SEGURANÇA (PAUSADO)

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TH

Acordo no susto quando sinto algo encostar em mim, fecho minha mão no automático e por pouquíssimo não acerto a cara da Amanda

- sou eu - ela diz se afastando um pouco - vai pra casa, eu fico aqui

- não - respondo friamente

- TH, você nem trocou de roupa, está todo sujo de sangue - ela diz e todas as memórias vem na minha cabeça

Uma sensação horrível me invade quando me lembro da Jade caída naquele chão, toda suja de sangue

Horas antes

Assim que me dou conta do que aconteceu corro em direção a ela e a pego nos meus braços já desacordada

- acorda Jade - digo sacudindo ela de leve - ACORDA

Ouço vozes ao meu redor mas não consigo entender nada, meu único foco agora é nela

Isso tudo é culpa minha

Carrego ela nos braços e desço as escadas o mais rápido possível em direção a saída, o caminho se abre facilmente pra nós e só aí percebo que o Grego está na minha frente abrindo passagem

Saímos da quadra e entramos em um carro que eu não faço a menor ideia de quem seja, o grego e a Amanda estão na frente e eu e a Jade atrás

Olho pra ela que está desacordada no meu colo e sinto meu coração apertar, pressiono minha mão no seu ferimento em cima do seu peito tentando estancar o sangue enquanto o Grego dirige que nem louco pra chegar no posto perto da saída do morro. Agradeço por termos equipado o posto pra isso alguns meses atrás devido aos confrontos no morro, só não esperava que a Jade usasse ele pra isso

- por favor... - digo baixo enquanto passo a mão nos seus cabelos

Grego para o carro e me ajuda a tirar a Jade de lá, entramos no posto e por sorte o médico que pagamos por fora pra ficar de bico calado estava de plantão. Logo a Jade é colocada na maca e levada lá pra dentro, tento ir atrás mas a Amanda segura meu braço

- me solta Amanda - digo ainda olhando pra porta que se fechou depois deles passarem

- você não vai lá TH, não ia deixar eles trabalharem - ela diz me puxando pra olhar pra ela - ela vai ficar bem - diz vacilante - você sabe que sim

- sei?... - digo baixo sentindo um nó na garganta

- sabe - é a vez do Grego falar - ela é forte e vai ficar bem - ele diz com lágrimas nos olhos 

- sei que está pensando nisso mas não é culpa sua - Amanda diz 

- claro que é - respondo com ódio na voz - se eu tivesse mandando aquela vagabunda embora nada disso teria acontecido, eu não acreditei que ela faria nada disso 

- ela não vai mais fazer nada - Grego diz - o BF tá cuidando e dando tratamento especial pra ela, ninguém mexe com minha família e fica vivo depois

- PORRA - soco a parede do posto chamando ainda mais a atenção das pessoas 

- VÃO EMBORA - Grego grita para todos que estão aqui - AGORA!

Todos saem do posto no mesmo instante restando apenas nós três e os médicos lá dentro cuidando da Jade

Agora

- eu pedi pro baiano pegar uma blusa pra você trocar - Amanda continua 

Pego a blusa da sua mão e troco ali mesmo, pego meu celular pra ver as horas e vejo a foto dela no meu papel de parede sentindo mais uma vez um nó na garganta, já estamos aqui a pelo menos 6 horas e nenhuma notícia dela ainda 

- Amor - Grego entra no posto novamente - vem, vou te levar pra casa - ele diz pra Amanda que confirma com a cabeça

- ela vai ficar bem - ela diz pra mim antes de sair 

- vem com a gente - Grego fala pra mim - não adianta nada ficar plantado aqui, assim que tiverem novidades eles vão me ligar, vai descansar irmão - ele diz e me abraça - nossa menina vai ficar bem - ele completa baixo e meus olhos se enchem de lágrima e não consigo conter o choro

- me desculpa Grego - digo em meio ao choro - isso é culpa minha

Ele apenas me abraça mais forte em resposta

- Ela não pode morrer - sussurro

A Jade é a pessoa mais importante da minha vida e eu tô feliz pra caralho com ela do meu lado, eu não posso perde-la, porra... não posso

- eu não quero ir - ouço a Amanda dizer com voz de choro

Me solto do Grego e me sento em uma das cadeiras com a cabeça entre as mãos 

O radinho da nossa cintura chia e o Grego pega escutando a pessoa do outro lado

- Chefe - reconheço a voz do BF - problema resolvido, ela não incomoda mais ninguém 

- pode ir pra casa - Grego fala e desliga o rádio

- Já vai tarde - Amanda diz claramente com nojo no tom de voz

...

Mais horas se passaram e continuamos aqui sentados na recepção do posto, agora com a presença da mãe da Jade

- TH - Grego diz - eu vou levar você e a Amanda pra casa 

- não vou - digo instantaneamente

- eu não estou perguntando, é uma ordem

- eu não vou sair daqui até saber dela Luan

- Filho - Dona Lúcia senta do meu lado - vai tomar pelo menos um banho, come alguma coisa e você volta, eu prometo que assim que souber de alguma coisa te ligo na hora

Penso por alguns segundos e sinto minha barriga roncar na mesma hora em que minha cabeça lateja 

- tudo bem - digo e me levanto

Quando estamos saindo do posto ouço a porta que leva as salas abrir, todos viramos pra lá ao mesmo tempo vendo o médico sair de lá com a roupa toda suja de sangue.

Desculpem a demora, mas vou voltar a postar com mais frequência.

Estava bem desanimada em continuar escrevendo mas saber que vocês estão gostando e querendo mais me deu um ânimo enorme 

Continuem curtindo e comentando sobre nosso casal maravilhoso e essa fic que tanto amo