BEBADA!!!

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ISABELLA LOPEZ

Eu não me importava com aquela mulher, não ligava para o quão mal ela estava, ou se a piranha que ela tava pegando embebedou ela, eu não me importo!! Mas porque eu tô com tanta vontade de ver como ela está, porque a curiosidade de ver ela tá me afetando tanto, estou parada no meio da sala, com uma confusão na minha mente, não sei nem se sou capaz de dormir de tanto pensar naquela loira idiota.

Aquela morena de olhos azuis realmente me deixou irritada, eu não preciso saber o quão "cansada" ela deixou a loira aguada, não ligo pra ela, eu não tenho a menor necessidade de saber se ela está lá morta na cama, ou se entrou em coma alcoólico, mas a minha mente não vai me deixar descansar dessa forma.

Ai! Não acredito que vou acabar me preocupando com ela, é só ir pra cama Isabella, dormir em paz, lembra do que a Lola te disse a uma hora atrás "É só mais um ano, e depois! Olá Stanford" é só questão de tempo, minha vida não precisa ser um inferno durante esse tempo. Mas e se ela realmente estiver passando mal, eu não vou querer ser responsável por ver a mãe do meu melhor amigo morrer e saber que poderia ter evitado né? Não que eu me preocupe com ela, eu só não quero que o Kevin sofra, é só isso! Claro! Porque mais seria!!

Ando até as escadas, repensando várias vezes se tô tomando a atitude certa, mas eu já tô tão perto que voltar atrás agora me gera frustração. Subo as escadas e posso ver a porta do quarto dela meio entre aberta, mas nenhuma luz ligada, estava tudo muito silencioso, e minha bota também não ajudava em nada no barulho, caso ela estivesse dormindo certeza que levaria um susto. Tento abrir aporta o mais devagar possível, mas a minha maior raiva era o quanto estava tudo escuro, mas mesmo na escuridão, conseguia ver ela.

Estava deitada na cama, extremamente torta, usando um short folgado, é um top, fiquei surpresa com o quanto seu corpo era bonito, as pernas muito torneadas, e a barriga tinha linhas bem definidas que desciam até a parte coberta pelo short, confesso que fiquei curiosa, tanto que cada vez me aproximava mais. Queria sentir tudo aquilo, já havia percebido o quanto ela era linda, que chamava atenção até demais, os olhos azuis, os cabelos naturalmente loiros, sem falar na postura indomável, era intrigante, pena que seja tão insuportável que eu não consiga dar a atenção que toda essa "beldade" merece. Reparei nos seus braços que apoiavam atrás da sua cabeça, durante esse pouco tempo que estive aqui, nunca a vi ir à academia, ou mesmo praticar qualquer exercício, oque me fez ter inveja, pois nunca vi braços tão definidos quanto os dela, era impressionante o quanto aquela mulher fazia tão pouco mas era tão atraente.

Parei os meus olhos no seu rosto, no semblante sereno enquanto dormia, na boca meio entre aberta, e na forma tão delicada que seu rosto ficava sem aquela expressão fechada que ela está sempre fazendo.

_Você fica tão linda assim...sem me tratar como uma cachorra, não sabia que era capaz de sorrir_ Digo para mim mesma, sabendo que ela não sabia de nada que eu falava, nem ao menos escutava. _Se soubesse o quanto você está na minha cabeça..._ E não era mentira, aquela mulher me extremasse de uma forma que eu nunca senti, nunca na verdade sentir nada por ninguém, nem desejo, nada, já ela...
_As vezes queria me sentir capaz, como aquela mulher já tão madura, que é capaz de te dar oque você quer em uma mulher_ Digo, mas é tão frustrante saber que ela não está aqui realmente, que amanhã continuarei sendo só uma pirralha irritante pra ela, que não sou nada realmente para ela.

_Aonde você estava?_ Acabei levando um susto quando a ouço dizer, seu olhar está me encarando, não para de me olhar de cima a baixo, mas mesmo assim ela não parece em si, não parece me ver realmente, parecia em outra dimensão. _Ja colocou o Kevin para dormir? Agora eu quero o presente que me prometeu_ Ela diz, como assim o Kevin? Ela deve estar alucinando, realmente em "narnia" mas não me olhava nos olhos, eu estava tão nervosa que não reagia, estava travada, como se tivesse sido pega no flagra.

