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Boa leitura! (ღ˘⌣˘ღ)

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A primeira coisa que Yoongi fez ao voltar para casa foi contatar os seus pais para tranquilizá-los acerca dos últimos acontecimentos. Ele nem precisava ter feito isso, pois como resposta ouviu que eles conheciam muito bem o filho que tinham e confiavam nele.

Sozinho no apartamento, depois de ter dispensado Namjoon para que ele parasse de ser teimoso e fosse descansar, Yoongi bebia uma xícara de chá de camomila com mel e refletia.

Ele estava com medo. Mesmo com a razão, mesmo tendo provas a seu favor, ainda era questionado sobre os seus atos, ou seja, por mais que ele se esforçasse e tivesse boas intenções, sempre haveria alguém para falar mal e apontar o dedo.

A proposta do remake de Dirty Dancing o assustava. Ele queria mostrar que continuava exercendo o seu ofício com excelência, no entanto temia interpretar um homem homossexual em um filme de romance. Se ele conseguia dar vida a um gângster, um médico ou um político corrupto, por que não poderia fazer o mesmo com um jovem apaixonado por outro? Não tinha a resposta.

— Se eu aceitar, vão encher a porra do meu saco por ser um papel gay em um filme bobo, se eu recusar vão dizer que eu sou pedante ou sei lá mais o quê... — falou consigo mesmo.

— Se você aceitar, vai ganhar visibilidade e lembrar todo mundo do quão foda você é.

— Porra, Namjoon! Que susto, você não tinha ido embora? — Yoongi deu um salto no lugar, levanto a mão ao peito.

— Desculpa, hyung, esqueci meu notebook aqui... Eu também adoro falar sozinho, a gente raciocina melhor ouvindo nossa própria voz, né? — Como resposta, o Kim recebeu silêncio. — Enfim, tô indo, qualquer coisa me liga.

Yoongi tomou mais um gole do chá e suspirou ao ouvir a porta bater.

Com a xícara vazia, ia em direção à cozinha quando percebeu o roteiro que Hoseok havia deixado em cima do sofá. O Min não tinha nem sequer segurado em mãos aquele material e concluiu que isso foi muito desrespeitoso da sua parte.

Ao voltar para a sala, pegou seus óculos, acendeu a luz do abajur próximo ao sofá e decidiu que leria. Yoongi se deu conta de que estava agindo com aquela proposta da mesma forma que quem não o conhecia fazia com ele: julgando e tirando conclusões precipitadas por puro preconceito ou orgulho.

Ele se sentou confortavelmente e abriu o documento. Na primeira página, havia um post-it com a letra de Hoseok sugerindo que, antes da leitura, o ator assistisse ao filme original, caso não tivesse uma lembrança muito clara da história, porque seria importante até para que ele percebesse as mudanças e as sugestões que ainda poderiam ser discutidas.

Acatando a orientação, Yoongi pegou o controle da TV e facilmente encontrou o filme em um dos serviços de streaming que assinava.

Começou a assistir com o olhar muito crítico, listando mentalmente tudo o que não gostava. Achou os cortes de cena muito abruptos e com péssima continuidade.

— Essa Baby tem uma cara de sonsa, eu me recuso a fazer isso... — resmungou com a televisão. — Essas danças são sensuais demais, puta merda como eu vou ficar me esfregando assim em outro cara na frente de todo mundo?

Tecendo outros comentários que não poderiam sair da segurança de sua sala, Yoongi continuava a assistir e até pegou um papel para fazer anotações.

— O Patrick Swayze realmente estava de parabéns aí, nossa... Eu duvido que o novo Johnny esteja à altura. — Nesse momento, o Min pausou o filme e foi procurar o nome do ator que estava sendo cotado para esse papel. Não encontrando, ligou para Namjoon, que o respondeu imediatamente, e logo desligou para continuar sua investigação.

The Time of Our Lives | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora