9 Incoveniente

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Roier estava em seu quarto, pensando no que poderia estar acontecendo com Cellbit. Será que ele se machucou gravemente? Ou pior, será que ele morreu? A mente de Roier estava confusa com aquela situação estranha e doentia envolvendo ElQuackity. Alguém bateu na porta de Roier. Era Felps, que parecia meio chateado.

- Roier, você disse que já fez medicina, certo? - disse Felps, desviando o olhar.

- Sim, por quê? Alguém se machucou? - perguntou Roier, preocupado.

- Sim, o Spreen se machucou feio - respondeu Felps, rindo de forma desconfortável.

- Tudo bem... O que aconteceu exatamente? - perguntou Roier, curioso, fechando a porta do quarto.

- Ele caiu da escada. Me falaram que algum prisioneiro o empurrou, mas não temos ideia de quem foi - explicou Felps, levando Roier até a sala dos guardas.

- Espero que não tenha sido algo muito grave - disse Roier, entrando e vendo Spreen deitado no sofá com alguns machucados.

Roier ajudou Spreen com o kit de primeiros socorros, mostrando que sabia o que estava fazendo. Spreen sofreu apenas ferimentos leves, nada muito sério. Na sala estavam apenas Spreen, Roier e Felps.

- Obrigado, Roier - disse Spreen, piscando para Roier.

- De nada - respondeu Roier, meio envergonhado.

- Vocês dois parecem se dar bem - comentou Felps, rindo. De repente, seu rádio começou a fazer barulho. Era Cucurucho. - Pessoal, preciso ir! Cucurucho está me chamando - disse Felps, saindo correndo.

Roier e Spreen ficaram ali, se olhando, e a cada olhar de Spreen, Roier se derretia. Porém, Roier não conseguia esquecer dos avisos de Quackity.

- O que foi, meu amor? Você parece estranho hoje - disse Spreen, meio confuso.

- Não é nada, mas alguém me disse que você é abusivo. E não quero me envolver - falou Roier, meio chateado.

- Quem te disse isso? - perguntou Spreen, inicialmente calmo, mas sua paciência foi se esgotando e suas palavras ficaram cada vez mais altas. - Quem foi? Foi o Quackity? Eu juro a você que eu mudei! É sério, Roier - disse Spreen, convencendo Roier. - Vem cá - falou Spreen, puxando Roier para cima dele.

- Spreen, você mudou mesmo? - perguntou Roier, levemente envergonhado, enquanto estava em cima de Spreen, que sorria.

- Sim - respondeu Spreen, puxando Roier para beijá-lo.

A porta fez um estrondo quando alguém a quebrou de repente. Era um loiro meio alto, híbrido que parecia um Golden Retriever. Ele estava com raiva, algo parecia incerto. Aquele olhar avermelhado e o cabelo loiro que passava dos ombros. Ele estava espumando de raiva. Olhou para a cena com desgosto.

- ONDE ESTÁ O FILHO DA PUTA DO FELPS?! ELE LEVOU O MEU IRMÃO FAZ DUAS HORAS! - O loiro estava prestes a matar alguém se não obtivesse respostas.

- Deve estar na sala do Cucurucho - disse Roier baixinho, percebendo que algo ruim aconteceu. Ele rapidamente foi até o loiro. - Você é o Forever, certo? - Roier se arriscou.

- Não quero saber quem é você! Eu preciso achar meu irmão! - O loiro estava tão furioso que não queria perder tempo.

- Eu vou te ajudar. Eu conheço o Cellbit - disse Roier, pegando na mão de Forever, querendo ajudar. O loiro concordou com a cabeça e o seguiu.

Na porta da sala de Cucurucho havia sangue escorrendo debaixo da porta, e o sangue seguia em direção à enfermaria. Os dois seguiram o rastro de sangue, mas foram parados por um policial híbrido de demônio.

- Forever? - perguntou o policial meio demônio, que estava de capuz. Forever queria matá-lo também.

- CADE O MEU IRMÃO, PORRA! - Forever foi curto e grosso, mas o demônio não se abalou.

- Não podem ficar aqui. O Cucurucho está por aqui. Se ele te ver, ele vai - o demônio foi interrompido por um aperto em seu ombro, vindo de uma figura de touca.

- Forever e Roier? - perguntou ElQuackity, confuso, porém um sorriso travesso cresceu em seus lábios. - Você veio pelo seu irmão? Que maravilhoso! - ElQuackity parecia um louco, sorrindo de orelha a orelha. Ele era o diabo em pessoa.

- ElQuackity... - O loiro deu um passo para trás. Se ele se aproximasse muito, poderia levar um choque, afinal, aquele idiota sempre carregava um taser.

Cucurucho apareceu saindo da sala do enfermeiro, com uma expressão séria. Olhou desconfiado para Roier e depois para Forever. Ele não entendia como aquilo podia acontecer.

- Forever? O que faz aqui? Ainda mais com o psicólogo meia boca que mandaram? - perguntou Cucurucho, com as mãos no bolso, desconfiado.

- Eu vim procurar o Cellbit - disse Forever, desviando o olhar. Cucurucho se aproximou e sutilmente acariciou o rosto de Forever.

- Você me lembra sua mãe. Tão boba, sempre com a pele de porcelana, parece uma boneca - disse Cucurucho, ignorando o que Forever havia dito. O loiro se irritou, mas ninguém interferiu.



9 Capítulo: Inconveniente

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