Pelo o início

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Com um crepitar de relâmpagos, o eco de cantos de pássaros e rugidos animais anunciaram a chegada da porta.

Descendo das nuvens e ficando diante de mim, uma estrutura branca adornada com flores e ramos ao longo de sua extensão, com uma maçaneta dourada.

Toc, toc.

Antes de tocar a maçaneta, respirei fundo. — Posso entrar?

— Por favor! — As palavras sussurraram em meu ouvido, causando-me arrepios.

Girei a maçaneta e abri a porta do consultório. Como sempre, o lugar exalava beleza natural.

O local era simplesmente belo, com um jardim deslumbrante. Um gramado se estendia por toda a sala, ladeado por sebes, arbustos floridos e outras plantas dos mais diversos tipos que poderiam existir na humanidade inteira. Um lago serpenteava próximo à margem esquerda, um refúgio para animais aquáticos que saltitam sobre as águas, pareciam que conversavam em seu próprio dialeto.

Os canteiros de flores, meticulosamente cuidados, exibiam suas cores vibrantes, enquanto as sebes e arbustos alcançavam alturas impressionantes. A grama tentava reivindicar seu território, contida apenas pela destreza das ferramentas de jardinagem.

No meio das águas, destacava-se uma figura luminosa, seus olhos ocultos sob os cabelos que lhe caíam à frente. Por um instante, seus olhos encontraram os meus, preenchendo-me com uma sensação de reverência, acalmando meu coração.

Seu corpo esbelto, envolto em um manto branco quase translúcido, revela sutilmente sua forma. Segurava um cetro em uma das mãos e uma xícara de chá na outra.

— Mihr. — Seu sorriso irradiava tranquilidade. — Quanto tempo!

— Imdis. — Após percorrer todo o jardim, finalmente cheguei ao encontro do oráculo. — Não é minha culpa, você está sendo muito requisitado. É difícil encontrar um espaço em sua agenda.

O oráculo gargalhou alto, logo após bebericar seu chá. — Mas você está aqui agora! Não é mesmo?

Sem mais delongas, aproximei-me da criatura e, como de costume, uma poltrona verde, adornada com flores, materializou-se ao meu lado. Não hesitei em me acomodar nela, envolvido pelo aroma que me invadiu, deixando meu corpo relaxar ao fechar os olhos.

— Não é a primeira vez que te observo, Mihr. — Iniciou a conversa, sua voz era calma. — Mas confesso que, das vezes que conversamos, hoje você parece mais inquieto que o normal.

— O que posso dizer? — Suspirei. — Ultimamente, tenho questionado minha própria existência, minhas ações e as consequências que estão por vir.

— Continue, só assim poderei ajudá-lo.

— Por onde devo começar?

— Pelo início, de preferência. — Ele cruzou as pernas, aguardando.

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Segundo hehehe

Sem mais, espero que tenham gostado... 

Bjs...

As confissões de um cúpido em criseOnde histórias criam vida. Descubra agora