cap 13

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Terminamos de comer e fomos todos para sala, s/n permanecia ao lado do irmão com uma feição triste. Então descidi chamar ela para algum canto.

Como a mesma estava na ponta do sofá apenas peguei em sua mão e puxei ela para o quarto do Júlio, fechando a porta e ficando na frente da mesma.

Bento: porque você tá assim? Desde que conversamos você tá quieta e não quer falar com ninguém.

- não é nada, deixa eu sair - ela tenta me empurrar mais eu não deixo, segurando seus braços a fazendo se debater e tentando sair do meu toque - me solta Alberto, é sério

Bento: ha! Viu? Você tá brava comigo, porque? - ela tenta me empurrar mais quem empurra ela sou eu delicadamente, para a cama, assim ficando em cima dela prensando seus braços em cima da cabeça - eu não vou sair daqui sem respostas, tô cansado disso, você ultimamente anda sendo grossa comigo, aí outras vezes vc é de boa, oque deu em você?

- você tá cansado? Imagina eu que tenho que lidar com o fato de que gosto do meu amigo e ele gosta de outra - ela arregala os olhos quando percebe oque falou.

Eu comecei a rir e ela me empurrou de cima dela, assim saindo do quarto me fazendo ir atrás dela, ela apenas abre a porta da casa de Júlio com tudo e sai da casa. Quando olhei pro resto todos nos olhavam, Dinho levanta puto da vida com cara de negação me empurrando e indo atrás da mesma.

Sérgio vem até mim me dando um tapa na nuca.

Sérgio: oque você fez agora? - ele parecia irritado.

Depois de sua pergunta resolvo contar tudo pro pessoal, desde o gostar dela até oque havia acontecido. Todos sorriram e fizeram mensão para eu ir atrás, foi oque fiz.

Provavelmente os dois tinham ido para casa, então fui pra lá. Chegando lá toquei a campainha, bati palma e nada, fiquei esperando até a mãe dos dois aparecer com várias sacolas, ajudei a mesma e ela começa a fazer uma chuva de perguntas.

Célia: Betinho, como vai? Oq faz aqui? Vcs não estavam na casa do Júlio? - fala abrindo o portão e me dando espaço.

Bento: tô bem e a senhora? Então, nós estávamos, mais sua filha ficou chateada com alguma coisa e veio pra casa, aí o Dinho veio atrás - a mesma dá uma leve risada e pede para eu ficar a vontade.

Vou até o quarto dos dois e entro sem bater na porta. Lá estavam eles, ela chorando e ele consolando, quando ele me olha, seu rosto não transparecia raiva, apenas um olhar de compaixão, acho q ele entendeu a situação.

Ele levanta me deixando a sós com a garota. Sento-me a sua frente e pego em suas mãos, quando a mesma se dá conta logo ela puxa suas mãos de volta, mais obviamente não deixo.

Bento: olha pitchula, acho q você entendeu as coisas errado - ela levanta seu rosto para mim, e eu em um ato automático limpo suas lágrimas - eu não ri dá sua situação, eu só achei engraçado que a garota que eu gosto é você! E vc achou q era outra, sua cara de ciúmes e muito fofa - ela arregala os olhos e cora.

- e-então a conversa era sobre mim?

Bento: sim! Kk. Tava na cara né - nós olhamos e então descido tomar a iniciativa de me declarar. Droga, não era pra ser assim - gosto muito de você, e eu tentei negar isso tudo pra não perder a amizade com seu irmão, mais meus sentimentos foram mais fortes, a razão não deu conta. Você é a menina mais linda, inteligente, talentosa, briguenta e muito mais que apenas algumas palavras, mais tive medo de não ser recíproco. Agora que sei, eu posso finalmente fazer oque eu sempre tive vontade.

Puxo a mesma para mais perto, segurando em sua cintura, pego delicadamente em seu rosto e puxo para perto do meu.

Bento: eu queria saber o motivo da sua tristeza no quarto, e depois iria te chamar pra sair, mais nada saiu como planejado - puxo seu rosto para um beijo.

Um beijo calmo, que aos poucos foi tomando forma. Peço passagem com a língua e a mesma sede, o beijo era tão bom, o beijo que esperava a tempos, finalmente poderia tê-lo para mim, e ainda por cima, ter a garota que sempre quis. Então a falta de ar se faz, e nós afastamos, colamos nossas testas e ela acaricia meu rosto.

- desculpa, desculpa por agir no impulso e ter feito oque fiz. Eu não sabia oque eram meus sentimentos, agora eu entendi oq vc quis dizer no dia do show - demos uma risada nos afastando e percebendo duas presenças encostadas na porta.

Dinho: AVE MARIA QUE SHOW, EU HEIN - faz careta.

Célia: mds, minha menininha tá crescida - põe a mão no peito me fazendo corar com sua fala.

Dinho: tabom, agora bora mãe - entrelaçou seu braço com sua mãe e foi embora.

Bento: agora que tá tudo resolvido, quer sair comigo a noite? - coço a nuca sem graça.

- claro que eu quero - dou um selinho no mesmo.

Bento: ent.. as 19:20 eu passo aqui pra te buscar, pode ser?

- pode sim - sorrio olhando para o mesmo.

Passamos a tarde juntos, agora ela estava sorrindo e contente, me despeço de todos e me dirijo até minha casa.

Quando entro escuto uma ligação.

Bento: alô?

Júlio: e aí filhote, se resolveu com ela? Tá todo mundo aqui curioso.

Bento: me resolvi sim e chamei ela pra sair - escuto Júlio cochichar e vários gritos de comemoração do outro lado da linha.

Júlio: finalmente hein. É isso aí, boa sorte japonês, estaremos torcendo por vocês. Aliás, amanhã tem show.

Bento: tá bom, tchau julião, até amanhã.

Júlio: falou - o mesmo desliga.

Corro para o meu quarto pulando e vou para o banheiro me arrumar. Banho tomado, roupa colocada, perfume espirrado, tudo pronto, agora era só esperar o horário, sim sou ansioso então já me arrumei.

Fico embaçando na sala, quando olho para o relógio, já estava perto do horário, então pego as chaves de casa e do carro e vou novamente em direção pra casa da minha pitchula.

Amor Entre Cordas: A Paixão De Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora