𝐀𝐑𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀

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Oie gente, bom essa fic vai ter bastante referências de rua do medo, mas obviamente não vai ser igual! Enfim, boa leitura!

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Aqui estou eu, na sala de aula, tentando prestar atenção ao que o professor falava, mas minha mente insistia em se perder em outro lugar

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Aqui estou eu, na sala de aula, tentando prestar atenção ao que o professor falava, mas minha mente insistia em se perder em outro lugar. O acampamento de verão, é claro! Amanhã seria o grande dia, e praticamente toda a escola parecia compartilhar a mesma empolgação. Não é para menos: o Acampamento Beverly era famoso, um dos passeios mais esperados do ano!

Minha mala já estava pronta desde ontem. Tudo cuidadosamente dobrado e organizado – o que não é muito meu estilo, para ser honesta, mas era impossível não me animar. Além disso, o acampamento tinha algo especial para mim.

Enquanto eu sorria sozinha, perdida nesses pensamentos, um som seco me tirou do devaneio. O professor havia batido com força na minha mesa.

Cooper, está tão entretida pensando em quê? Não ache que, por ser o último dia de aula, a aula virou recreio! — Ele arqueou uma sobrancelha, me olhando por cima dos óculos.

Eu me endireitei na cadeira, sentindo as risadas abafadas ao meu redor.
— Perdão, senhor. Vou prestar atenção agora.

Ele me lançou um último olhar de reprovação antes de voltar ao centro da sala. Assim que ele virou as costas, ouvi uma risada conhecida atrás de mim.

Virei, já sabendo quem era. Mason. Meu melhor amigo e especialista em tornar qualquer situação um pouco mais embaraçosa.
— Não estou vendo nenhum palhaço aqui para você rir — disse, lançando um olhar sarcástico.

Mason só deu de ombros, ainda com o sorriso brincalhão no rosto, mas logo voltou a atenção para o professor. Antes que ele pudesse dizer algo, o sino finalmente tocou.

— NINGUÉM SAI DA SALA! — gritou o professor, mas, sinceramente, quem ele estava tentando enganar?

Todos começaram a guardar os materiais às pressas, atravessando a porta como um enxame. Os gritos do professor ecoavam, mas ninguém deu atenção. Eu ri baixo da cena enquanto guardava meu estojo e cadernos.

— Ei, Mason — chamei, enquanto ele ajeitava a mochila ao meu lado. — Você está animado para amanhã? E, só para lembrar, você sabe que a gente vai dividir dormitório e sentar juntos no ônibus, né?

— Calma, Cooper. É claro que a gente vai junto. Para onde mais eu iria? — Ele bagunçou meu cabelo e fez uma careta.

Eu revirei os olhos, rindo, e seguimos juntos pelos corredores, conversando sobre como o acampamento seria incrível. Mason parecia mais relaxado do que eu, mas era sempre assim. Eu era a que fazia mil listas e planejamentos, enquanto ele preferia improvisar.

Chegamos ao portão da escola e ficamos esperando nossos pais. Os de Mason chegaram primeiro, em um sedã prata que parou no meio-fio.
— Ei, quer uma carona? — ofereceu ele, me olhando por cima dos óculos.

— Não, meu motorista já deve estar chegando. Mas obrigada.

Ele deu de ombros.
— Beleza. Até amanhã, cabelo de cenoura! — gritou, entrando no carro.

Dei uma risada alta. Ele adorava me provocar por causa do meu cabelo, mas eu sabia que era de um jeito carinhoso. Quando ele foi embora, fiquei ali, sozinha, esperando.

Minhas mãos foram automaticamente para o pingente no meu pescoço – um pequeno arco dourado. Minha mãe havia dado ao meu pai a missão de me entregar quando eu fizesse 15 anos. "Ela seria uma arqueira forte", dizia ela, ou pelo menos era o que meu pai contava.

Minha mãe morreu quando eu era muito pequena. As memórias que tenho dela são vagas, mas meu pai sempre dizia que ela era linda, corajosa e destemida. Alguém que enfrentava o impossível para proteger quem amava.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto sem que eu percebesse. O colar era a única lembrança tangível dela. E eu tentava todos os dias ser tão forte quanto ela acreditava que eu seria.

Foi quando ouvi.

— Cooper... — Uma voz suave, quase um sussurro.

Olhei ao redor, confusa. A escola já estava quase vazia, mas parecia que alguém me chamava, vindo do lado mais escuro do prédio. Sem pensar, comecei a andar naquela direção, como se algo me puxasse. Meu coração batia mais rápido a cada passo, e a voz ficava mais clara.

— Cooper...

Parecia uma voz feminina, familiar de alguma forma, mas ao mesmo tempo estranha. Quando cheguei a uma esquina, a voz sumiu, como se nunca tivesse estado lá. O som de uma buzina me fez pular, quebrando o transe.

Era meu motorista.

Fiquei parada por um momento, encarando a direção de onde a voz vinha. Meu coração ainda estava acelerado, e minhas mãos suavam. O que foi aquilo?

Peguei minha bolsa e entrei no carro, ainda com o pensamento preso na estranha sensação. O acampamento prometia ser emocionante, mas, de alguma forma, uma pontada de inquietação começava a crescer dentro de mim.

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O que vocês acham que estava puxando a Cooper? 👀

Espero que tenham gostado desse capítulo, é minha primeira fic, então, perdão se estiver ruim!

Não esqueçam de votar e comentar! ❤️

Acampamento Beverly - Mason ThamesOnde histórias criam vida. Descubra agora