Um Homem Digno

25 - Me lembra vc!

Bright estava sentado na mesa de desenho de seu novo estúdio na cobertura de Win, esboçando uma ideia que tinha chegado a ele mais cedo naquela manhã.
Eles estavam compartilhando seu segundo fim de semana juntos, e ele não queria admitir o quão confortável ele se sentia lá. Ele se perguntou se isso era a sensação de ter uma "casa" a facilidade de deixar sua guarda para baixo e simplesmente desfrutar de algum tempo quieto, sozinho, desenhando ou no sofá com Win.
Ou talvez fosse a simples alegria de estar com ele novamente.
Ele cantarolava enquanto ele virava a folha grande sobre a mesa de desenho, esboçava a linha principal, em seguida, rapidamente virava a página novamente. Cada linha, acrescentava para a página um propósito, e cada nova sombra acrescentava profundidade e vida à sua criação.
Possuído com a necessidade de terminar os últimos detalhes, ele perdeu a noção de tempo e há quanto tempo ele tinha mastigado o cookie que Win tinha trago para ele.
A sugestão de um sorriso puxou o canto de sua boca cada vez que ele pensava nele.
Win.
Ele era a única razão que Bright se sentia confortável o suficiente para se desligar de tudo e se concentrar no desenho.
Sua presença calma sempre dava força, e sua proximidade sempre acalmava os milhares de perguntas e dúvidas que lutavam dentro de seu espírito.

Sua mente estava na zona. Ele era um sonhador, desenhando linhas e dando à luz a esta criação. Nada existia exceto o desenho na frente dele que parecia respirar mais plenamente com cada linha recém esboçada.
Ele pegou outros lápis da fila ordenada que ele tinha escolhido e acrescentou um acabamento afiado, linhas mais escuras.
Ele se endireitou e olhou para o desenho. Sua respiração acelerou e seu coração deu um soco contra seu peito. Ele era o seu próprio pior crítico, mas mesmo ele não viu uma única linha que precisava ser alterada.

"Quando você fizer uma pausa, eu quero lhe mostrar uma coisa." Disse Win sorrindo.

Bright olhou por cima do ombro.
"Eu acabei de terminar."

"Posso ver?"

Bright assentiu, se remexendo quando Win se aproximou da mesa de desenho. Ele esfregou a sola de seu pé descalço contra a perna da cadeira de desenho, esperando a reação inicial do namorado quando visse o esboço que iria deixá-lo saber se ele deveria aproveitar esta oportunidade.

As sobrancelhas dele se contraíram enquanto ele olhava para Bright, provavelmente tentando decifrar os pensamentos correndo pela mente dele.
Ele precisava saber o que Win pensava sobre o esboço. Win tinha usado um de seus projetos, mas ele não tinha tido a intenção de criá-lo para lançar o sonho de Win.
O apelo e sucesso desse primeiro projeto foi uma feliz coincidência e não uma garantia de que ele poderia criar algo igualmente poderoso.
O custo de tomar esse risco e como poderia afetar o futuro da empresa manteve sua natureza ousada em cheque.
Win tinha passado os últimos dez anos nutrindo e construindo um império de riqueza que Bright ainda não podia embrulhar seu cérebro em torno.
Ele queria ser uma parte disso. Ele coçava para estar ao lado de Win, para apoiá-lo e mostrar quão errados todos os filhos da puta que pensavam que Bright seria uma influência negativa sobre ele estavam errados.
Mas o pensamento de tudo desmoronando porque Bright não poderia fazer um desenho que poderia coincidir com o padrão que Win tinha estabelecido na indústria, o devorava.
A arte era subjetiva. E o que uma pessoa amava, outra odiava com uma paixão. Ele já tinha conseguido manter seu namorado longe de uma vida elegante uma vez antes, não havia nenhuma maneira que ele poderia fazer isso novamente.
Ele fechou os olhos enquanto Win se inclinava e dava um beijo em seus lábios.
Bright agarrou a parte de trás do pescoço de Win, o segurando no lugar por alguns segundos mais, tentando acalmar o enxame de borboletas que tinham invadido seu corpo e torciam o seu estômago.

"Mm."

Win gemeu quando eles se separaram. Seu olhar de pálpebras pesadas deslizou para a mesa e os seus olhos lentamente arredondaram. Ele inalou uma respiração afiada.
Bright torceu o lápis na mão e mordeu o lábio inferior. Seu peito arfava quando Win cuidadosamente pegou o esboço com uma mão.
Win não pronunciou uma palavra, mas a outra mão tremia um pouco enquanto ele segurava o esboço na frente dele com as duas mãos. Ele encarou, os olhos deslocando lentamente, como se viajando ao longo de cada curva no desenho. Bright precisava saber o que Win achava, mas ele também sabia que isso era parte de seu processo.