CARDIGAN - Gojo Satoru [Jujutsu Kaisen]

CAPÍTULO UM - Toji Fushiguro.

"No dia em que você nasceu, raios de sol entraram pela janela do quarto onde sua mãe te abandonou, eu corri para fechar e proteger você, mas você fez um som tão fofo e parecia tão feliz que percebi que você queria aquilo.

Desde o início, minha querida raio de sol, eu soube que era você quem decidiria seus próprios passos. Sinto-me destruído por saber que seus passos foram para longe de mim"

Estava observando ela lutar contra outra criança enquanto acontecia uma reunião informal com um dos melhores fornecedores que eu tinha, o mesmo era o único que tinha permissão para chegar perto dela, já que não possuía nenhum poder amaldiçoado no corpo.

Nunca a deixei sem observação, sempre estava no mínimo dez metros de mim, isso quando ela não estava no meu colo dormindo após um longo dia de treino.

Quando tinha dois anos ela pediu um passeio ao Parque Tsutsujigaoka porque se apaixonou pelas Sakuras na televisão, eu a levei em um dia calmo, mas não sabia que haveria uma concentração tão grande de pessoas com energias fortes.

Eu a vi em êxtase pela primeira vez, sem conseguir controlar seu poder:

Ela caiu de joelhinhos no chão, um dos sapatinhos havia saído do pé sem explicação nenhuma, ela batia as mãos na cabeça tentando conter o poder e não conseguia nada além de bagunçar as trancinhas que eu havia feito.

Tive que ser paciente para que ela se acalmasse e pudesse enfim entender o que estava acontecendo, então expliquei de uma forma muito estúpida que o corpo dela estava com fome e precisava se alimentar.

Quando ela se acalmou e percebeu que estava se sentindo melhor, ela sorriu e me disse que gostaria de ver as árvores, foi a primeira e última vez que a levei para lugares tão públicos assim.

- Querida, você consegue. É mais forte que ele - avisei de onde estava sentado e ouvi o homem elogiar a performance dela, mesmo tão pequena já tinha os movimentos refinados - Ela aprende rápido tudo que ensino a ela.

- O que a mãe dela acha disso? - ele se escorou na cadeira - Sobre você ensinar uma luta como Jiu-jitsu para ela?

- Nada, mortos não falam. - sorri vitorioso e o olhei - E se aquela vadia voltar a falar, eu farei questão de calar a boca dela de novo, como fiz pela primeira vez.

S/n não via problema quando falávamos da mãe dela, na verdade ela não dava a mínima, não se importa com aquilo assim como eu.

A segunda vez que ela entrou em êxtase foi um descuido que cometi, um que nunca mais iria acontecer novamente.

Minha querida raio de sol tinha quatro anos quando a deixei sozinha em casa para que pudesse ir em uma missão rápida ao redor da cidade, não esperava que um xamã de nível mediano entrasse em nossa casa para me encontrar e matar.

Eu havia treinado ela corretamente, sabia exatamente o que fazer caso isso acontecesse, mas o homem ousou procurar por provas contra mim, fazendo com que se aproximasse do quarto dela.