𝑾𝑻𝑴 - 𝟖𝟖

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WITHOUT ME

2016


Flashback On - 30/08/2012

── Amor, eu não gosto que saia de carro uma hora dessas, e essa festa fica em outra cidade - seguro sua mão, olhando no fundo dos seus olhos azuis.

── Bill, eu já sei andar de carro, tenho celular e tenho bateria. Qualquer coisa que eu precisar eu ligo para você - ela da uma risadinha e beija o canto da minha boca.

── Mas o bebê...

── Ainda faltam dois meses, não é como se eu fosse parir a qualquer momento - ela revira os olhos.

Olho pela janela vendo estar escuro lá fora.

── São quase oito horas da noite, Maëlys, quem são esses pais malucos e irresponsáveis que inventam de fazer uma festa infantil para o filho de um ano-

── Dois anos. - ela corrige.

── Tanto faz! Dois anos, uma festa que fica em outra cidade e ainda à noite?! Que idiotice.

── Talvez hoje seja o único dia em que eles conseguiram planejar uma festa para o filho e apenas nesses horário - explica.

── Aham! Ata... - solto uma risada em deboche e puro sarcasmo.

Ela ri do meu humor e da de ombros.

── Thomas tem quase a mesma idade, imagina que fofo que deve ser uma festinha apenas para criancinhas - ela sorri.

── Tommy tem um ano e onze meses, tem diferença.

── Você quer privar ele de tudo, né?

── Não estou privando. Estou sendo realista de que uma festa às nove da noite, em outra cidade... é maluquice.

── Eu te ligo assim que chegar, está bem?

── Ao menos conhece os pais desse garoto?

── Conheço. O pai e a mãe.

── Por que a festa é tão longe?

── Por que vai ser num salão de festas, no caso eles moram para cá e o filho estuda no mesmo lugar que o Thomas.

── Hum - olho feio - Quero fotos, vídeos e que me ligue quando chegar, durante a festa, quando estiver saindo, antes de ligar o carro, depois que ligar o carro, antes de dar partida e quando estiver na metade do caminho. Ouviu?

Ela solta uma risada nasalada em diversão.

── Estou falando sério, Maëlys.

── Tá bom! Você é muito mandão, credo.

── É questão de segurança - beijo sua testa - Se cuida.

── Vocês também - ela me abraça.

Tommy começa a andar em nossa direção e eu o pego no colo.

── Se comporte, ouviu, Tommy? - ele coloca a mão na boca e a babar em resposta - É um sim.

Nós rimos.

── Amo você! - diz a garota ao sair pela porta.

── Também te amo...

Suspiro ao ver o silêncio que se estabeleceu.

Recebo uma ligação se Georg dizendo que estariam me esperando dentro da Van. Pego minhas coisas, dou um beijo na Bia e tranco a casa. Vejo a Van parada do outro lado da rua e os garotos na janela.

WITHOUT ME 2 | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora