"A chama que derreterá o frio coração, levará você a redenção ou a perdição. O castigo das filhas que nunca foram o suficiente e que não receberam o amor será amar de mais. E, quando o outono chegar e mediar o calor do verão e o frio do inverno, a u...
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O sexteto estava andando por uma estrada deserta, não sabendo ao certo o que fariam a partir de agora.
Audrey estava odiando cada passo que ela dava.
Eles já estavam andando por quase uma hora e, mesmo assim, não pareciam chegar em lugar nenhum. A carranca de Audrey tava deixando todo mundo aflito, e o caminho foi até mais silencioso. Se não fosse por Percy que adora falar.
— O gente. - o loiro chamou a atenção do grupo, que passou a escutar o mesmo. —Essa missão vai ser mais difícil do que pensamos. Eu tava pensando...
— Você pensa? - Clarisse o interrompeu com um ar de deboche.
O loiro abriu a boca para responder mas, por algum milagre (chamado Audrey irritada), ele pensou duas vezes. Ele respirou fundo e pausou por um segundo, tentando voltar para o seu raciocínio.
— Ta, eu não roubei o Raio-Mestre, vocês não roubaram o Raio-Mestre. Mas temos certeza que o Hades tá com ele, só que ele não poderia ter roubado. Tipo... a gente não sabe quem roubou esse negócio, ou porque... ou até onde essa história vai. - Percy explicou seu ponto.
O grupo olhou para o garoto com deboche e depois eles se entreolharam. Eles estavam tentando entender como o garoto só percebeu isso agora. Percy olhou para eles e depois para frente, meio frustrado.
— Eu sou a última pessoa a perceber isso, né? - ele deduziu, recebendo um aceno positivo do grupo.
— É. - Annabeth afirmou.
— É, ele realmente não pensa. - Clarisse sussurrou para Audrey, que balançou a cabeça em desaprovação e deu um sorrisinho.
— Tá bom, então... Eu acho que quando a gente começou eu não tinha entrado de cabeça. Mas depois do rio... tudo parece muito diferente. - Percy disse.
— Até porque daí você literalmente entrou de cabeça, né? - Audrey zoou o garoto, que deu uma risadinha e voltou para o seu foco.
Percy olhou para frente e entrou em uma espécie de transe, perdido em seus pensamentos.
— Ele me salvou. O meu pai. Eu nunca pensei que fosse uma coisa que ele faria por mim, então eu tenho que levar as coisas mais a sério. - Ele disse confiante.
Sempre quando Percy falava de seu pai, ele mostrava que não gostava do homem. Que sentia raiva dele por o ter abandonado durante toda a vida. E isso sempre foi uma das coisas que Audrey mais se identificou com ele.
Mas agora, vendo como o garoto falou de seu pai com admiração, ela não pode evitar em sentir uma pontada de inveja. A final de contas, o pai dela também teve a chance de a salvar, ela também precisou da ajuda dele. Mas ele negou. Tudo isso por contada de uma brincadeira boba de seis crianças.
Duas, na verdade. Até porque só Percy e Audrey que apoiaram a ideia e fizeram ela acontecer.
Grover escutou um barulho vindo de trás deles e se virou, vendo uma luz em movimento. O grupo, vendo que ele se virou, olhou para trás para saber o que era.
