10 things i hate about you.

Prólogo.

Jimin odiava qualquer coisa que tivesse a ver com o maldito baile de formatura, aqueles onde todos os adolescentes aproveitam a fatídica noite para fazer tudo o que vem à mente, e, diga-se de passagem, nunca é nada muito agradável aos olhos de uma pessoa com o mínimo de senso. Tinha 17 anos, de puro estresse pós hétero, sim, aquele estresse onde o cara com quem você ficou a anos atrás ainda jura que é hétero. Tinha um estilo totalmente o contrário do que se espera de um nerd que ama Shakespeare, tinha um braço lotado de tatuagens e um piercing no septo, cabelos negros que iam até mais ou menos seu queixo, bem desleixado como costumava gostar.

O seu estresse também vinha de sua querida irmã, bonequinha demoníaca, ele odiava a proximidade dela com o Jaebeom, o cara mais escroto do colégio aos seus olhos, porra, tinha que ser logo esse filho da puta. Jennie era uma aborrecente de 16 anos que só quer saber de popularidade, meninos musculosos e festas, e Jimin odeia a maior parte desses eventos que apelidou de ménage coletivo, sim, pois é sempre um lugar aonde vão para liberarem todos os hormônios já existentes na terra. Pode-se dizer que ele tem um certo trauma em relação a isso tudo, mas, depois que ele aprendeu que não precisava fazer as coisas porque os outros queriam, ele estava foda-se para o que pensam dele, hoje em dia, claro.

Quando precisava se desligar do mundo e principalmente fugir dos surtos do seu pai, ele recorria aos seus queridos fones e a Hamlet, a maior obra literária existente em todo esse planeta. Seu pai era protetor em um nível deverás extremo, quem mais sofria com isso era a patricinha, com ele nem tanto porque criou uma barreira onde não deixava ninguém dizer o que deveria ou não fazer, isso era motivo para muitos desentendimentos com seu pai, e sua irmã ficava a loucura por ver que Jimin não era proibido de fazer o que bem entendia.

Morava apenas com seu pai, sua mãe havia falecido logo após o parto de sua irmã, era uma das dores na qual ele sentia em silêncio, ninguém em casa tocava nesse assunto, muito menos seu progenitor, que era o que mais sentia falta da estrelinha. Estrelinha porque sua mãe iluminava qualquer lugar que fosse, ela era um verdadeiro anjo. Agora sabia lidar melhor com a dor, mas não quer dizer que ela não está lá.

Jimin e Jennie estudam no mesmo colégio, onde tem aquela hierarquia filha da puta de filmes americanos, temos os nerds, grupo do Jimin, as patricinhas sem neurônios, grupo de Jennie, os jogadores de lacrosse, os maconheiros, os hippies e os badboys. Algo totalmente fora do normal era existir essas divisões para poder se encaixar em algum lugar, o mais simples seria todo mundo respeitar todo mundo. A Stadium High School é um lugar onde acontece muita barbaridade e preconceito. Jimin já sofreu muito quando não escondeu de mais ninguém sobre sua sexualidade, tinha plena consciência dos comentários que receberia, só não imaginava que eles poderiam ser tão sujos. Em casa seu pai lhe acolheu muito bem, sua irmã não tinha neurônios então a opinião dela não importava, mas ela também respeitou e nunca o julgou por nada.

Jimin odeia o fato de ter que lidar com Jaebeom, um antigo menino que pegou uma implicância fodida com ele, desde o primeiro ano do ensino médio ele tinha que lidar com os comentários de mal gosto e com toda brincadeira que aquele energúmeno faz. Mas ele não tinha muita paciência e isso na maioria das vezes acabava com uma visita na direção por conta do olho roxo e as vezes um corte labial que deixava carinhosamente no jogadorzinho de meia tigela, o pior de tudo não era nem o sermão da diretora ou as suspensões, era o olhar de seu pai que fazia com que o seu coração que só servia para bombear sangue, sentisse um grande remorso, só assim para ele entender que muitas das coisas que decide fazer não é a melhor opção, mas quem disse que ele pensa rápido? seu TDAH estava ai para o foder completamente. Ir para a escola as vezes parecia ir para uma sessão de tortura, aos olhos dele, não havia diferença alguma, não entendia como alguém gostava de pisar naquele purgatório todos os dias, ele já não aguentava mais.

Jungkook, badboy, festeiro, típico filho da puta que passa o "rodo", mas todos que se envolvem com ele tem um aviso prévio de como funciona as coisas, mas seu cabelo longo e loiro, tatuagens incontáveis pelo corpo, piercings no lábio, septo, sobrancelha e orelha, é o combo perfeito de destruidor de corações. Foi transferido de outro colégio para o SHS por motivos de vandalização, ele apenas pensou que um desenho de um pau no meio da parede da entrada principal do colégio não ia lhe causar problemas, mas se fodeu no fim das contas. Atrasado 1 ano no ensino médio por problemas familiares, ele se sente um puta burro por ter conseguido bombar o segundo ano do colegial, por que independente de ser um festeiro de primeira, JK não era burro, ele tirava notas excelentes sem mesmo prestar atenção nas aulas, o que deixava os professores boquiabertos, não entendiam como um "delinquente" tirava A+ em matérias como Química ou Física, mas não é como se ele se importasse com o que dizem dele.

Morava apenas com sua mãe, seu pai foi comprar cigarros, e não tinha irmãos, e ele amava ser filho único de Jeon Sungmin, sua mãe é incrível, apesar de não a ver muito, pois ela vive dando plantão no hospital, todo tempo que tinha com ela era valioso. Desde sempre soube o que queria e ela nunca interferiu em suas decisões, apenas lhe dava conselhos e empurrãozinhos para ser feliz.

Já disseram de tudo sobre ele, desde preso por tráfico de drogas até que ele comeu um pato VIVO, com penas e tudo, sabe-se de onde tiram toda essa criatividade, ok que ele não se vestia de forma politicamente correta, fumava uma verdinha e amava uma farra, mas isso não quer dizer que fez essas loucuras, até porque sendo um vegano, comer um pato estava fora de cogitação. Jungkook não se vê em uma hierarquia escolar, ele quer mais que essa coisa toda exploda no cu de quem inventou essa merda. Ele gostava apenas de chamar atenção para conseguir um rolo para de vez em quando, por isso amava a bissexualidade, ele nunca ficava chupando dedo, e sim paus e bucetas.

Sua situação financeira não estava das melhores, trabalhava de noite como motoboy de um restaurante de mauricinho, contudo o dinheiro não estava sendo suficiente, estava à procura de um novo trabalho, senão as coisas dali em diante iam ficar mais apertadas, caso fosse possível isso acontecer.