A tarde estava mais quente que o normal, ei sabia que a cidade era quente, mas nesse dia estava insuportável.
- Camille.. vai pedi algo para o almoço? – Julia a minha assistente a poucos dias, ela pergunta da sua mesa.
- Vou procurar um restaurante, um com ar-condicionado de preferência.. – aquele calor estava insuportável mesmo – O doutor Philips ligou enquanto eu estava ocupada?
- Não senhora. – droga, não sei porque ainda insisto nisso – Quer que eu ligue para ele? – ela me questiona com aquela cara “eu sei que está rolando algo.”
- Não, não precisa. – pego minha bolsa e saiu, pelos corredores várias pessoas passam por me com seus jalecos brancos, alguns indo em direção ao refeitório.
- Iai gata.. – olho para trás e vejo Lucas – Cada seu queridinho – ele fala, fazendo sinais de aspas com as mãos.
- Oi Lucas, não começa tá, eu odeio ficar de babá ele chegou ao quer? Quatro meses? E ainda não conhece a unidade toda?
- É, mas isso veio lá de cima, são ordem – ela fala com um sorriso de orelha a orelha.
- Você deveria ir com ele, é melhor com isso.. – eu falo enquanto caminho - Em manter as pessoas entretidas.
- Amiga eu iria amar, mas ele escolheu você. E além disso, talvez nem precise mais, ele viajou para um excursão de médicos e biólogos, só os melhores vão.. – eu para e encaro ele – O que amiga, você trabalha com fungos, isso não é nem um pouco interessante.
- Eu nem sei porque somos amigos ainda. – eu continuo caminhando seguindo em direção a entrada principal, o hospital era enorme, composto por várias blocos, clínicas, laboratórios e até apartamentos, por ser distante de Palmas.
- Vai pegar a estrada mesmo? – eu não estava mais afim, a desculpa era só de ficar sozinha com o Philips, mas como ele não está, sigo Lucas até o refeitório.
- Isso tá lotado, devia ter deixado a Julia ter pedido comida. – entramos e fomos até a área onde servia comida, hoje era sexta, dia de lasanha.
- Nossa isso parece esta um delícia. – Lucas fala enquanto se serve.
- Parece esta mesmo. – terminamos de colocar comida e seguimos para um mesa onde está Julia e Gabriel.
- Camille, achei que iria para um restaurante.
- Lucas me fez mudar de ideia. – ele me olhar com aquele sorriso maligno dele.
- Vai embora hoje? – Gabriel me questiona, ele aparenta ser bem mais velho, que a idade dele no crachá, a separação realmente não fez bem.
- Vou sim – eu respondo, já sabendo o motivo da pergunta.
- Mille se você.. puder.
- Claro que eu te dou uma carona Gabriel. – eu sabia que estava sendo difícil para ele.
- Então, o que vão fazer hoje a noite? – Lucas pergunta, fazendo com que o clima chato acabe.
- Como hoje vou ficar aqui, provavelmente nada. – Julia diz fazendo bico.
- Porra, você devia ir na cidade, vai se acabar com tudo isso.
- O doutor Wellington falou que vai me ajudar com alguns estudos, eu não posso perder essa oportunidade.
- Aff, é eu sei, eu era assim, mas eu ficava por outro motivo também. – Lucas fala, fazendo todos da mesa rir, a gente sabia qual era o motivo, e foi um dos motivos que fez ele perder dois anos da vida dele.
- E você se ferrou por isso né amigo. – Julia rebater, Lucas vai sinal de pare.
- E você amiga?
- Provavelmente ver alguma série, um fil..
- Por favor, não. Ele me interromper.
- Sério amigo, eu não consigo sair depois de tanto trabalho, e até chegar em casa. – ele me olhar com desprezo.
- E você Gabriel? Vamos animar?
- Não dá, vou ficar com as crianças.
- E a Cláudia?
- Ela tem um encontro. – se entreolhamos e Lucas ficou quieto, talvez só assim ele pare de encher.
- Acho que está muito cedo para isso. – Lucas falar ele não sabe quando parar.
- LUCAS – eu e Julia o gritamos, algumas pessoas no refeitório, olhavam em nossa direção.
- Tá gente, eu sei.
- Então, eu vou subir, Milla.. as 18 né?
- Isso.. – Gabriel levando, vai em direção da mesa gigante de pratos sujo e colocar o seu, e caminha em direção a mesma porta que entramos, eu o observo até não o ver mais.
- Lucas você devia ter mais empatia pelas pessoas.
- Desculpa tá, mas eu sou assim, lido com bicho o dia todo.
- E oque isso tem haver com o Gabriel. – eu questiono.
- Aí amiga, eu só penso que ele devia adotar um. – eu e Julia rimos.
- Você é louco sabia.
O horário do almoço passou voando, estou no laboratório analisando uma amostra, divido o laboratório, com mais três biólogos.
- Camille, como está a pesquisa?
- Oi Simas, quase finalizada. – Simas foi um dos primeiros a entrar nesse laboratório, e aqui é como se fosse o reino dele.
- Eu estava precisando mesmo dessa bancada, como você está finalizando, que tau ir para a mesa da janela. – ele fala com um sorriso no rosto, isso faz meu sangue ferver.
- Claro, eu já estava finalizando para ir embora. – dou um sorriso amarelo, ele sair para pega suas coisas. Limpo toda bancada, e coloco minha pesquisa em uma pasta e saiu.
Os corredores parecem ser mais estreito desse lado do prédio, chego até minha sala e vejo que Julia já saiu, vou em direção a meu armário e vejo um post-it colado na porta.
Resolvi sair mais cedo para meu estágio, organizei todas as coisas e anotei algumas ligações, tudo está no seu caderno.
Vou em direção a minha mesa e vejo o caderno preto em que ela anotar tudo, sento na mesa e começo a procurar por algo importante, ligações da minha irmã e uma do doutor Philips, eu espero que seja na intenção de um pedido de desculpas, vou para próxima página, mas só algumas que tenho que fazer na segunda. Não ter um laboratório era horrível, mas eu tinha um pequeno privilégio de ter minha própria sala, e uma assistente. Levanto, tiro o jaleco, e pego minha bolsa e a pasta, talvez eu tenha uma programação para sexta a noite, revisar tudo isso.
Caminho até o térreo onde fica o estacionamento, enquanto mando mensagem para Gabriel, mas para minha surpresa ele já está lá.
- Olhar que pontual. – eu falo abrindo um sorriso.
- Fiquei com medo de ser deixado.
- E ir embora sozinha, nunca.. – ambos rimos, entramos no carro e dou partida, eu amo meu serviço, mas amo as sexta-feira, o único dia que posso realmente descansar. Ligo o som do carro e coloco minha playlis anos 2000 .
- Ei, não dá moral para o que o Lucas fala.
- É, eu sei..
- Ele as vezes é um babaca.
- As vezes é. – rimos. O resto do trajeto todo ficamos em silêncio, escutando música. Meia hora depois chegamos em um hotel onde ele está ficando, me dispenso dando boa noite.
Não entendo nada sobre casamento, ou término, mas acho que nunca tinha visto o Gabriel assim, tem coisa pior que isso? Havia sim, e logo eu iria saber.
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O fim do mundo
Science FictionApós uma pesquisa da errado, o cara de quem Camille gosta é infectado por uma doença misterioso que faz com que pessoa mortas voltam a vida e sentem vontade de comer carne humana. Camille vai fazer de tudo para sobreviver e conseguir salvar seu amor...