The last of 9ºC

9- Leiria, a próxima paragem

Clara pov:

-METE AÍ MÚSICA AFONSO! -A Laura gritou para o outro lado do autocarro.

-Oh burra da merda não há gente a trabalhar nas estações de rádio, como é que queres ouvir música? -O Afonso gritou também.

-Ah ao menos eu roubei uma coluna na worten de Loures.

Ela pegou na coluna e começou a pôr Bispo.

-Eia tira me essa merda. -A Gabriela pediu.

-Então mete tu olha! -A Laura reclamou.

A Clara então pegou no seu telemóvel e conectou se à coluna dela. Logo meteu back to the hotel.

Já estávamos a andar há 20 minutos.
O resumo desta merda toda é: O vírus surgiu através dos ovos. Ao início só afetava os animais, mas acabou por passar para os humanos.
Os gónegas são a fase inicial dos infectados. Eles são a espécie mais parecida connosco.
Os Epidímos são uma fase mais avançada. O fungo já está mais evoluído e passam a ter mais controle do hospedeiro.
Segundo as notícias, há uma zona de abrigo no Porto e em Faro. Só esperamos que não esteja tudo destruído.

-Oi primas venham aqui. -O Davi chamou.

Fomos ter com o Davi e o Duarte e sentámos perto deles.

-Diga. -Respondeu a Leonor.

-Oh nós temos uma cena para vos contar mas não podem dizer a ninguém. -Dizia agora o Duarte.

-Ok né.

Ele levantou as calças e deu para ver que ele estava mordido.

-Como é que fizeste isso?! -A Leonor falou um pouco mais alto.

-Xiu! -O Duarte falou. -Foi na decathlon. Apareceu um gónega e ele mordeu me.

-Tens que contar aos outros! -A Gabriela disse.

-Estamos só à espera de chegar a Leiria. Agora não é boa altura. -O Duarte respondeu. -Por favor não lhes digam.

-Ok, mas tens que prometer que vais lhes contar quando chegarmos a Leiria. -Respondeu a Leonor.

Voltámos lá para a frente e esperámos chegar a Leiria.
O caminho foi meio chato. Não fizemos nada para além de decidir que quando formos ao próximo shopping íamos levar cartas de uno. Quando chegámos parámos numa estação de autocarros para abastecer o autocarro.

-Malta preciso de vos contar uma coisa. -O Duarte avisou.

Todos juntaram se e ele continuou:

-Quando fomos a Loures eu fui mordido. -Ele mostrou a perna mordida.

-Mas tu és parvo? -O Afonso perguntou. -Queres matar nos a todos?

-Não, é só que eu pensei que podíamos encontrar uma cura e...

-Tu não podes mentir uma coisa dessas Duarte! -A Helena disse.

-Ainda por cima não há cura ainda! -A Laura continuou. -Vais acabar por te transformar e podes matar nos a todos.

-O melhor é ires te embora. -O Afonso afirmou.

Ele olhou triste e começou a andar.

-Preferiam que ele nos comesse a todos? -O Afonso disse.

Nós nos separámos. Alguns foram comer e outros ficaram a falar.