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Kim Namjoon estava ansioso para rever Min Yoongi e aguardava a saída dele em frente ao quartel há alguns minutos. Encostado no carro, de braços cruzados, ele olhava para as nuvens densas que encobriram o sol. Enquanto tentava encontrar algum desenho para não se perder em suas reflexões pessimistas, o telefone tocou:

— Bom dia, é Kim Namjoon? O agente de Min Yoongi?

— Pois não, quem deseja?

— Meu nome é Kim Seokjin, sou diretor e quero apresentar uma proposta para o seu agenciado em meu próximo filme, será que poderíamos conversar? — Namjoon esboçou um sorriso, pelo menos era alguma novidade.

— Ah, sim, obrigado por ligar! O Yoongi será liberado do serviço obrigatório hoje, inclusive estou aguardando a saída dele aqui na frente… Eu tenho disponibilidade para conversarmos amanhã, o que acha?

— Ótimo, eu vou passar o endereço do meu escritório por mensagem. 

Depois de combinar a reunião, Namjoon desligou o telefone e ficou pensando sobre o homem que havia ligado. Kim Seokjin até era um nome familiar, mas se fosse o mesmo rapaz do qual se lembrava, tratava-se de um assistente de figurino meio desastrado com quem trocou duas palavras anos antes, no primeiro trabalho que Yoongi fez depois de tê-lo contratado como agente.

Ele havia se identificado como diretor e Namjoon cogitou a hipótese de que talvez não fosse a mesma pessoa. Antes que pudesse jogar o tal nome na busca do Google para confirmar, porém, ouviu o barulho dos portões do quartel sendo abertos e de lá vinha Yoongi caminhando lentamente, sustentando uma cara de bunda, acenando discretamente para os guardas e um pouco alheio à realidade, enquanto observava o céu e parava para acender um cigarro.

Namjoon revirou os olhos, odiava aquele hábito do amigo, acho bom mesmo que fume bem longe pra não infestar o meu carro recém-lavado.

Fazia pelo menos seis meses que eles não se viam porque Yoongi não quis sair na última folga a que tinha direito. O Min parecia bem apesar de tudo, entretanto só descobriria de fato depois que conversassem, já que nem mensagens de texto ele vinha respondendo.

Yoongi estava demorando, provavelmente perdido em pensamentos, por isso Namjoon resolveu apressá-lo:

— Vamos logo, hyung, entra no carro, precisamos ir.

O ator pareceu ter sido trazido de volta à realidade e apagou o cigarro em seguida, seguindo até o Tucson preto de Namjoon.

— Achei que estaria cheio de repórteres aqui…

— Boa tarde pra você também, Yoongi hyung, e bem-vindo de volta à civilização — Namjoon brincou e ligou o carro, dando a volta no quarteirão para mostrar o amontoado de funcionários da imprensa no portão principal do quartel. — Fiz o meu trabalho, impecável como sempre, e despistei os colegas… Não precisa agradecer.

Yoongi revirou os olhos, no entanto ensaiou um sorriso no canto da boca. Kim Namjoon era sim muito eficiente.

— Nem vem que não vai rolar aumento, Kim. Não sei nem se tenho uma carreira ainda… — Yoongi comentou enquanto observava a estrada através do vidro.

— Depois falamos disso, hyung, primeiro quero saber como você está.

— Tô vivo, como você pode perceber… — ironizou. — Não tenho feito egosearch, por isso minha saúde mental não está das piores. — Deu de ombros.

— Fez bem — Namjoon respondeu e o veículo caiu em um silêncio não muito confortável por alguns minutos.

A estrada estava tranquila, o Kim dirigia para o condomínio onde moravam temendo algumas perguntas que Yoongi poderia fazer. Queria ter ótimas notícias para dar e não apenas as incertezas acumuladas até ali. 

The Time of Our Lives | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora