third chapter

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Gavi acordou sem a presença do brasileiro ao seu lado, o que foi um alívio inicialmente. Ele procurou por curiosidade saber se eles já estavam em Madrid, queria dizer a si mesmo para acalmar-se que se encontrariam mas que não seria tão cedo. Tempo o suficiente para esquece-los, principalmente o Brasileiro e focar no campeonato.

Realmente não foi, mas agora estava ainda mais perto. Ele precisava pensar que apesar do jogo com o Atlético de Madrid ser na casa deles, não necessariamente ele encontraria qualquer um dos dois madridistas. Mas tudo começou a assustar Gavi com a notícia de que teriam que ir três dias antes por causa de condições meteorológicas adversas.

Ele pensava que pode ser o único que odiava tudo relacionado a Real Madrid, ele não gostava de Madrid, nem das pessoas que moravam ali e parecia recíproco. Então, ele viu seus amigos saírem para festejar numa festa privada, enquanto mofava no seu quarto.

O seu técnico era extremamente rígido com ir a festa e ficar bêbado com poucos dias para o próximo jogo, o jovem cule estava acobertando os jogadores: Pedro, Fermin, Ferran, Balde e Félix. Só porque eles garantiram que não ficariam embriagados.

Ele mais uma vez se sentiu um idiota em ter confiado. Foi às 22:45 que ele recebeu um chamado.

“Gavi, seus amigos e Vinicius estão brigando feio.” talvez o sevilhano responderia que não era da sua conta, mas ele mentiu para Xavi e para todos os outros jogadores. Ele se sentiu responsável por seus amigos. Então ele foi, mesmo sabendo que se arrependeria ao reencontrar com o brasileiro e o inglês.

Mesmo sendo perto queria chegar o mais rápido possível, quando finalmente chegou viu que a briga não era só com Vinicius. Existia mais maluco nessa treta, então ele entendeu que era melhor Jude ter chamado qualquer outro jogador mais velho e responsável. Não alguém que entraria na briga em vez de separar.

Ele também escolheu o pior momento para encontrá-los, Pablo não esperou alguém perceber sua presença para agir e empurrou o brasileiro que peitava uns dos seus melhores amigos. Engoliu um seco rispidamente quando o mesmo cambaleou, pensou em mil coisas em milésimos segundos, mas o mesmo foi rápido e socou seu rosto quase no seu olho.

— Isso é pelo soco daquele dia também. Não se mete onde não é chamado, marrento! — O carioca sentiu a intensidade nos sentimentos transmitido pelos olhos do mais baixo. O seu coração bateu mais forte, ele já sentiu muita vontade de agredir o indivíduo. Mas hoje sentiu algo horrível, tão pior quanto aquele dia em que levou o soco.

A briga era generalizada, mas ninguém estava tão puto quanto Gavi. Ele pularia no Júnior se não fosse um dos merengues o segurar. Mas havia mais outros jogadores culés que queriam partir pra cima do brasileiro. Bellingham não entendeu a demora dos seguranças, mas quando eles intervieram já era tarde demais.

Se algum momento, os dois rivais pensaram que poderia existir uma relação saudável entres eles acabou.

— Eu vou estar fazendo isso apenas porque são vocês, mas cada jogador vai junto com o seu time, eu não quero ver vocês próximos até hora que saírem por aquela porta. — tudo o que foi dito foi entendido pelos jogadores. Gavi finalmente pode respirar quando Jude soltou sua cintura, ele não queria encontrar seu olhar, mas foi praticamente obrigado pelo mesmo.

— Tem um corte bem embaixo da sua sobrancelha, está sangrando. — O novo merengues queria poder cuidar do menor, se sentiu culpado por tê-lo metido nessa briga besta. Uma ideia burra de chamar o jogador com mais problema com o brasileiro, mas ele não queria aceitar que ficaria mais um tempo sem vê-lo pessoalmente.

— Bellingham! Que parte você não entendeu? Fica longe desses perdedores. — O tom foi bem alto e claro fez Gavi apertar ainda mais firme sua mão. E saber que aquilo vinha de Vinícius só duplicava seu sentimento, talvez se não fosse Pedri puxa-lo como o brasileiro fez com o inglês teria realmente perdido o controle.

— Desculpa. — o menor tinha consciência que ele não merecia a forma como eles o desprezaram com o olhar. O respeito de Jude não era só por Pablo ou por ser o time em que seu ídolo fez história, ele não queria brigas com ninguém, queria fazer seu trabalho bem feito, sem desmerecer ninguém, para ele não existia necessidade de uma rivalidade além de dentro do campo.

Mas ninguém quis entender aquilo no momento, eles se sentiam consumidos pela raiva. É inadmissível eles se gabarem por terem comprados árbitros por anos e se ainda não o fazem.

Enquanto segurava um gelo, o arrependimento o consumiu. Ele não queria saber por que brigaram, se sentir sujo já o bastava. Teve atos íntimos com os dois jogadores do Real Madrid era humilhante, era tudo ruim.

— Nós podemos pelo menos aproveitar, eu aposto que eles já esqueceram e estão curtindo. — Félix finalmente se pronunciou recebendo o olhar julgador de todos. — Nós ainda temos amanhã, Xavi já está puto com nós de qualquer forma. Vamos aproveitar o pouco da noite que nos resta.

— Estamos fodidos de qualquer forma se essa briga vazar, podemos sim aproveitar um pouco do que nos resta de energia. — Todos pareciam concordar com a ideia de Félix depois que Pedri demonstrou sua opinião.

Gavi bebeu como se quisesse apagar todas suas memórias. Ele bebeu mais do qualquer um, era o único que desde do início discordou dessa ideia.

O brasileiro finalmente encontrou alguém interessante em meio a tantas garotas que não o agradavam e estava quase transando com ela dentro do banheiro. Uma imagem nada agradável aos olhos do sevilhano que quis sair, mas sentiu sua perna momentaneamente travar.

Vinicius jogava a roupa que tirava quando ele viu aquele maldito culé, isso fez seu pau ficar mais duro e louco para ter um orgasmo com a morena na frente do menor. Porque sua mente dizia que ele o queria, apesar do ódio recíproco que tinham.

Mas não foi excitante como foi para ele, vê-lo transar foi assustador. Ele se sentiu triste, só triste, não com raiva, magoado e assustado. Quando ele viu que ela ia ter um orgasmo se despertou do transe, as pernas fracas não demoraram a cair. Pelo menos ele já não estava tão perto do banheiro e começou a se sentir tão humilhado como nunca em toda sua vida, a ideia de ter várias pessoas olhando- o caído fez com que toda a sua vontade de chorar fosse libertada. Pablo ia se levantar mesmo que custasse toda sua dignidade quando percebesse quem era, antes Bellingham apareceu e o ajudou.

— Me leva pra casa. — com aqueles olhos brilhando cheio de tristeza aquele biquinho que formou em seus lábios e a sua voz embargada era quase um crime negar qualquer coisa que o espanhol lhe pedisse.

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⏰ Última atualização: Feb 02 ⏰

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