EPÍLOGO E AGRADECIMENTOS

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Meu fiel tormento,

Por que persistes em despertar-me? Tu reinicias o ciclo e eu continuo a sentir-me como uma insignificante criatura de pesadelo.

Sem ele, estaria eu perdida, vagando solitária pelos corredores daquela escola após ter desaparecido todos eles. Oh, o êxtase de afogar minha querida dor naquele esquecimento.

Anseio por escapar, permitir que tudo recomece uma vez mais, para ser moldada por ele novamente, para reencontrar aquele outro, para me apaixonar pela mesma alma que outrora me encantou.

No entanto, eu manipulo o firmamento, o dia, a noite, e bailo com meus demônios sob a chuva de sangue que derramei. Um breve vislumbre de amor, um raio de sol, doçuras efêmeras, e ainda assim persisto em dançar, amar, matar, respirar.

No silêncio de minha mente, corro e tremo de pavor... Chegou, enfim, minha vez? Aproxima-te, meu querido tormento.

Nenhuma esperança se ergue para consolar-me, nesta jornada, na tua ausência, não posso encontrar forças. Sem ele, minha existência é apenas um adorno iluminado sem propósito. Em meio a esta amada aflição à qual me entreguei, contempla o quanto me entreguei, o quanto a esperança me traiu.

Meu amado sofrimento, vieste reclamar-me? Por que haveria eu de dançar contigo, de amar-te?

O silêncio na sala era palpável, quebrado apenas pelo som sutil do respirar do homem sentado no chão rodeado de ursos de pelúcia. Seu corpo permanecia imóvel, contrastando com o horror que se desenrolava diante dos seus olhos. Gotas espessas de sangue escorriam lentamente de suas órbitas, criando um padrão macabro nas faces pálidas. Seus olhos, antes vivos e expressivos, agora exibiam apenas a desolação de um pesadelo sem fim.

A visão dos olhos sangrando era perturbadora, um cenário de horror que desafiava qualquer explicação racional. O homem, no entanto, permanecia estranhamente calmo, como se aceitasse um destino terrível e inevitável. Seu olhar vazio parecia atravessar a sala, fixando-se em um ponto distante, como se visse algo que o mundo comum não podia conceber, como se soubesse que algo acabara de acontecer.

Aos poucos, o sangue formava pequenas poças sobre o chão e suas roupas, tingindo de vermelho a madeira escura. O cheiro metálico invadia o ar, misturando-se com o aroma do medo que pairava ao redor da escola. Os espectadores, paralisados pelo terror, mantinham os olhos fixos no homem, incapazes de desviar o olhar daquela cena grotesca, sem saber o que tinha acontecido exatamente.

O homem ergueu lentamente a mão trêmula em direção ao rosto, como se tentasse conter o fluxo de sangue que jorrava de seus olhos. Um gemido baixo escapou de seus lábios, um lamento de dor e agonia que ecoou pela sala vazia. E então, em um último suspiro, seus olhos se fecharam, mergulhando-o em uma escuridão.

A sala permaneceu em silêncio, a tensão ainda pairando no ar como uma sombra sinistra. O horror daquela visão assombraria para sempre a memória daqueles que testemunharam aquele momento terrível, um lembrete sombrio da fragilidade de um xamã de tão alto nível.

A atmosfera na escola tornou-se frenética e caótica. Os corredores ecoavam com gritos histéricos, alunos e professores correndo de um lado para o outro após ver as madeiras rachando e quebrando. As salas de aula estavam cheias de alunos em confusão, tentando entender o que estava acontecendo.

Enquanto isso, na sala onde o homem estava sentado, a tensão atingiu níveis insuportáveis. O som dos gritos do lado de fora penetrava nas paredes, misturando-se com o ar pesado de terror que pairava ali dentro. O homem permanecia imóvel, seus olhos agora fechados, as mãos ainda pressionando seus olhos ensanguentados.

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⏰ Última atualização: Mar 14, 2024 ⏰

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