2. Penhasco do Amor

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Demorei para atualizar porque não estava tendo tempo nem para escrever os meus outros livros.
Antes de você começar a ler, já aviso que esse conto é meio idiota e absurdo, mas foi o que me deu vontade de escrever. Dependendo do seu humor esse conto pode arrancar algumas risadas... ou não.
A capa do livro é inspirada nesse conto.
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Meu nome é Josefilda Maria Costa. Era para ser Josefina que também não é um nome muito legal, mas meu pai estava meio bêbado quando foi me registrar e ficou Josefilda. Se eu sofri bulling na escola? Com certeza. Sofri bulling na escola, no trabalho e em todo lugar que eu ia. Até as atendentes do supermercado ficavam se segurando para não rir do meu nome. Na verdade sempre fui a pessoa mais azarada do mundo.
Se eu for contar minha vida desde o começo, esse livro não terá fim. Na verdade, do jeito que eu sou azarada, provavelmente o meu computador vai quebrar no meio do livro e vou perder tudo o que escrevi.

Sou tão azarada que estava desempregada e devendo uma grana preta para o banco. Meu antigo chefe me demitiu quando eu perdi documentos importantes e insubstituíveis. Mas a culpa não foi minha.

Ele havia me pedido para tirar xerox de todos os documentos para não correr o risco de perder. Mas acabou a tinta da minha impressora no meio da primeira folha. Como ele disse que era importantíssimo eu copiar aqueles documentos, peguei meu carro e fui até uma papelaria a uns 10 minutos do escritório. Consegui o xerox fácil e rápido. Porém estava sem dinheiro e tive que pagar com o cartão de crédito.

Coloquei os documentos originais e as cópias no banco de trás do meu carro e voltei para pegar meu cartão que havia esquecido em cima do balcão. O senhor me entregou o cartão gentilmente e quando voltei para a frente da papelaria meu carro não estava mais lá.

Nesse dia perdi os documentos, as cópias dos documentos, meu carro, meu emprego e o meu cartão foi clonado, me dando um enorme prejuízo. Por incrível que pareça, esse não foi o pior dia da minha vida. Teve dias piores que prefiro nem contar.
Vocês devem querer saber o que uma pessoa como eu faz em um livro de contos românticos, certos? Pois bem, tudo começou naquela fria manhã de outono.

Estava sendo um outono particularmente quente e eu continuava sem conseguir um emprego. No sábado anterior, eu havia ligado para a minha tia, ela tem 61 anos, trabalha como stripper e me chama de Josefa que acho que é ainda pior que Josefilda, mas é a única parente viva que eu tenho. Ela me disse "Oh, Josefa, é claro que você não consegue um emprego. Já viu o jeito que você se veste? Você é bonita e tem pernas lindas, desfrute disso e arrumará um emprego em um piscar de olhos". Sempre me vesti de um jeito social pois quero ser respeitada. Eu tentei explicar para ela que meus empregos anteriores eram de secretária e não de secretária de filme pornô. "Querida, eu não falei para você se vestir igual a mim porque você não tem atitude o suficiente para isso. Só tenta se livrar das suas calças largas". Titia passou no meu apartamento no domingo e me deu um vestido social branco e preto um pouco curto para o meu normal, mas que valorizava minhas pernas.

Na segunda-feira decidir ir com aquele vestido e um sapato de salto procurar emprego. Não consegui nem sair do meu prédio, pois quando estava passando ao lado da piscina meu salto quebrou e eu caí dentro da piscina.

Na terça-feira coloquei um vestido preto dois centímetros acima do joelho e passei um batom roxo que havia ganhado da titia no ano anterior e nunca tinha usado. Meu visual estava até que elegante, se não fosse pelo tênis branco que eu usava. Não queria correr o risco de ir de salto de novo, então acabei colocando meu único tênis mesmo. Minha única meia limpa era laranja e como eu ainda tenho um pouquinho de senso de moda, eu fui sem meia mesmo.
Assim que passei pela portaria vi que para aquele outono particularmente quente, aquela era uma manhã gelada. Olhei para o ponto de ônibus e vi que meu ônibus estava lá. Era ir a pé para o centro da cidade, afinal, ainda estava sem carro, e pegar um casaco ou ir de ônibus e passar frio. Escolhi o ônibus. Pelo menos meus pés estavam aquecidos pelo tênis.
Estava eu andando pelo centro da cidade de vestido preto e tênis branco enquanto abraçava meus próprios braços para tentar esquenta-los quando uma mulher me para.

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⏰ Última atualização: Jun 22, 2016 ⏰

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