Prólogo

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12 de setembro, 2013


[Nome] sabia o que aconteceria naquele dia, na verdade, todos que fossem minimamente próximos dela ou de Tsukishima sabiam, até porque o clima entre eles não era bom a meses, muitos até suspeitavam que seu namoro era apenas uma fachada. Ele não parecia amar ela e ela ja estava cansada disso.

Com as mãos suadas pelo nervosismo a garota estava pacientemente do lado de fora do ginásio 1 do colégio Karasuno, como todos os dias. Porem dessa vez ela havia um ar pesado em volta dela, seus cabelos escuros voavam com o vento frio do Outono enquanto sua pele sentia arrepios a cada segundo que passava naquela situação.

Até que finalmente a porta se abriu revelando um membro conhecido do time de volêi.

— [Nome], tudo bem? Parece estar morrendo de frio. — Afirmou Tanaka, que indicou que a garota entrasse no ginásio, mas apenas um pequeno balançar de cabeça foi dado como resposta a essa ação.

— Pode chamar Tsukishima para mim? S'il te plaît. — Fechou os olhos com força ao perceber que havia fado a ultima parte em francês, sua língua materna — Digo, por favor.

— Claro, só um minuto.

Nesse momento ela se afastou um passo para a lateral da porta e virou-se de costas para a mesma, não queria ter de encarar o time todo enquanto organizava sua cabeça em relação as palavras que teria que dizer quando o loiro a alcança-se, e ele logo chegou.

— O que você quer? — Perguntou rispidamente a namorada.

— Precisamos conversar, a sós. — Falou, se virando para ele e indicando com um pequeno gesto o resto do clube que olhava curioso para fora.

— Tanto faz, vamos logo.

Em poucos passos eles foram então para a lateral do ginásio onde, assim que viraram a curva, [Nome] desatou a falar.

— Por que me pediu em namoro? — Perguntou com o sotaque arrastado como em todas as ocasiões nas quais ficava nervosa.

— De que esta falando? — O mais alto parecia irritado, ou melhor furioso.

— Você me ouviu. Por que me pediu em namoro?

— Por que pessoas pedem outras em namoro? Não se faça de idiota, [Nome], você é melhor que isso.

— Você não me ama Kei. Eu sei disso, todas pessoas que nos olham sabem disso. — Afirmou com um sorriso triste no rosto, mas firme de suas palavras. – Então por favor responda minha pergunta. Por que você me pediu em namoro?

Suas falas eram acertivas e é um erro afirmar que não estavam nesse exato momento fincadas no alvo delas, alvo esse que pareceu exitar antes de responder, como se pensasse no melhor argumento para essa situação, como ele sempre fazia. Ponderou então por alguns instantes enquanto limpava o óculos na própria camisa e então, riu.

— Você quer saber a verdade? Eu fiquei com pena de você. — Ele falou sem pestanejar enquanto observava as reações dela. — Você era uma imigrante perdida, sem amigos ou parentes nesse país, quando me aproximei de você por culpa do Yamaguchi eu vi, nos seus olhos, que você gostava de mim. Fiquei com dó.

— Manteve um relacionamento comigo por mais de um ano... por pena?

— Sim. Mas n-

Sua fala foi interrompida por um estalo alto o suficiente que qualquer pessoa a pelo menos 5 metros teria ouvido e ele logo sentiu o forte ardor contra a própria bochecha.

— Eu tenho nojo de você.

E em passos rápidos e pesados a francesa se afastou daquele que ela amava, mas que nunca havia amado-a de volta.

𝐀𝐌𝐄𝐍𝐈𝐙𝐀𝐑 | Kei TsukishimaOnde histórias criam vida. Descubra agora