ISABELLA LOPEZ
Depois daquele momento constrangedor no quarto da Alexandra, não sai mais do meu quarto, passei o dia trancada, fechada aqui dentro, estava receosa de sair do quarto e dar de cara com ela, não sei, estava com medo dela tirar satisfação comigo, do porque eu estava mexendo nas coisas dela. Se arrependimento matasse eu já estaria mortinha faz tempo! Eu só gostaria que isso fosse a única coisa que estivesse rondando a minha mente esse tempo todo, que fosse o único sentimento que eu tivesse por ela...
Ela estava tão linda, nunca a vi tão bem arrumada quanto hoje, ela já conseguia me tirar do sério no dia a dia normal dela, mas hoje... E a minha maior confusão é porque não consigo excluir esses pensamentos da minha mente, porque só consigo lembrar do olhar dela, que mesmo que tivesse alguma raiva naquele momento, não deixava de ser o azul mais lindo que eu já vi na vida. Ficar trancada aqui também não funciona, antes era só uma agonia, algo que me consumia não conseguir para de lembrar dela, mas depois do que aconteceu naquela noite tudo ficou impossível, nem falar com ela eu consigo falar sem lembrar de tudo aquilo, sem desejar fazer aquilo de novo!
Eu passei a metade da minha vida excluindo qualquer sentimento que eu pudesse sentir por qualquer pessoa, não importava o quanto eu desejasse, nunca me deixei levar, algo me bloqueava, e nunca foi um problema para mim, não me importava quanto tempo iria demorar para dar um simples beijo, e nem todo o esforço do mundo conseguia me fazer mudar de ideia, até hoje me questiono porque não consegui sentir nada por aquele sorriso encantador do Kevin.
E aí ela chega, e consegue me fazer desejar ter ela comigo só de me olhar, e ainda por cima ela não se esforça em nada para isso, o tanto que já escutei estupidez daquela mulher não é brincadeira, é algo que ainda não encontrei a reposta, ela parece um fantasma dentro dessa casa, não fala com ninguém, só sai do quarto para ir trabalhar, e dentro da sala de aula agi como um robô, e mesmo com tudo isso...eu ainda quero ela!Oque tá acontecendo comigo?
Escuto alguém bater repetidas vezes na porta como se fosse quebrar ela, se não for minha mãe, no mínimo alguém nessa casa deve ter falecido!
Assim que abro a porta, vejo Kevin encostado na porta rindo com um cinismo já comum dele, e fica inevitável minha cara de tacho pra esse moleque me irritando só para o prazer esquisito dele._Quem morreu?! Ou melhooooor! Certeza que a sua namorada te negou beijinho né bebê?_ Digo e ele dá um saquinho no meu ombro e eu ri muito! Dou espaço pra ele entrar no quarto, ele entra já caindo sentado na minha cama, e olhando pra mim como um bebê pidão, já vi que ele vai me pedir alguma coisa...
_"isabelita!" Sua mãezinha já tá dormindo néeee, minha mãezinha também já deve tá sonhando com cafés e jornais_ Ele fica rodeando e rindo de nervoso pra mim, no mínimo ele quer fazer merda, e quer que eu vá junto!
_E você deveria estar sonhando com jogadores de futebol e meninas de biquínis a essa hora_ Eu digo oque faz ele fica com cara de tacho, e pegar uma almofada da minha cama e tacar em mim, só tentar né! Porque ele é péssimo de mira, oque me dá mais motivo pra caçoar do projeto de "Ken"
_Naninanão! Só sonho com a minha Zoe! É dê preferência sem roupas, obrigada_ Ele se finge de agradecido.
_Fala logo oque você quer, cabelo de miojo!_ Digo e vejo ele fingir jogar a grande quantidade de cabelo falsa que ele tem pra trás. Esse menino concerteza não tem mais oque fazer se não me perturbar, só pode!
_Continuando, hoje a noite vai ter uma festa na casa da Zoe e..._ Interrompi ele antes que saísse uma cagada das grandes daquela boca cheia de manteiga de cacau.
_Nem vem!!! Pode ir tirando seu cavalinho da chuva, primeiro que eu não tô nem um pouco afim de ver os coleguinhas da escola se não for em dia de aula, e minha mãe cortaria meu cabelo e venderia para as crianças carentes!_ Digo e ele senta mais confortável, em posição de índio, parecendo querer explicar melhor.

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O que nós queremos?
FanfictionAgente sempre acha a nossa vida tão sem graça, sem ânimo,como se agente estivesse condenado a ver as histórias dos outros, sermos seus espectadores... Essa é a minha história deixando de ser espectadora!