Eu vou me contar mentiras
Para parar os meus soluços
Eu vou acreditar em contos de fada
Para acalentar meu prantoOh, meu livro sendo rasgado
Tantas folhas que eu tirei do coração
Para serem queimadas e derramadas em minha garganta
Pegando fogoAh, como eram boas as tardes
Que eu andava por aí sem rumo e sem esperanças
Sem amores e sem lembranças
Ah, como essas tardes eram vazias
Ah, como essas tardes eram pacíficasMinhas palavras que são vazias como a casca de uma noz
Sou a árvore abandonada pelos esquilos em algum inverno
Não muito distante
Que agora cortam a raizAh, onde estaria a "eu" agora?
Toda vez que ela chora, eu escuto seus lamentos ao longe
Parte meh coração, mas não consigo chegar a ela
Perdi contatoE as folhas caem como se eu não estivesse quebrada
A água corre como se ainda houvesse motivos para se movimentar
Talvez tenha, talvez as coisas tenham sido resolvidas e
Os assuntos não chegaram até mimEu pego a pedra e coloco um adesivo
O adesivo cai e murcha, desanimado
Coloco outro, esse maior
A corrente irrompe da pedra, encharcado meus pés de vermelhoAh, se essas palavras ajudassem
Se eu só derramasse elas e isso me acalmasse
Se eu não sentisse tanto tanto
E derramasse tantas lágrimas
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Melancolia
AcakOlá, espero que tenha um bom dia. Eu gosto muito de escrever, mas não consigo manter um fluxo constante. Então, no lugar de poemas, pensei em fazer pequenas histórias de um capítulo. Sou uma pessoa muito feliz, mas mesmo as mais firmes alegrias têm...