capítulo 2 -

164 17 3
                                    

 Pedri González

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pedri González

Cada dia submetido a pagar os pecados que não cometi.

Mentira, eu cometi esses pecados e estou pagando parcelado esses meses.

Não aguentaria ficar em casa ouvindo tudo que teria que fazer para cobrir as merdas já feitas. Pego a coleira de Ben, o doberman de pelo preto que adotei a alguns meses. Ele era um doce de cachorro, mas todos julgavam pela raça e assim afastava paparazzis.

— Preciso da sua companhia. — digo assim que meu amigo atende a ligação.

— Bom dia, eu também amo você. Para onde vamos? — Gavi diz do outro lado, e um barulho se faz quando presumo que ele tenha se levantado.

— Não sei, praia, ou qualquer lugar que eu tenha paz e o Ben possa dar uma volta. — respondo fechando a coleira no pescoço do cachorro, e recebendo uma lambida como carinho.

— Te espero aqui então. — ele só concorda.

Era sempre assim. Eu precisava respirar ar puro, mas de uma companhia pra não enlouquecer, eu chamava meu irmão, gavi ou ferran, mas duas dessas opções me estão faltando no momento.

Entro no carro, e deixo a janela aberta para meu cachorro sentir a brisa das ruas de Barcelona. Evito cada sinal vermelho, e entro em ruas diferentes a fim de evitar certos fãs e câmeras.

Quando meu amigo entra no carro, Ben vai sozinho para o banco traseiro e abro a janela traseira para ele.

— Ei amigão! — Gavi diz animado ao entrar.

— Fala cabeção. — cumprimento dando partida no carro.

— Não estou falando com você, e sim com meu cachorrinho preferido de Barcelona. — o camisa 6 fala com voz de criança para meu cachorro, e reviro meus olhos. — A gente pode comer? Eu estou rachando de fome.

Concordo sem dizer nada. O bom de levar Gavira era que ele falava em excesso, e isso me ajudava a me tirar dos meus próprios pensamentos. Por alguma razão, acho que ele fazia isso por esse motivo. No momento ele me contava uma fofoca sobre um amigo dele e uma ex peguete. O foda de ser amigo de Pablo, era que ele pegava as minas que ele queria e fingia de sonso depois de conseguir isso. Impressionante. Esse traste atrai Maria chuteira.

Descemos do carro, e abro a porta para Ben. Vínhamos aqui com frequência, então tenho confiança que ele não sairia por aí correndo para se divertir. Não com Pablo insistindo em brincar com ele.

Fazemos nossos pedidos e quando chega, meu amigo já ataca. Pego uns biscoitos que trouxe para meu cachorro, e ele se senta do meu lado aproveitando sua refeição, comendo igual o cachorro sentado à minha frente.

— Cara, que porra aconteceu? — ele para de comer depois de uns minutos. Franzo o nariz, em confusão. — Você não tocou na sua comida, Pedro, e você AMA esse sanduíche natureba de carne, acredita em mim, eu já comi com você diversas vezes.

Ele estava certo. Caralho, até Ben olhava meu sanduíche o admirando e eu não havia nem provado.

— Sei que evito a causa dessas nossas saídas sempre, mas se a situação está tão ruim assim, preciso que me diga. Como seu amigo, eu quero saber. — Gavi diz ao beber o suco em suas mãos.

Eu sabia que ao falar o que estava acontecendo, iria ser uma bomba pra ele, então, bebo um gole da água em meu copo, e olho para ele que me analisava à espera da resposta.

— Vou ter que iniciar um namoro falso nos próximos dias, com direito a observação da mídia. — falo, depois de horas quieto, e como havia imaginado Pablo se engasga com o próprio ar e os olhos arregalados.

Cherry - Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora