava prestes a finalizar um em sua frente:
- Mas que... - o guardião é golpeado por uma das criaturas e agarrado por outra logo em seguida. O homem começa a ficar sufocado com a força que aquele monstro faz contra seu corpo.
Em paralelo a isso, Torin e Charlotte seguem os rastros de Peter e vêem o domo ao redor da floresta. As duas se olham, antes de correrem até o local:
- Vamos só pegar o homem estrela e sairmos daqui - Charlotte reforça
- Espero que ele ainda esteja vivo - Torin é a primeira a entrar no domo, vendo o caos do lado de dentro. Armas espalhadas pelo chão, fragmentos de monstros brilhando e mais a frente ele, Peter. Sem pensar duas vezes, a mulher usa de seus conhecimentos em manipulação da energia do cubiverso e cria uma espécie de espada com os fragmentos dos monstros:
- Se meteram com a pessoa errada! - Torin fatia os monstros com facilidade, livrando o Senhor das Estrelas das garras dos monstros do cubiverso. O homem puxa o máximo de ar que consegue para seus pulmões e se levanta com dificuldade:
- Valeu...
- Vamos embora daqui! - Charlotte grita enquanto corta alguns monstros pelo caminho. Rapidamente os três correm para a extremidade do domo e conseguem sair daquele fragmento do cubiverso. A garota de cabelos pretos e o loiro se sentam no chão para recuperar o fôlego:
- A gente vai ter que enfrentar aquilo?! - Quill pergunta com uma voz cansada
- Até que você não é tão mole quanto pensei que fosse - Charlotte ri
- Valeu... Eu acho - ele se levanta e vai até Torin, que transforma seu traje novamente em um cubo - aí, você tá bem?
- Eu que deveria te fazer essa pergunta - a platinada o olha de cima a baixo
- Estamos todos bem, olha só... Que incrível! Uau - Charlotte se levanta e começa a andar em direção a cidade - agora será que podemos ir antes que mais alguma coisa tente nos matar?
- Delicada como sempre - Quill apoia suas mãos na cintura rindo de leve, sendo acompanhado por Torin.
O trio passa um bom tempo caminhando. Após passarem perto da Cidade da Cordilheira e tomarem outro caminho para uma floresta mais abaixo, eles conseguem ver o grande cubo azul, o único cubo que parece querer proteger os moradores da ilha.
O sol está perto de se por, mudando bastante a luminosidade no local, com um tom mais alaranjado. Quill pensou nunca ter visto uma paisagem tão bela, até observar Torin ao lado do cubo azul, com a luz do sol reluzindo sobre sua pele clara e seu cabelo platinado. O loiro estava encantado com a cena. Torin olha para Peter, mostrando um sorriso acolhedor, apontando para o cubo ao seu lado com a cabeça. Peter chega mais perto do cubo e toca em sua superfície levemente. Ao contrário do que Torin pensava, as mãos do homem foram tomadas por uma leve coloração azul brilhante. Ao desencostar do objeto, o brilho azul em suas mãos havia parado e o cubo continua azul. Torin se alegra com o que viu:
- A energia de vocês... É compatível! - ela sorri
- E isso é uma coisa boa? - Peter pergunta confuso
- Quer dizer que temos uma chance de acabar com os cubos! - ela faz menção em tocar no cubo mas algo inesperado aconteceu, uma pequena descarga elétrica é lançada contra a mulher, que recua alguns passos e coloca as mãos no peito. Peter vai até a mulher e oferece sua ajuda, na qual ela aceita de bom grado. Charlotte que estava apenas observando a cena, se senta na grama e observa melhor a interação dos mais velhos:
- Porque o cubo te atacou? Pensei que estivessem do mesmo lado - Quill checa os ferimentos tá mulher
- O cubo roxo... Ele deve ter sentido minha energia - ela sobe seu olhar para o loiro
- Tipo um mecanismo de defesa?
- Por aí - os dois mantém o olhar um no outro. Torin se pergunta o que passa na cabeça do homem ao seu lado. Chipanski o apresentou como alguém confiável, e até então ele se mostrou bastante útil para a evolução de sua pesquisa sobre a energia do cubo. Os dois desviam o olhar quando escutam a voz de Charlotte:
- Acho que já tá tarde... Podemos continuar amanhã
- É... Quer dizer, vai ser um longo caminho de volta - Peter pisca algumas vezes antes de se afastar um pouco da mulher
- Não vamos para a base de operações - Torin ajeita suas roupas
- Não? - o loiro pergunta confuso
- Temos um lugar aqui perto - Charlotte segue na frente. Eles caminham pela grama até uma pequena estrada de terra no sul da ilha, onde no final da estrada há uma ponte de madeira, que leva até um pequeno ferro velho com uma casa no meio. Ao adentrarem, o interior do imóvel era maior do que o esperado:
- Fica a vontade dono das estrelas- a mais nova encosta no balcão e dá uma boa olhada na casa
- Era pra isso estar assim? - Torin reclama da leve bagunça na sala
- O unicórnio que ficou responsável por limpar a sala
- Não vamos ficar aqui por muito tempo, né? - Quill fecha a porta atrás de si
- Espero que não - Charlotte faz menção de subir as escadas, mas para no primeiro degrau - e seu quarto é o último homem estrela...
- Não... Olha, me chama de Peter
- Tá bom então... Peter - ela debocha - não fiquem acordados até tarde, partiremos pela manhã
- Porque ela é assim? - Quill pergunta para Torin, enquanto observa a mais nova subir as escadas
- Pelo que entendi ela teve que amadurecer muito cedo - a mulher ao seu lado responde
- Você disse mais cedo que o Loop afeta a memória das pessoas... Porque não aconteceu o mesmo comigo?
- Eu... Não sei - ela anda até um sofá e se senta pensativa - pode ser sua energia que é diferente, ou até mesmo seu capacete - ela aponta

- Seja o que for, podemos descobrir, salvar a ilha e voltarmos pra casa - Peter senta ao seu lado

- Com o que descobri, ainda temos uma chance de vencer - os dois se olham ao mesmo tempo. A noite foi longa para ambos, ficaram bastante tempo se conhecendo e conversando sobre estratégias para passarem longe dos locais corrompidos pelos cubos e evitarem os domos do cubiverso.

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