Corrupção

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  Algumas semanas se passaram após o trio Charlotte, Torin e Senhor das Estrelas descobrirem que Kor possui um contato mais direto com a Ordem Imaginária, organização que controla o Ponto Zero e, consequentemente, toda a ilha. Nenhum dos envolvidos na conversa tocou no assunto, e Kor anda se mostrando bastante prestativa pela causa contra os cubos da Ultima Realidade. Charlotte se pergunta como a espiã consegue sustentar essa mentira por tanto tempo. Torin e Peter apresentaram estratégias e teorias que ajudaram no avanço das pesquisas sobre o cubiverso e a entender sobre os cubos que se movimentavam pela ilha. No momento atual, os cubos estão perto da parte central da ilha. Chipanski e Peter Quill voltaram de uma visita ao Bosque Choroso, onde boa parte do local estava corrompida:

- Boas novas, o Guarda Moita disse que vai se juntar a causa - Senhor das Estrelas chega animado na base de operações

- Não foi muito difícil de convence-lo, já que salvamos as folhas dele - Chipanski ri de sua piada e coloca sua sniper a laser em cima da mesa no centro

- Mesmo assim, não sei se daremos conta...

- Otimismo Crinabela, conseguimos derrotar aqueles monstros várias vezes, quando os cubos se reunirem vamos colocar o plano em prática - Peixotoon se anima enquanto come uma rosquinha

- O Peixoto tem razão, o plano tem tudo pra dar certo - Quill manda um sinal positivo com seu polegar na direção do companheiro

- Mas e se a Ordem intervir? - Charlotte pergunta de sua cadeira

- Tenho certeza que ela sabe de todos os nossos passos, e se ela não tomou nenhuma providência até agora, eles devem ter deixado por nossa conta - Quill olha discretamente para Kor, que pisca para o loiro. Torin encara a espiã, mas desvia seu olhar quando Peter a chama para conferirem o quadro de planejamento.

  Após a equipe recapitular o plano, Estebam Crinabela e Peixotoon são os primeiros a partirem; Charlotte diz que ficará pela base de operações por enquanto e se retira da sala de reuniões; sobrando apenas Kor, Chipanski, Torin e Peter. A espiã se levanta de sua mesa:

- Checarei a fabricação das armas - a mulher coloca seu sobretudo que estava apoiado na cadeira - precisarei de alguém que saiba o que está fazendo para testá-las - ela sorri

- Você mesmo não pode fazer isso? - Torin indaga, sabendo onde Kor quer chegar

- Não sou tão boa com esse tipo de armamento de elite, não é mesmo Senhor das Estrelas? 

- Quer que eu vá com você? - Quill cruza os braços

- Porque não? Você está acostumado a mexer em todo o tipo de arma e equipamento...

- O Chipanski pode ir...

- Porque não todos nós? - o primata oferece. A espiã apenas segue seu destino e os demais a acompanham.

  Após entrarem no carro e partirem para a Toca do Gato, ninguém fala uma palavra durante a viagem. A paisagem da ilha estava mais homogênea do que a primeira vez que fizeram aquele caminho. A corrupção dos cubos estava cada vez mais tomando conta da ilha:

- O Peixoto acha que temos uma chance - Peter quebra o silêncio

- Não é impossível - Chipanski concorda - temos uma maga do cubo, uma espiã, um engenheiro espacial de ponta, uma caçadora de demônios, um unicórnio falante e um herói espacial

- Seu otimismo é contagiante - Kor revira os olhos

- Alguém tem que ser né mulher? - o primata rebate

- Ficou sabendo da projeção? - a espiã pergunta ao primata reforçando mais seu sotaque

- Que projeção, maluca? - ele ajeita os óculos, mas não recebe resposta da mulher. Quill e Torin se olham, sentados no banco de trás do carro sem entender sobre o que se trata. Os dois passageiros percebem que Kor passou pela Toca do Gato e não parou o carro. Peter encara a mulher pelo pequeno espelho da frente do carro, vendo a mesma o olhar de volta com um sorriso travesso. Chipanski parece não se incomodar com a mudança repentina de caminho, ascendendo um alerta em Quill e percebendo que ele também poderia estar junto com a Ordem Imaginária em seu plano paralelo. Torin surpreende o loiro quando pega em sua mão e discretamente entrega um globo de neve:

