PRÓLOGO

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***LEIAM AS NOTAS****

NOTA DA AUTORA:

Sim leitores, é um prólogo novo.

Antes de me explicar, votem no capítulo por favorzinho!

Apesar dos elogios do meu último prólogo, teve uma crítica que achei muito coerente: seria melhor um prólogo na visão da protagonista principal. Então, como sabem, a Ebony vai fazer a narrativa da história, então nada mais justo que um prólogo na visão dela. Além de que eu achei muito melhor o prólogo dela.

Já sabem como funciona, podem ser bem exigentes com o novo prólogo. Farei as correções que sugerirem.

Vocês estão sendo essenciais para a minha evolução, obrigada novamente a cada um que está aqui me ajudando nesse começo.

Vejo vocês lá embaixo!

✎﹏﹏﹏﹏﹏﹏



Giro a chave duas vezes na fechadura da porta, destrancando, pela milésima vez, e empurro para tentar memorizar a lembrança do meu apartamento.

Acabou.

Mas eu não quero ir.

Olho novamente para relembrar e absorver cada detalhe pela última vez.

Vazio. Sem todos os móveis que um dia amei, parece até que nunca ninguém morou aqui. Não tinha mais a minha mesa de centro que sempre estava cheia de copos de café para viagem - um vício que nunca consegui largar -, alguns papéis soltos, arrancados do meu caderno de anotações, com rabiscos e notas que eu nunca lembrava de cumprir, e claramente iam pro lixo depois. A minha estante de livros que antes faltava espaço, agora parece quase implorar para eu colocar um livro nela. As paredes brancas cheias de cola denunciam que eu arranquei até mesmo os papéis de parede e o piso marca exatamente onde ficava meu sofá verde escuro.

Eu amava tanto esse sofá...

Era da minha cor preferida, todo fofo e confortável... Em que sofá vou poder tirar meus cochilos à tarde?

Não confio minha bunda a qualquer sofá estranho!

Me livrar do apartamento e dos móveis foi uma tarefa fácil: o que eu não vendi, eu doei, joguei fora ou estou levando comigo; foi bem rápido pra falar a verdade. Menos de uma semana e o lugar já ecoa de tanto espaço livre. E agora parece novo, diria até que nunca teve um morador, o que me entrega como última moradora são minhas próprias marcas deixadas.

Quem dera poder me livrar do morador que sufoca meu peito junto de seus móveis e as mágoas que ele me causou. Rápido como foi abrir mão da minha, agora, antiga casa.

Considerando o estrago que ele causou, é bem provável que demore para eu me livrar do tríplex que ele alugou no meu coração.

E se eu tacar fogo?...

Mas, mesmo depois de tudo ter virado cinzas, eu não conseguiria fechar as cicatrizes deixadas abertas em meu peito, marcas que eu preferia nunca ter ganho. Acreditei que indo embora o aperto sumiria, mas agora meu apartamento está vazio e o meu coração cheio.

Cheio de angústia, tristeza, medo...

Mas é necessário.

Eu preciso ir embora.

Se dissesse a mim mesma que estaria desfazendo da minha vida em Seattle para me mudar para North Vancouver e começar minha vida do zero, diria para me internar, pois eu estaria louca.

Ah... e eu estou.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas e ofuscar minhas vistas. Levanto a mão, com dificuldade, para limpar as que escorreram pela minha bochecha, ainda me sinto dolorida do acontecimento recente.

Prefiro nem me lembrar daquilo!

Além de dor física, agora tenho que lidar com a emocional também, tão espalhada em meu peito que consigo confundir com algum incômodo em meus músculos.

Mas eu mereço!

Cavei minha própria cova, metendo meu nariz onde não devia. Senti que eu não devia me enfiar nisso, mas eu insisti e fui teimosa.

Agora toma, Ebony! Aprendeu a lição?!

"Cheguei, pode descer"

Recebo uma mensagem confirmando minha carona.

Termino de enxugar as lágrimas e saio novamente do meu apartamento, puxando a porta. Giro a chave duas vezes, agora para trancar pela última vez. Tenho que segurar a minha vontade de abrir e ficar encarando as paredes brancas e o piso de madeira, mais uma vez. Demoro alguns segundos para aceitar a ideia e tomar a última gota de coragem que ainda me restava para abandonar essa vida e começar uma nova.

E aqui vou eu.

Tenho medo do terror que vai vir depois daqui.

Passaporte, aeroporto, check-in, checkout...

Estou torcendo ou para esse avião cair, ou para eu dormir a viagem inteira.

Queria poder pular para a parte que estou na minha casa nova, deitada no sofá assistindo qualquer coisa canadense que passar na TV aberta.

Me viro para ir embora, mas dou de cara com o motivo da dor no meu peito, de eu estar indo embora e dos meus ralados no braço. Aqueles olhos azuis e aquela cabeleira loira.

É Evan.

Seu rosto, que antes era cheio de alegria, agora está abalado. O olhar sombrio, marcado por grandes círculos roxos profundos em seus olhos, causados pelos socos que levou de seus "amigos". Os lábios entreabertos e cortados pelo mesmo motivo dos olhos, os braços cheios das cicatrizes de sua briga recente, e o nariz, agora coberto por ataduras, uma consequência causada pelo momento de raiva em que eu decidi quebrar não apenas a confiança que nos unia, mas também seu nariz.




NOTA FINAL DA AUTORA:

Por favor votem no capítulo pra aumentar as leituras da Jen aqui kkkkkk

Algumas ponderações finais:

1 - Muitos de vocês, dentro e fora do Wattpad, me falaram sobre a minha personagem não expressar bem as emoções dela ou estar faltando isso. Melhorei isso nesse capítulo e nos seguintes que irei postar mais tarde. Achei muito bom e relevante, e realmente melhorou muito a história, parece que ela está mais rica agora.

2 - Falaram que a minha escrita é boa, mas eu poderia aumentar as descrições dos ambientes. Fiz isso e agradeço imensamente, a história ganhou muito brilho agora por conta dessa observação.

3 - A maior parte da narração agora vai ser feita em primeira pessoa e no presente, só usarei o tempo verbal no passado para contar relatos passados da vida dos personagens.

4 - Os personagens vão ter propositalmente manias de fala, atitudes, costumes etc. Então não estranhem se ficar bem informal em algumas partes da narrativa

5 - LEIA DUAS VEZES, SE FOR NECESSÁRIO, ANTES DE DAR SUA OPINIÃO. Alguns leitores me relataram problemas que não existiam e quando leram pela segunda vez perceberam que tinham interpretado errado. Sei que isso poder ser culpa da minha escrita confusa de antes, mas se caso não entenderem de primeira, leiam uma segunda vez.

É isso meus leitores, façam suas críticas! Estou ansiosa kkkkkkkkk

Vejo vocês no próximo capítulo!

GREENOnde histórias criam vida. Descubra agora