Edmundo Diaz
17/04/2017 - 08:00hs - Seattle
Christopher Diaz - cinco anos
- Pai... - escuto meu filho me chamar, porém, finjo que ainda estou dormindo, talvez ele volt a dormir mais um pouco - pai... acorda... - ele continua me chamando e sobe em cima de mim - se você não acordar eu vou ligar pra vovó - ele diz e abro os olhos
- Seu pestinha - digo fazendo cócegas nele - pronto, estou acordado, o que você quer do seu querido pai? - pergunto colocando-o deitado no meu peito
- Estou com fome, papai – ele diz e faço carinho em seus cabelos
- Então vamos alimentar o meu pequeno dragãozinho - digo e me levanto da cama e pegando o mesmo no colo indo para o banheiro - Já escovou os dentes? - pergunto colocando-o no chão quando chegamos no banheiro
- Ainda não, papai – ele diz com um sorriso no rosto.
Christopher Diaz é o meu maior orgulho, ele é uma criança muito alegre, amavel e que não se importa com o que as outras crianças dizem dele, Chris nasceu com paralisia cerebral e as crianças fazem bullying dele, muitas vezes fui chamado na escola dele por causa disso, mas isso nunca abalou ele, e eu sinto muito orgulho do meu filho por isso.
- Pronto, pai – ele diz mostrando os dentes
- Por que você não vai colocar os seus óculos enquanto eu termino aqui? -pergunto e ele vai para o quarto dele.
Termino de fazer minhas higienes matinais e vou ao encontro de meu filho, encontro ele na sala assistindo televisão, vou para a cozinha tentar preparar o café da manhã, quando eu digo tentar, quero dizer que não sei cozinhar muito bem, mas eu tento.
Pego a massa de panqueca e começo a preparar, enquanto estou preparando o café escuto a risada do meu filho, termino de fazer o café e chamo Chris
9:00hs
Estamos assistindo televisão e escuto meu telefone tocar, levanto e vejo que é minha mãe que está ligando.
- Hola, mama – digo assim que atendo o telefone – ¿como estás? – pergunto para a mesma.
- mi hijo, estoy bien – ela responde a minha pergunta - ¿cómo está mi nieto? – a mesma pergunta de Chris
- estás bien – digo sentando ao lado de Chris – diga “hola” para a sua vó – coloco o telefone em seu ouvido.
- Hola abuela – ele diz para a mesma – estoy bien si, Yo también te extraño – ele diz e olha para mim – ela quer falar com você – tiro o telefone do seu ouvido.
- voltei – digo em inglês para a mesma – o que a senhora queria falar comigo? – pergunto
- quero falar muitas coisas com você, vamos por partes – ela diz em inglês também – primeiro, eu já tenho um genro ? – ela pergunta e sinto minhas bochechas esquentarem
Me assumi aos dezesseis anos como gay para a minha família, e eles me aceitaram como eu sou, não foram preconceituosos e ficaram muito felizes por eu ter me assumido para eles, eu amo minha família por isso.
- não, mãe... – digo com vergonha – não estou procurando um...- digo e me afasto de Chris.
- já está na hora de ter um namorado filho, Chris precisa de um outro pai e eu preciso de um genro – ela diz de forma dramática.
- não acho que estou pronto para um relacionamento mãe – digo e escuto ela respirar fundo – aconteceu alguma coisa ? – pergunto procurando.
- sim, não sei como dizer isso pra você... – ela diz e começo a ficar nervoso, vou na direção do meu quarto, entro no quarto e fecho a porta.
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Nossa Família - Buddie
Fanfic"...nossos filhos - quando escuto essas palavras, meu coração se enche de alegria, mas ao olhar para ele, sinto meus olhos se encherem de água" "...nossa filha...- pela primeira vez nessa semana, eu fico feliz, essas simples palavras me deixaram fel...