- Em caso de emergência - ela sussurra em seu ouvido. Para não levantar suspeitas, a platinada deixa um beijo em sua bochecha. Quill guarda o objeto discretamente no bolso de sua jaqueta e olha nos olhos da mulher ao seu lado. Kor percebe o pequeno ato:

- Sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer

- Isso o que exatamente? - o loiro pergunta

- Vocês dois... É até engraçado de ver

- Sabe o que também é engraçado...? - a fala de Torin é interrompida quando Kor para o carro de frente para o bunker da Ordem Imaginária. Os quatro saem do veículo. Chipanski olha para sua parceira confuso, esperando que ela explicasse o motivo de estarem ali. A espiã por sua vez apenas se comunica com alguém pelo celular e dentro de alguns minutos a porta do bunker é aberta, revelando uma pequena estação de pesquisa e alguns guardas armados da OI saindo do local. Dentre tudo isso, uma figura chamou atenção dos demais, uma mulher de óculos e um cabelo black volumoso. A morena vestia uma armadura com alguns símbolos estampados. Ela anda em direção ao quarteto:

- Trouxemos sua encomenda, Slone - Kor aponta com a cabeça para o casal atrás dela

- Agora queremos nossa parte do acordo - Chipanski ajeita seus óculos. Slone faz um sinal com as mãos e dois guardas acompanham os traidores para dentro do bunker

- Ai Quill, não é nada pessoal, negócios são negócios - o primata se explica andando de costas em direção ao bunker

- Ora seu... - Peter fez menção em pegar sua arma escondida, mas Torin o impede

- É bom ficarem calmos, não quero ter que acabar com as últimas esperanças contra o que está por vir

- Essa voz... Você! Você é a culpada! - Quill se altera

- Do que você tá falando Pete?

- Era a voz dela que eu escutei quando tava na nave mãe - o homem aponta para Slone, que ri de seu drama

- Culpada? Saiba que tudo isso só está de pé por conta do meu plano - a morena rebate

- Acontece que seu plano era deixar os Loopers lá em cima, pra morrerem!

- Pra fazer uma omelete, alguns ovos devem ser quebrados - a doutora ri debochada

- Olha aqui sua...

- Antes de me xingar de qualquer coisa, por acaso sabem com o que estão lidando?

- Com cubos interdimensionais que querem dominar a ilha - Torin se intromete na conversa

- Belo palpite, mas não é tão simples quanto parece - a doutora pondera - esses cubos vem de um lugar, uma realidade governada por seres de imenso poder. Já capturamos um peixe grande para tentar estuda-lo, mas... Digamos que imprevistos acontecem

- Como que com todo esse conhecimento vocês não conseguem parar o que está por vir? - Torin pergunta indignada

- Sabem que a Ultima Realidade não é a única atrás do Ponto Zero - Slone corrige - enquanto vocês brincavam com aqueles monstros do cubo, eu estava resolvendo um problema dos grandes... Duas anomalias, vindas do seu universo - ela aponta para Quill

- O que? Como...?

- Também não sei como o simbionte veio parar aqui, mas o dito deus da trapaça queria a mesma coisa que os aliens

- Espera... Você enfrentou o Loki e o Venom? - Peter chega mais perto da morena. Os guardas da OI apontam suas armas para o loiro:

- Mais um passo e você será o terceiro ser do universo 616 a ser extinto

- Manda eles abaixarem as armas - Torin mostra seu cubo

- Um cubo inativo... Já vi esse truque antes - Slone debocha

- Torin, calma, tá tudo sob controle - Peter segura sua mão delicadamente - eles não seriam malucos de atirar sem a ordem da quatro olhos ali atrás

- Espero que esteja...- disparos são ouvidos de dentro do bunker. O casal olha a cena: Chipanski e kor foram mortos por soldados da OI:

- Mas que...

- Não achei que fosse tão fácil - Slone observa Peter e Torin de mãos dadas, olhando horrorizados para o bunker - quero ela viva e energizada, façam o que quiserem com o Senhor das Estrelas - a doutora vira de costas e caminha até o bunker - preparem o prisioneiro, ele vai falar por bem ou por mal - slone diz baixo em seu comunicador enquanto caminha.

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