Li e reli a mensagem umas trocentas vezes seguidas. Aquele " Hill, eu queria te mostrar um lugar. Você aceitaria sair comigo? " Parecia mais um pedido para um encontro, e eu realmente não sabia o que responder. Primeiro que eu não poderia deixar Tom sozinho em casa, então claramente eu não poderia ir, mas segundo, eu não poderia negar... A minha vontade de ir era imensa.Felizmente (ou infelizmente, quem sabe) meus pais chegaram bem na hora da dúvida mais cruel da minha vida. Desci as escadas correndo e avistei meus pais abraçando Tom.
— Oi mãe, oi pai — Os cumprimentei — Será que eu poderia sair hoje?
Minha mãe franziu o cenho.
– Sair? Sair para onde? —Perguntou.
— Contanto que não seja com um garoto, está ótimo — Meu pai falou, carregando Tom nos braços.
— Então... — Cocei minha nuca — Ah, quer saber? Deixa pra lá, eu...
— Não, filha! — Mamãe me interrompeu — Fale para onde você gostaria de sair.
— Ah, não. Não era nada demais. Era só o Walker que estava me chamando pra...
— Ó Walker? — Papai arqueou uma sobrancelha — Um garoto?
— E desde quando você tem problemas com garotos, pai? — Perguntei.
— William, pare com isso, é só o Walker! — Mamãe reclamou e andou até mim — Filha, se você quiser, pode ir.
— Não, mãe, é sério! Pode esquecer, não era nada importante e...
Subitamente, ouvimos uma buzina do lado de fora.
— Está esperando por alguém? — Papai questionou.
— Já tinha marcado com o Walker?
— Eu não estou esperando por ninguém, eu não sei vocês... — Falei.
Fomos até a janela para ver quem estava lá. Era um carro branco, bem bonito por sinal. O vidro se abriu lentamente e... Walker?
—É o Walker ali mesmo? — Mamãe falou, estreitamente os olhos.
— Meu Deus, é ele mesmo! — Papai falou.
— Ele já está dirigindo? Na verdade, o Walker cresceu muito!
— Ei, senhora Campbell e senhor Campbell! — Walker esclareceu o vidro — A Hillary está?!
— Está sim! — Mamãe concentrada de volta — Um minuto!
Ela se virou para trás e olhou para mim.
— O Walker está te chamando, querido. Vai lá!
— Eu... Você tem certeza disso?
— Mas é claro! — Mamãe praticamente me empurrou até a porta — Vai lá e veja o que ele quer.
Praticamente fui obrigado, apesar de também estar interessado em saber o que exatamente Walker queria. Caminhei até o carro de Walker e me aproximei da janela.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntei.
— Não está óbvio? — Franziu o cenho.
— Não. — Respondi.
— Você não leu minha mensagem?
— Li, mas...
— Você não quer vir comigo?
Engoli em seco.
— Não era pra eu aceitar primeiro para você vir aqui? — Cruzei os braços.
— Quero ter certeza.
— Está gastando gasolina, sabe disso, não sabe?
— Eu não me importo.
— Eu não sabia que você dirigia. — Comentei.
- Logotipo da resposta, Hill. Você quer ou não quer?
Olhei para trás, vendo meus pais pertinho da janela. Até meu irmão tinha se juntado, mas que merda era aquela?
— Tá, eu aceito. — Dei de ombros — Mas é só porque não vou aguentar ficar mais um minuto sequer com meu irmão.
Ele destravou a porta do carro e eu me senti no banco da frente.
- Eu sou um! — Tom falou da janela — Aonde você está indo?
— Pra longe de você e nunca mais vou voltar! — Ironizei, até Walker dar partida no carro.
*
— Você odeia seu irmão? — Walker disse, com as mãos no volante.
Eu olhei para a vista distraída, que acabei de nem prestar atenção direito na pergunta.
— Hã? — Perguntei, me sentindo uma tonta.
— Eu perguntei se você odeia seu irmão. — Repetiu.
— Ah, não. — Suspirei — Eu não odeio ele. Muito pelo contrário.
— Você percebeu que assustou ele quando disse que nunca mais voltaria, não percebeu? — Perguntou.
— Percebi, e esse foi meu propósito. — Dei de ombros — Coisas de irmãos.
— É, sei bem como é.
Olhei através da janela e continuei observando a paisagem. Então, resolvi perguntar:
— Para onde você vai me levar?
— Já estamos chegando — Avisou — Não sei quando começou a confiar tanto em mim assim.
— Nem eu. — Confessei.
— Eu podia estar te sequestrando, sabia? — Se virou para mim.
— Se concentra na estrada — Falei, fazendo-o virar a cabeça de volta para o painel — Se estivesse mesmo me sequestrando, não iria querer receber um golpe meu.
— Eu achei que você estivesse fraca.
Percebi o tom irônico na sua frase.
— Emocionalmente, fisicamente não. — Sorri, convencida.
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𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒, walker scobell.
Fanfiction𝐀𝐏𝐎́𝐒 dois anos na Inglaterra concluindo seu tratamento, Hillary finalmente se cura de sua doença e resolve voltar com sua família para sua cidade de nascença. 𝐂𝐎𝐌 tudo o que aconteceu, Hillary não pôde evitar de obter mudanças em sua person...