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— Com quem você tava falando? Sua cara tá esquisita...

Jimin entrou no escritório de Taehyung carregando dois copos de suco de laranja gelados. A dupla estava discutindo a proposta de Seokjin mais uma vez antes de dar o veredicto final, algo que vinha se estendendo por algumas semanas. Quando o Park havia saído para buscar a bebida, o Kim aproveitou para fazer uma ligação importante.

— Kim Namjoon, o agente de Min Yoongi.

— E o que você queria com ele?

— Perguntar se o cliente dele havia aceitado o papel, mas ele também está avaliando, pelo menos foi essa a resposta que ele me deu.

— Tá, e o que isso interessa pra gente?

— Oras, Minnie, tudo! — Taehyung gesticulou com as mãos como se estivesse dizendo algo óbvio. — Se eles escalarem um ator menos problemático para ser o seu par romântico, será melhor pra sua imagem, além de ser um motivo a menos pra eu me preocupar...

Jimin revirou os olhos. Ao contrário de Taehyung, estava bem mais flexível em relação à proposta e tudo o que vinha com ela.

— Tae, ele será só um colega de trabalho, uma escalação, não estará lá por minha causa, muito menos eu por causa dele! Nossa imagem não será associada fora dos sets — argumentou. — Além disso, não sou eu que escolho o elenco, nem estou em posição de exigir nada.

— Está sim, ué, eles te querem como protagonista, isso te dá alguns privilégios.

— Daria se alguma outra oferta tivesse chegado e a gente pudesse barganhar. Sabemos que a realidade não é essa e que ontem mesmo já te deram a negativa daquele dorama japonês, eu tô sabendo.

Taehyung engoliu em seco, aquela era a última cartada que tinha em vista para convencer Jimin a esperar mais um pouco.

— Você andou mexendo no meu computador?

— Não. — Bebeu um longo gole de suco. — Você é que deixou seu telefone na mesinha da sala e ele não parava de apitar. Quando peguei pra levar para o seu quarto, a tela estava acesa e pude ver a prévia da mensagem que chegou, não precisei nem desbloquear. — Deu de ombros.

— Bom, eles fizeram uma contraproposta para um papel um pouco menor, pelo menos.

— Menor quanto?

— É uma participação em um dos episódios, você vai ser um auxiliar de investigação que sabe demais e morre por causa disso — contou e viu que Jimin não pareceu nada confiante. — Antes que você diga qualquer coisa, considere que aparecerá no horário nobre da TV japonesa, eu acho que faremos um bom negócio e teremos um novo mercado a ser explorado!

— Tae, você está se ouvindo? Em que mundo uma ponta em um episódio é algo melhor que protagonizar um filme de estreia mundial?

— Ora, Jimin, segurança em primeiro lugar! — argumentou e viu o amigo bufando, não de raiva, mas de derrota.

— Se essa participação é tão curta, podemos conciliar os dois, não?

— Então... É... Infelizmente... O contrato para essa ponta tem duração de seis meses e... é de exclusividade... — Taehyung foi diminuindo o volume da voz conforme falava. Nos seus pensamentos aquela condição não parecia tão ruim, só que ao verbalizá-la, se deu conta de que não era lá muito vantajosa.

Jimin suspirou, não queria parecer arrogante ao dispensar oportunidades. Se pudesse, se desmembraria em dois ou mais para abraçar qualquer mínima oferta que viesse. Só que isso era impossível.

The Time of Our Lives | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora