Capítulo 1: A missão

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[Nome Hanagaki]

Meus olhos se abrem instantaneamente com o barulho irritante do despertador. Solto um grunido antes de estender o braço com o intuito de desligar o aparelho, mas minha ação é interrompida pela algema ligando o meu pulso com a cabeceira da cama. Tenho que piscar algumas vezes até conseguir me lembrar do motivo de estar presa daquela forma, até a compreensão chegar e eu me lembrar da noite anterior. Não consigo evitar de sorrir. Estico a mão livre o máximo que consigo, até consiguir desligar o despertador.

Manjiro está dormindo tranquilamente ao meu lado. Seu rosto sereno e os seus cabelos negros desgrenhados espalhados no travesseiro lhe dão uma feição angelical. A respiração dele está serena, movendo o peito para cima e para baixo conforme o ar invade as suas narinas. Tenho até pena de acorda-lo.

O som do meu celular tocando interrompe os meus pensamentos conturbados, me fazendo franzir as sombrancelhas. Olho na direção da cômoda, onde o meu celular está, mas percebo que está fora do meu alcance devido às algemas que estão me prendendo. Uma onda de frustração e impaciência toma conta de mim por minha incapacidade de atender ao telefone. Olho para Manjiro que está dormindo como uma pedra do meu lado, e decido pedir a sua ajuda.

- Amor, acorde. - Chacoalho ele com a minha mão livre, mas ele continua adormecido. - Levanta praga!.

A cada toque insistente do celular, minha irritação aumenta. Tento acordar Manjiro com mais força, sacudindo-o com um pouco mais de impaciência. Meu desejo de me libertar das algemas e descobrir quem está me ligando se sobrepõe à minha preocupação em interromper seu sono tranquilo.

- Acorda!- Eu digo em voz mais alta, minha voz carregada de frustração. - Preciso da sua ajuda, por favor!.

Minhas mãos continuam a se debater contra as algemas, minha paciência se esgotando rapidamente. A sensação de impotência e a necessidade de resolver essa situação me fazem perder um pouco do controle sobre minha habitual calma e serenidade. Chuto ele com força para ver se assim ele consegue acordar. Seu corpo despenca no chão.

- Aí, você só me maltrata. - Ele esfrega a testa.

Tento ignorar o caroço se formando na sua testa para não ter que me sentir culpada por isso.

- Me alcança o meu celular. - peço em um tom mais tranquilo.

- Pega você. Você não é aleijada. - Ele resmunga.

- Eu não sou, mas você vai ficar se não me alcançar aquele celular. - Puxo o braço com força, fazendo a cama tremer.

Mikey me olha com os olhos arregalados e corre para pegar o aparelho em cima da mesinha. Ele olha para o meu celular em suas mãos e revira os olhos quando lê o nome da pessoa que está me ligando. Sem falar mais nada, ele desliza o dedo na tela e atente a chamada enquanto eu o olho com expectativa.

-

Fala Sanzu.

- Cadê a [Nome]?

A voz de Sanzu está alarmada. Ele parece nervoso.

- Ela está aqui, quer que eu passe o celular para ela?.

- Claro, se eu quisesse falar com você teria te ligado.

Manjiro franze as sombrancelhas e mostra o dedo do meio para tela, mesmo sabendo que Sanzu não pode ver. Ele caminha até mim com uma carranca no rosto e me entrega o celular.

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