Imagina - Lucas Silva

Ela é meu bebê

Já se passaram 10 dias desde o incidente com seus pais.

Já se passou uma semana desde que Lucas começou a evitar você.

Foi tão incrível sair com você, sair, rir, adormecer e acordar. Ele realmente gostou de você. Ele sabia que sim. Então, por que ele permitiu que um pouco de crítica fosse o que destruiu seu relacionamento?

Vocês dois estavam namorando há apenas dois meses, mas você estava ansiando por ele há muito tempo, desde que seu amigo próximo - namorada de um de seus companheiros de equipe - apresentou você. Vocês se tornaram amigos muito rápido, o que foi bom, mas também veio com meses de ansiando por ele e tendo que ver inúmeras garotas flertando com ele e sabendo de suas ligações com elas de vez em quando. Então, quando você finalmente se superou e quase implorou para que ele parasse, ele desabou e confessou que você era a única pessoa em sua mente há meses. As emoções eram difíceis de controlar, finalmente saber que você também gostava dele - Deus, foi tão bom. Ele queria te guardar para sempre, envolver-se no seu calor e na sua alegria, te proteger, te amar. Foi uma loucura, diferente de tudo que ele havia sentido antes. Mas ele ainda foi pego de surpresa quando um dia veio visitá-la e foi recebido pelos rostos desaprovadores de seus pais, que vieram para garantir que ela estava se adaptando bem a viver sozinha e que, como ele logo percebeu, não tinham ideia de que sua preciosa garotinha estava namorando alguém.

Ele sabia que algo estava errado no momento em que você abriu a porta. "Olá princesa. Pensei em passar por aqui antes do jogo para algum". Você balançou a cabeça, sinalizando para ele parar e abriu mais a porta para revelar quem ele presumiu serem seus pais parados atrás de você com olhares questionadores em seus rostos. Porra, porra, porra.

"Lucas, estes são meus pais. E, ah, este é Lucas. Estamos namorando" ele os viu trocar um olhar e seu pai fez uma careta um pouco.

"Lucas? O mesmo Lucas que ficou partindo seu coração durante meses? Ai. Seu coração caiu na porra do chão. Merda, ele já tinha uma má reputação com eles, mas, honestamente, ele não podia culpar você por reclamar dos hábitos anteriores dele. Eles provavelmente ouviram você chorar muito por ele.

Legal. Ele havia pensado consigo mesmo. Não esperava conhecer os pais hoje, mas tenho certeza de que ainda posso ficar do lado deles. Esse pensamento esperançoso desapareceu um minuto depois, quando o interrogatório começou. Seus pais pareciam ter problemas com tudo sobre ele. Ok, sim. Talvez ele tenha conhecido você em uma festa pós-jogo, mas isso não significa que você era apenas um fã fascinado. Não, ele não estava apenas saindo com você por diversão! Ok, ele pode ser seis anos mais velho que você, mas isso não é uma grande diferença - você é um adulto, não um bebê.

Ok, ele admitiria que ficou um pouco na defensiva com seus pais quando eles o acusaram de se aproveitar de um jovem fã que estava apenas idolatrando-o. Isso foi uma coisa fodida de se dizer. "Ela não é uma criança. Ela não é seu bebê, ela é meu bebê." Ele estava resmungando baixinho, mas todos ouviram. E, cara, isso começou alguma coisa.

Seus pais - especialmente seu pai - não parariam, não importa o quanto você implorasse. Você era tão jovem, tinha toda a vida pela frente, argumentaram. Você poderia estar no cenário do namoro conhecendo o homem perfeito para se casar um dia, não ficando com o homem que te machucou por meses e tirou seu foco de continuar seus estudos. "Se eu sei alguma coisa sobre atletas profissionais", disse seu pai, apontando um dedo acusador para Lucas, "eles não querem relacionamentos sérios tão jovens, apenas encontros rápidos, e você já deve ser capaz de perceber isso!" No final da noite, Lucas estava afundado em seu assento, quieto e com o rosto vermelho, contendo tudo o que queria dizer. Não era ele, e você odiava vê-lo tão derrotado. O dia terminou com ele saindo para um jogo, triste e quieto, e você praticamente expulsou seus pais, mandando uma mensagem rápida para Lucas e implorando para que ele voltasse.