THE CEMETERY || Jennie sempre costumava ir visitar sua mãe no finalzinho da tarde, todos os dias, no mesmo horário.
A mesma se sentia sozinha, sua vida havia se tornando apenas cinza, não tinha colorido. Ela não tinha motivos para viver mais.
Poré...
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A polícia demorou muito para chegar, fiquei com Lisa tentando acalmar ela, o que não deu muito certo.
Ela me contou o nome dela, e um pouquinho de sua vida, disse que não tinha mais ninguém de parente, e me falou que praticava o age regression.
Confesso que quando ela me contou que praticava o age regression, eu tive vontade de pôr a mesma num potinho.
Depois que a polícia chegou, tivemos que prestar depoimento na delegacia, Lisa estava apavorada, e não largou minha mão desde que saímos de lá.
[...]
Eu tive vontade de vomitar a cada palavra que Lisa contava sobre o pai dela. Esse desgraçado mereceu morrer.
Alguns policiais viram nas câmeras do bairro os homens, o momento que Lisa e seu pai entraram no beco, e quando eu entrei.
Graças a Deus fomos liberadas como inocentes, não iria aguentar ficar nem um minuto a mais naquele lugar.
Olhei para a pequena garota triste ao meu lado, mordi meu lábio inferior pensativa.
— Vamos ir para casa, Lili? — Perguntei a ela que logo me olhou sem acreditar.
— Vuxe naum está com nojo de mim? — Ela deixou uma lágrima escorrer, fui rápida e passei a mão na parte úmida para enxuga-la.
— Não há motivos para eu ter nojo de você, neném. — Ajeitei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Você não teve culpa de nada, tá?
— Tudo bem... Mas de qualquer forma, Lili naum quer te atrapalhar. — Neguei sorrindo.
— Você não vai me atrapalhar, pode ficar tranquila. — Peguei meu celular e pedi um motorista para levar a gente até em casa.
Não demorou muito para chegarmos, logo entramos em minha casa, e me sentei cansada no sofá, chamando Lisa para sentar ao meu lado.
— Sei como é doloroso esse momento, mas vai ficar tudo bem, ok? — Deitei sua cabeça em meu colo. — E eu estou aqui para tudo o que você precisar. — Escutei seu chorinho baixo.
A levantei, e a abracei forte, tentando demonstrar que eu estava ali com ela, passando conforto e carinho.
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