Sinto meu braço ser puxado de uma vez, me fazendo cair em cima dela, mesmo meio torta em cima dela, parecia que ela nem se importava, eu conseguia sentir sua respiração no meu rosto, e é realmente incrível o quanto ela consegue ficar ainda mais gostosa de perto, não me causa medo, mas uma vontade descontrolada da beijar ela, era esquisito mas estar tão perto dela, me deu uma vontade louca de sentir como era o sabor dela. Ela me observa tanto, mas não sinto nenhum pouco de vergonha, ela também parecia tão inerte, era um momento louco, cheio de sentimentos estranhos, com os quais eu nunca tinha lidado. Talvez porque eu estava sempre lá tapando com raiva, eu acho...

Suas mãos estão passeando pelo meu corpo todo, acariciando minha cintura, de uma maneira tão doce que quase me fez deitar em seu peito e me deleitar com seus carinhos. E a outra mão ela passa um de seus dedos por cima dos meus lábios bem devagar, sem parar de olhar com uma fascinação que nunca vi em nenhum olhar na vida. Havia tanta intensidade nessa mulher quanto eu enxergava antes, era lindo de se ver. Me deixava com as pernas trêmulas, e meu corpo em chamas!

_ ja faz tanto tempo.._ Senti todo o meu corpo arrepiar, sua voz saiu com uma rouquidão anormal, me deixou entregue, faria qualquer coisa que ela quisesse, sem nenhum esforço, estava inerte no mundo dela, rendida aos desejos dela. Senti seus lábios se chocarem com os meus, e meu corpo inteiro agiu naturalmente, levei minhas mãos até seu rosto, e retribui com uma vontade que nem eu sabia que guardava, suas mãos apertavam minha cintura e ao mesmo tempo pressionava minha cabeça, ela pediu espaço com a língua, e logo ficou tão erótico, mas eu já não controlava mais nada eu só ia, era guiada por ela. _Não me deixe mais Alice..._ Ouço ela dizer entre o beijo, meio ofegante, levanto no susto, sem entender, retornando a mim mesma, tomando o raciocínio, oque eu estava fazendo?! Eu deixei ela me beijar, porque ela me beijou?! Quem é Alice?!!!

Saio correndo do quarto, tropeçando nas minhas botas, descia as escadas com as pernas trêmulas, o efeito do beijo me deixou meio zonza, parecia o efeito de uma droga pesada. Só tinha conseguido chegar até a cozinha, parei na bancada, com as mãos tremendo, não parava de olhar para o chão, a lembrança das mãos dela no meu corpo tá grudado no meu corpo, foi tão surreal, tão diferente de tudo, de qualquer sentimento, e o pior de tudo é que se eu tivesse ficado, provavelmente me entregaria a ela, totalmente, sem culpa, não haveria volta, não sabia que ela era capaz de me deixar assim.

_ ¡mi amor! ¿Qué haces despierta a esta hora? (meu amor! oque faz acordada essa hora?)_ Dou um pulo na hora que vejo minha mãe com um robe, e só de sandália, me olhando como se tivesse acabado de acordar de uma hibernação. Provavelmente hoje meu coração pararia de funcionar de tantas emoções. Não conseguia falar nada, estava paralisada, preocupada, pra mim qualquer um podia sentir a quilômetros de distância oque eu tinha feito naquele quarto _ ¡Vamos, ve a tu habitación, mañana tienes que levantarte temprano! (vamos, vai para o seu quarto, você tem que acordar cedo amanha!) Ela me diz bem rápido, nem olha direito pra mim, só vai embora, acho que está com bastante sono.

Vou rápido para o meu quarto às pressas, não queria que mais ninguém me pegasse de surpresa, fecho a porta do meu quarto, e deixo o ar que estava preso sair de uma vez, nem sabia que estava tão nervosa, passava a mão nos meus lábios, e pensando...

Será se ela vai se lembrar amanhã?
Não tem como eu esquecer...

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