BOOKSTORE GIRL, mason thames

chapter

KYLA HARWOOD

MASON E EU REPETIMOS AQUILO DURANTE TODA A SEMANA. Nós dois vínhamos para a livraria depois da escola, e às vezes passávamos a tarde estudando juntos. Eu o ajudava em algumas matérias que ele tinha um pouco mais de dificuldade, enquanto ele me ajudava em outras em que ele entendia melhor do que eu. De vez em quando, meu pai passava por nós e me lançava um sorriso, o qual Mason raramente reparava. Eu apenas correspondia ao sorriso, fazendo um gesto para que ele saísse. Ficava vermelha como um tomate. Depois, Mason me acompanhava até em casa e pedia um táxi. 

Quando Mason conheceu os meus pais, foi um desastre.

Eles chegaram na livraria enquanto eu conversava com Mason, me pegando de surpresa. Encaro os dois, congelados perto da porta, sem reação. Gaguejei, com os olhos arregalados:

— Pai? Mãe? O que estão fazendo aqui? 

Eu ainda não fazia ideia do que falar à eles para explicar o motivo de estar passando tanto tempo com um garoto. Então, quando eles apareceram, eu entrei em pânico.

— Pensamos em dar uma passada aqui. Esse deve ser o Mason, não é?

Sentia minhas bochechas queimando de vergonha.

— Sim, senhora — Mason diz, corado. Minha mãe estendeu os braços para ele, que se aproximou para um abraço. Ele e meu pai ficaram lado a lado, e meu pai sorriu.

— Eu só não quero ser avô tão cedo, hein?

Ai.

Meu. 

Deus. 

Meu pai ri, sem graça. Mason está petrificado, vermelho como um tomate. Eu não consigo sair do lugar, em choque. O tempo parece congelar, e todos ficam em silêncio. Eu pigarreio e tento mudar de assunto:

— Bem, vocês vão ficar? Porque Mason e eu estávamos pensando em dar uma voltinha.

Imediatamente, lanço um olhar para Mason, que assente. Quero sair daqui o mais rápido possível. 

— Mais já? Queremos saber mais sobre o garoto que tanto sai com a minha filha — minha mãe diz, com um sorriso simpático.

— Mãe, não precisa disso... — gaguejo. — Provavelmente só vamos ao centro da cidade e voltar. Não se preocupe conosco. 

Minha mãe olha para o meu pai, em busca de alguma opinião. O homem mais velho dá de ombros, indiferente. Minha mãe assente e sorri para Mason.

— Tudo bem, então. Se divirtam!

Suspiro, aliviada. Pego minha bolsa com as minhas coisas e arrasto Mason até a porta pela mão. 

— Até mais tarde. Amo vocês! — exclamo, e os mais velhos sorriem.

— Eu te amo, filha!

O sino da porta toca quando bato a porta. Mason e eu começamos a caminhar pela calçada do outro lado da rua, e só aí que percebo que ainda estou segurando sua mão. Paro por um segundo, surpresa. Mason olha para nossas mãos entrelaçadas, em seguida para mim, e dá um sorriso leve.

— Está tudo bem. Você se incomoda?

— Não! — exclamo. — De jeito nenhum.

Ele assente e continua segurado a minha mão enquanto passamos pela calçada. Aos poucos, meus músculos relaxam e meus ombros deixam de ficarem tensos. Quando chegamos no centro, logo avistamos uma loja de roupas. Eu puxei Mason para o outro lado da rua, exclamando: