❝E todas as horas que o tempo tem pra me conceder.. São tuas até morrer.❞
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INFORMAÇÕES:Leve angústia por parte dos personagens, carícias, Palavras de amor, tempo de qualidade, beijos.
#'Famale reader.
ENTRADA: O estresse as vezes consome, mas o amor em uma noite chuvosa cura..Ou uma linda dança. . . . .
❛Pov;SABO
Tenho quase certeza de que me lembro quando eu tive meu olhar cruzado com o daquela mulher, Por mais sério que fossem os semblantes eu não consegui notar nada além de gentileza naqueles dóceis e calmos olhos, A forma como ela articulava e debatia assuntos sérios não deixando transparecer qualquer nervosismo...Digna de atenção...digna da minha atenção. Talvez eu tenha responsabilidades demais, ou talvez eu me sobrecarregue muito, porra tenta dar um desconto eu sou o 2 no comando do exército revolucionário, ou talvez eu brinque o suficiente pra esconder que estou uma bagunça.
Já fazia horas que eu estava sentado naquele escritório, minha cabeça fervia não apenas por ter que pensar em uma situação plausível pra resolver os problemas, mas também o motivo de [nome] estar tão presente em meus pensamentos, Nos vimos apenas algumas vezes, ela era alguém de confiança pro Dragon, então tecnicamente era alguém de confiança para mim, porém tudo muda pelo simples fato de como ela age em todos esses encontros, ela é séria e reflexiva, Gentil mas misteriosa e isso me deixou de alguma forma cativado, pelo menos é o que parece..Porque porra..a única coisa que se passa em minha mente agora é em levantar dessa cadeira e correr até onde eu sei que ela está agora, Em uma reunião com Dragon..Ou em outros casos conversando coisas que apenas eles sabem.
Seria invasivo? Ou eu apenas me envergonharia? porque eu já estou com vergonha sem nem ter ido falar com ela ainda.
Tentei ao máximo ignorar minha própria cabeça, mas a única coisa que eu pensavs era em "Vai lá, da nada não." E eu simplesmente estou fazendo isso agora.
Tentei manter meus passos firmes e não desajeitados, mas era um pouco difícil, Olhei de relance algumas vezes pelos corredores não notando ninguém então apenas segui meu caminho em direção a uma humilhação certa.
Eu deveria bater na porta, mas só de ouvir os fracos cochichos de dentros da sala já me dava calafrios, porém...eu queria só olhar pra ela..ou não sei, dizer que esqueci alguma coisa dentro da sala. Era agora, simplesmente taquei o foda-se e bati na porta..Nada..demorou no mínimo uns 30 segundos até alguém responder, e foi ela, [nome] ditou um simples "Está aberta".
Lentamente eu deixei que a porta abrisse calmamente, olhei por entre a fresta e noitei apenas os dois na sala, Dragon se mantinha calmo em sua mesa enquanto [nome] estava sentada no pequeno sofá da sala, As pernas cruzadas e os dedos posicionados com leveza sobre a calça jeans preta.
O que eu falo porra! Acho que fiquei em silêncio tempo o suficiente, o suficiente para ouvir um pequeno suspiro e ver um sorriso suave nos lábios de [nome].
–Aconteceu alguma coisa, Sabo? —Fui tirado de meus pensamentos quando ouvi a voz de [nome] que me olhava fixamente, como se analisasse até meus últimos pecados.
–Eu...bem..A gente pode conversar? —Murmurei um pouco acanhado enquanto olhava para ela, por um momento pensei que ela não tinha entendido pela maneira como ela me olhou, questionando, mas antes que eu pudesse repetir a pergunta ela se levantou e olhou Dragon.
–Depois terminamos nossa conversa. —O sorriso mínimo porém gentil foi direcionado a mim, Ela caminhou comigo, Por longos segundos até minha sala, em silêncio, com as mãos nos bolsos e um semblante calmo, isso me passou um pouco de confiança, afinal no comportamento dela não havia nada relacionado a desgosto.
–E então, Sabo, o que você quer conversar? —[nome] murmurou finalmente quebrando o silêncio, ela me olhava atentamente enquanto se mantinha agora sentada no sofá, me sentei ao lado dela e sorri envergonhado, como se de alguma forma aquilo fosse descontrair um pouco o clima constrangedor que parecia estar no ar.
–...eu gosto de você. —Sussurrei, acho que o mais baixo que eu pude, eu não tinha mais um sorriso no rosto, agora eu estava apenas envergonhado e inquieto, Não obtive resposta alguma vindo da parte dela, ela nem ao menos ousou se mexer naquele estofado velho.
–Gosta? —Questionou [nome] continuando imóvel, mordi levemente os lábios tentando não surtar e então a olhei.
Não sei por que e nem mesmo quando, ela passou a ter aqueles olhos tão convidativos, tão bonitos.. Talvez seja por eu nunca ter mantido contado visual com ela por mais de 5 segundos, mas agora, eu podia notar até mesmo os pequenos detalhes do rosto dela, a forma como ela umedecia os lábios ou em como ela não se preocupava em manter contato visual...até naquele momento.
Ela desviou o olhar, e pigarreou, Sinais de ansiedade, As mãos pareciam inquietas e eu podia quase que notar a língua dela estalando na boca, As bochechas vermelhas e a cabeça levemente baixa.
–Gosto, gosto mais do que deveria..Tinha uma música que eu costumava escutar, isso foi até você chegar, mas agora...no lugar dela, é uma coisa nova..eu simplesmente a ouço quando olho pra você, porra [nome] eu simplesmente não quero olhar pra mais nada desde que vi você, eu não quero pensar em mais nada desde que vi você..Eu não sei se te conheço por 20 segundos ou por 20 anos.. —Ditei tudo o que se passou em minha mente aquele dia todo, não sei se me senti aliviado ou angustiado.
O silêncio dela só me deixou mais nervoso, cogitei a opção de mentir dizendo que tinha sido uma piada de mal gosto, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa ela simplesmente sorriu timidamente acenando rapidamente.
–Me sinto da mesma forma. —Aquela simples frase foi o suficiente para quebrar qualquer barreira que eu pudesse vir a ter, Eu simplesmente deixei de pensar só olhar para aqueles lindos olhos singelos e suaves, Meu corpo automaticamente se inclinou em direção a [nome], nossos rostos próximos, a respiração quente dela indo de encontro com meu rosto me causando arrepios, Os dedos delgados tocando levemente meu rosto, mas então olhei em volta pensativo.
–Quer dar uma volta? Está chovendo. —Murmurei a vendo tombar a cabeça para o lado e sorrir acenando, por mais confusa que estivesse.
Pela primeira vez eu tive um tempo diferente, eu usei as horas que me restaram de descanso e fiquei com [nome], Olhar para a forma como ela havia se soltado comigo ou em como os cabelos dela grudavam no rosto por conta da chuva me fazia querer rir.
–Sabia que você pode ficar doente? —Desviei o olhar do céu estrelado ao notar [nome] falar comigo, Sorri fracamente a olhando tentar tirar os cabelos das bochechas, Suspirei estendendo a mão para ele me curvando brevemente. –Que ideia maluca, brincar na chuva..
–Quer dançar, querida? —Acho que por uma fração de segundos pude ver ela engasgar e as bochechas ficarem mais vermelhas, mas isso não impediu dela sorrir e segurar na minha mão.
As gotas dançavam entre si, a lua se misturava com as estrelas e nas poças d'água se refletia uma mistura distinta entre dois corações, as mãos juntas conforme Eu a conduzia em uma valsa suave e harmônica, A maneira como ela sorria e ria para mim só alimentou minha vontade de beija-la.
Meus dedos se soltaram dos dela e em um instante estavam entre os fios molhados do cabelo dela a puxando suavemente para um beijo suave que ao mudar de segundos se tornou envolvente e cheio de paixão, Sentir ela envolver os braços em volta do meu pescoço, nossas línguas se misturando com as gotas de chuva e um luar.
Em um suspirou longo meus braços se envolveram na cintura dela a tirando do chão e a girando de forma carinhosa conforme sussurrava. –Obrigado —Foi um simples agradecimento nem ao menos dei tempo dela questionar, juntei novamente nossos lábios a medida que mantinha meus braços firmes em volta dela.
