𝑾𝑻𝑴 - 𝟏𝟓

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WITHOUT ME

Minhas mãos alisavam suas costas, subindo... e descendo. Nossas línguas se entrelaçavam e era o encaixe perfeito, como se nos pertencessemos.

Eu estava ciente de que aquele beijo poderia gerar confusão mais tarde, mas eu preferia levar uma bronca depois, do que perder essa oportunidade. Até porque foi ela quem quis, então...

Sua mão estava na minha nuca, a outra deslizava por baixo da minha camisa dando leves arranhões. Senti algo pulsar logo à baixo, e aquilo mexeu com a minha cabeça. Meu joelho roçava logo à baixo de sua virilha enquanto eu ansiava por mais de seu toque.

Nos separamos do beijo por falta de ar. Ambos respiravamos ofegantes, nosso corpo tão quente que parecia que tínhamos mergulhado em chamas, nossas bocas pouco inchadas pelo longo beijo lento molhado.

Dou uma espiada para o lado e vejo que tem uma porta, suponho que seja o banheiro feminino. Ainda com minhas mãos em sua cintura, eu a puxava para dentro do banheiro e logo ela tranca a porta. A pia era alta o suficiente para que eu a pegasse no colo e a colocasse sentada sobre a pedra.

Suas coxas envolvem-se em meu quadril, ela passava sua mão em meu abdômen enquanto minhas mãos agarravam seu pescoço. Dou um leve pressão com os dedos e suas pernas se contorciam ao redor de mim. Eu fazia questão de explorar sua boca com minha língua, elas dançam em sincronia. A melhor parte era ouvir os estalos que os beijos faziam, causando fogo.

A coisa começa a esquentar assim que ela passa suas mãos na barra da minha calça, desafivelando meu cinto. Eu sorria mais do que ansioso para aquilo, porém, algo nos interrompe. Seu celular...

Reviro os olhos irritado e ela desce quase que bufando de cima da pedra, colocando o telefone próximo à orelha ouvindo alguém falar do outro lado da linha. Ela balança a cabeça e sobe seu olhar para mim.

── Temos que ir embora. Os garotos estão lá fora.

Ela ousa dar as costas e sair do banheiro, mas antes deixa um selar em meus lábios me pegando de surpresa. Mordo o lábio observando-a sair. Fico um tempo me encarando no espelho e ajeitando meu cabelo, arrumo o sinto da minha calça e pego minha jaqueta voltando para o carro.

[...]

Abro os olhos após sentir uma dor na canela.

Quem me chutou?!

Me sento e olho em volta tentando raciocinar onde estou... numa sala? Todos estavam desmaiados e deitados de qualquer jeito. Ainda bem que acordei, se não ficaria com uma baita dor nas costas. Exceto Gustav, que me olhava de cara feia e os braços cruzados, parado à minha frente.

── Vocês só me dão trabalho! Por que bebem tanto? - questiona.

Ouço Tom resmungar cansado. Até que vejo quem havia me chutado. Georg estava com as pernas para o alto e a cabeça pendurada no sofá, quase babando enquanto dorme com a boca aberta.

Levanto e caminho lentamente até meu quarto.

Não me lembro exatamente o que fiz depois disso. Só sei que acordei com uma puta dor de cabeça.

[...]

── Bom dia... - eu dizia sonolento ao me sentar com todos na mesa.

WITHOUT ME 2 | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora