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Fearland S/n
Todo esse tempo fora, além de tristeza e sofrimento, mas fez aprimorar minhas habilidades em lutas assim como saber mais sobre minha fruta.
Agora além de criar ilusões, eu conseguia fazer elas lutarem ao meu lado. Só que isso custava energia, muita energia.
Eu havia ficado mais forte, mais habilidosa. Mas ainda assim, acredito que não seja o bastante para derrubar Teach.
Fechei minha mochila com as minhas roupas, e coloquei nas costas olhando para os lados. Era de madrugada e eu iria embora.
Não é minha tripulação e eu não me importo.
Percebi certa presença e nem precisei me virar para ver de quem se tratava. Maldita hora que aquele palhaço resolveu chamar Deus e o mundo.
-Já vai indo tão cedo olhos do diabo?- a voz grossa coberta de sarcasmos perguntou.
-Doffy, veio se despedir?- perguntei me virando com um sorriso forçado.
Havíamos resgatado ele da prisão há poucos dias.
Eu não conseguia ver seu olhar, devido aos óculos, mas o conseguia sentir queimar sobre minha pele.
-Ouvi dizer que tudo isso era um plano, seu com Law.
E era.
Qualquer movimento que eu fizesse, corria risco de simplesmente minha cabeça cair para o lado cortada por linhas.
-Ouvi dizer que Crocodile é um traveco.- falei e pude ouvir um pigarreio de risada do mesmo.
Seu sorriso cresceu e sua mão se ergueu segurando seu óculos, mais especificamente seu rosto que sorria diabolicamente.
Eu poderia criar uma ilusão e sair daqui o mais rápido possível, antes que ele tente me matar. Mas eu teria tão pouco tempo para correr.
Senti algo rodear meu pescoço e o olhei vendo seus dedos se mexerem, enquanto seu sorriso só aumentava .
-Você é tão esperta, como pode fazer tanta burrice com Law?
Suas linhas eram quase invisíveis, só não são completamente porque consegui a cortar com a adaga que segurava nas costas.
-Veio querer me matar logo agora?- perguntei a guardando novamente o olhando.
Ele não falou nada, mas seus passos bizarros se aproximaram de mim , assim como sua mão que agarrou meu pescoço.
Meu deus, como a visão desse homem é alta.
Ficar na altura dele sendo segurada pelo pescoço , não é uma das melhores sensações.
-Seria muito fácil você ir embora assim.- falou e abriu um pequeno sorriso.
Óbvio que não seria.
-Mas ainda assim, eu lhe devo um favor por ter me tirado de lá.- admitiu e franziu os lábios- Mesmo sendo por culpa de vocês eu estar lá.
-Vocês virgula, eu não estava lá.- falei e senti seu pulso se fechar me sufocando.
Antes de mais nada, senti meu corpo ser jogado no chão e algo o enrolar com se fosse uma teia de aranha.
-Vou facilitar sua saída.
Senti meu corpo sendo levantado e ele ir para fora do que parecia uma lona de circo. Demorou um pouco e chegamos na costa.
Estava de noite, e as águas do mar reluziam sob a luz do luar que estava tão bonita.
-Ouvi dizer que você ama o mar S/n.
Sua risada ecoou fazendo eu entender que novamente iriam me jogar mar adentro. Mas desta vez, nenhum espadachim imediato iria me resgatar.
-Ouvi dizer que seu irmão mandou você se foder.
Eu já estava na merda, pior não ficaria.
Foi como um piscar de olhos, e eu já estava sendo arremessada em direção o mar. Uau eu estava voando.
Quanto mais eu me afastava, mais sua risada parecia diminuir, oque significava que eu fui jogada para longe e logo iria cair.
Sempre fica pior.
A pressão do ar, não me deixava se mexer, e aos poucos ela começou a me puxar para baixo. Já aceitei que iria morrer e então fechei os olhos sentindo o vento gelado.
Estranhei assim que senti como se um quadrado se fechasse comigo dentro, me fazendo bater as costas contra sua parede.
Abri os olhos e olhei vendo ser mesmo um cubo azul parecendo vidro claro.
-S/n-senpai é você mesmo !- olhei para baixo vendo alguém chorar com os dedos cruzados.
Certo que esta noite, mas ele parece um galinho e percebeu minha presença nos ares.
(...)
Levei a maçã até a boca mordiscando enquanto olhava para o quadro a minha frente.
-Uau subiu mesmo.- me referi a minha recompensa.
-Sim, a sua é a segunda maior do bando, abaixo está Zoro-senpai !- falava tão animado.
Bartolomeu era realmente um grande fã dos chapéus de palha.
-Galinho, preciso que me faça um favor.
-Um favor? Um favor para S/n-senpai?- perguntou e encheu os olhos de água- Eu até morreria por você!
Sorri pequeno e dei mais uma mordida na maçã que segurava. Ele com certeza me ajudaria, além de me levar até os chapéus de palha.
