Michelle e Cendric cresceram juntos em uma pequena cidade na Suíça, onde sua amizade se tornou uma verdadeira fortaleza contra o mundo. Desde cedo, Cendric era o fiel protetor de Michelle, sempre ao lado dela para enfrentar as dificuldades e defende...
Hoje completa exatamente 1 semana em que Cedric começou a agir estranho comigo. Ele tem me deixado sozinha no intervalo e, até nas aulas. E quando ele resolve aparecer sempre é para pegar as matérias que ele perdeu no tempo em que ficou longe do colégio. Sempre que tento questionar sobre a sua ausência, ele da a desculpa de que está ocupado e que não era para eu me preocupar com ele. Porém é impossível não me preocupar com a pessoa que eu divido a vida desde os meus 4 anos de idade, é difícil ver que meu melhor amigo distante e eu não saber a causa do problema.
Eu me arrisco a pensar que o motivo do seu distanciamento seja sua mãe ter voltado para as drogas novamente, depois que saiu da reabilitação. Mas tenho medo de tocar nesse assunto depois de tudo que aconteceu, sei que isso é um tópico sensível para ele e não quero que ele volte no passado e reviva tudo novamente.
Mas hoje eu estou decidida a confrontar Cedric Muller face a face. Eu quero e preciso saber o porquê dele estar agindo desta forma. Por isso hoje após a escola eu estou disposta a ir em sua casa para tentar entender o que está havendo.
...
Estou prestes a bater na porta, mas paro assim que ouço a porta sendo destrancada e aberta brutalmente, revelando um homem ruivo alto, com os olhos pequenos e vermelhos como se tivesse acabado de acordar, porém o cheiro da erva medicinal se faz presente e eu entendo o porquê da tonalidade vermelha em seus olhos.
- Pretende ficar me secando por quanto tempo gatinha?- A sua voz rouca e lenta me faz acordar do transe.
- E-eu... É... Eu acho que estou na casa errada, com licença- eu com certeza não estava na casa errada mas não ia ficar ali depois de ter sido pega no flagra pelo homem desconhecido.
Eu estava prestes a virar para ir embora, quando sinto uma mão grande contornar meu braço com uma certa força, mas não ao ponto de me machucar.
- Calma ai gatinha, pra que a pressa?- Ele pergunta de forma sarcástica- Você é bem gostosa sabia? - ele fala perto do meu ouvido me fazendo arrepiar, mas não é um arrepio bom.
- Me solta! - Tento me soltar do seu aperto mais é em vão
- Solta a garota cobre, ela tem idade pra ser sua filha- Uma voz feminina interrompe e, eu não demoro a perceber que é Nora, mãe de Cedric.
- Deu sorte dessa vez gatinha- O tal do cobre me solta e sai em direção ao seu carro.
- Michelle, querida o que te trás aqui essa hora?- Nora fala após soltar a fumaça do cigarro por seus lábios palidos.
- Oi Nora, eu vim atrás do Cedric, ele se encontra?- Ela traga o cigarro novamente antes de me responder.
- Aquele filho da puta saiu cedo e até agora não voltou. Ele provavelmente vai dormir fora de casa como tem feito esses últimos dias- Ela fala dando pouca importância.
- Você não se preocupa com esses sumiços dele? - Falo enquanto me sento no sofá a sua frente- Ele também não tem aparecido nas aulas.
- Não. Ele só está fazendo birra, tudo por causa da nossa última briga no final de semana. -Ela fala se levantando e indo em direção a cozinha- Eu acabei falando umas verdades pra ele, mas ele não aceitou muito bem.
- Quais verdades?- Me atrevo a perguntar
- Sabe Michelle, o Cedric diz que vai fazer diferente de mim, que vai se formar em medicina e que vai ajudar as pessoas, Cedric gosta de sonhar e eu admiro isso no meu menino. Mas ele tem que compreender isso nunca vai dar certo- Ela faz uma pausa- Pessoas pobres como nós, não temos chances de crescer na vida, mas Cedric parece não querer enxergar isso.- Ela fala e vai em direção a porta- No final ele vai acabar que nem eu, sozinho, pobre e viciado- Nora abre a porta e diz suas últimas palavras antes de sair -Vou ao mercado querida, fiquei a vontade a casa é sua.
E ela sai, me deixando sozinha. Suas palavras foram frias e sem emoções. Nora não acredita que Cedric possa ser diferente dela e eu tenho certeza que isso doeu muito no meu melhor amigo. Fico ali sentada pensando por um longo tempo, até a porta ser aberta novamente revelando meu melhor amigo.
- Tá fazendo o que aqui Michelle?- Ele pergunta de uma forma rude.
- Eu vim conversar com você Cedric- Respondo no mesmo tom.
- Se for pra falar sobre o meu comportamento é melhor você ir embora, eu ja falei que não é nada demais, pare de insistir.
- Cedric eu sei que aconteceu alguma coisa, sua mãe me contou sobre a briga de voc...
- PORRA MICHELLE QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA, POR QUE VOCÊ TEM QUE ENVOLVER A NORA NO MEIO?- Ele grita e eu me assusto com o tom alterado
- Cedric eu não envolvi ninguém em nada. Eu precisava saber o porquê de você estar ass...- Ele me interrompe novamente
- Michelle porque você assim?! Se eu não te contei era porque eu não queria que você soubesse porra- Ele diz com raiva
- Ok então, desculpe por me preocupar com o meu melhor amigo
- Michelle vai embora logo.- Ele aponta para a porta
Sem dizer mais nada eu me levanto e passo pela porta segurando as lágrimas. Não queria chorar na frente dele. Antes de sair completamente olho pra trás e encaro Cedric que agora está fechando a porta na minha cara. Ali permito que as lágrimas que antes estava segurando rolem descontroladamente pelo meu rosto.
E assim eu fui caminhando pelas ruas da Suíça. Eu queria que esse momento nunca tivesse acontecido, queria acordar e ver que isso era só um pesadelo, mais bom, isso é real é tão real que não consigo acreditar.
...
Assim que chego em casa, eu ja havia me acalmado um pouco e, tudo que eu queria era tomar um banho quente, me deitar e esquecer desse dia.
Porém esse pensamento muda quando passo pela sala e vejo minha mãe aos prantos e meu pai tentando acalma-la. Começo a me aproximar e, assim que eles notam a minha presença vem me abraçar fortemente.
- Ah graças a Deus, achei que ia perder você também- Minha mãe diz um pouco mais aliviada mais ainda chorando.
Também?
- Como assim mamãe? O que tá acontecendo?- Eu pergunto aflita
Os dois permanecem em silêncio e eu fico mais aflita
- FALEM LOGO- Eu grito em desespero
- Filhinha...- Minha mãe não consegue terminar em cai em prantos novamente
Nada é tão ruim que não possa piorar, né?
- Seu irmão nathan, estava voltando de uma festa com seus amigos e umcaminhão acabou batendo no carro que ele estava... - Meu pai faz uma pausa e eu me preparo para o pior- filha ele não resistiu- Ele diz baixo e com o tom triste.
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Me diz que isso é mentira por favor...
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OI gente linda!!
Eu mudei o prólogo todinho e mudei a sinopse também
Me falem o que acharam!
O prólogo se passa quando Cedric e Michelle têm 16 anos.
