TWO

10 3 6
                                    

NOTAS DA AUTORA:

Mais um capítulo fresquinho diretamente na sua porta, leitores!

Seguinte, nesse capítulo eu atualizei todas as sugestões que me deram para correção e eu agradeço muito toda a ajuda que vocês me forneceram.

Já sabem como funciona, critiquem com força kkkkkkk

Vejo vocês lá embaixo!

✎﹏﹏﹏﹏﹏



Paro minha moto bem na frente da Peace & Pixels by Dorothy, um prédio de esquina grande e espelhado, no meio daquela avenida movimentada; pessoas entrando e saindo do prédio, a maioria modelos.

Entro na firma apressada, passo pela recepção e pego o elevador até o último andar onde fica o estúdio de fotografia. Cumprimento meus colegas de trabalho e os modelos e corro até os armários dos funcionários. Destranco o meu, retiro minha câmera e meus equipamentos de iluminação de dentro da mochila e jogo ela vazia dentro do armário.

Sento no chão para conferir a bateria da câmera e dos bastões de luz antes que Muke me encontrasse. Só pelas mensagens sei que ela estava putaça comigo.

— BONY! — ouço aquela voz aguda de Muke me gritar.

Merda, ela me achou!

Meus ouvidos estalam toda vez que ela me grita e dessa vez não foi diferente.

— FALA, PAIXÃO!

— EU PRECISO TE XINGAR EM QUANTAS LÍNGUAS PRA VOCÊ COMEÇAR A CHEGAR CEDO?! 

Ouço os passos apressados dela se aproximando cada vez mais de mim. Me sinto em um filme de terror fugindo do assassino.

Como diria Evan: "Que medo desses um e sessenta de altura".

— Você fala mais alguma coisa além de japonês e inglês? — pergunto, rindo de sua ameaça. 

Muke aparece na porta de entrada dos armários com a câmera pendurada no pescoço e fazendo cara feia, fechando ao máximo aqueles olhos puxados de japonesa. Como sempre ela escolhe cores claras, com uma calça moletom cinza e um casaco moletom da mesma cor com o zíper aberto. Por baixo, ela tinha uma blusa lisa branca e nos pés tênis da mesma cor. No rosto, seus óculos redondos metálicos que combinam com seu rosto asiático e seu cabelo... Ela cortou o cabelo! O cabelo escuro agora estava na altura dos ombros com uma franja lateral.

— Nem fudendo! Cortou o cabelo?! — pergunto empolgada.

— Não tem graça! Você tem sorte de ser herdeira. Se chegasse atrasada assim todo dia em uma firma que não fosse da sua família, você tava lascada!

— Acha que eu não recebo broncas da Dorothy toda semana? Ela me liga sempre pra me bronquear!

— Dorothy é sua avó, Bony! 

— Independente, irmão! — respondo.

Muke caiu na gargalhada comigo me dando um momento de paz depois de tantas ameaças desde que chegou.

— Esqueci minha bateria extra pra câmera. — levanto a câmera em sua direção.

— De novo?! — Muke reclama e eu faço biquinho pra ela. — Eu vou te emprestar a minha, mas é pra me devolver quando terminar de usar!

Muke caminha na direção do armário, mas tropeça na minha perna e quase cai, só não se espatifou no chão porque conseguiu se apoiar nos armários na frente dela.

Seguro a vontade de rir de mais uma das manifestações da sua personalidade desastrada, para evitar que ela apelasse comigo. Ela abre seu armário e pega uma das baterias.

GREENOnde histórias criam vida. Descubra agora