Primeiro capítulo

557 34 7
                                    

Observou atentadamente sua mãe e seu pai brigando, cada xingamento, revelações sobre a vida de ambos, e até mesmo algumas agressões como empurrões e tapas, não podia fazer nada para impedir, apenas observar sua família se matar aos poucos enquanto...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Observou atentadamente sua mãe e seu pai brigando, cada xingamento, revelações sobre a vida de ambos, e até mesmo algumas agressões como empurrões e tapas, não podia fazer nada para impedir, apenas observar sua família se matar aos poucos enquanto levava sua infância junto.

Não sentia nada, só sabia que deveria tentar fazer algo, mas o que exatamente?

Respirou fundo e foi para seu quarto fechando a porta, os gritos foram abafados, mas mesmo assim conseguia ouvir perfeitamente os baques e gritos, não queria se importar com isso. Pegou seu celular e seus fones de ouvido, clicou em sua playlist favorita e aumentou o volume até o limite, se deitou em sua cama se afundando entre os travesseiros e o colchão macio, fechou os olhos e se concentrou em desfrutar da música que invadia seus ouvidos e batiam em seus tímpanos.

Cresceu assim, cada briga que ocorria em sua família se resolvia em música alta e fones de ouvido, era sua terapia e ninguém teria o direito de lhe impedir de se resolver consigo mesma. Não perdeu nada e nem ganhou com os problemas dentro de casa, seus pais nunca lhe envolveram em nada relacionado a isso e você agradece muito.

Sua família é rica, tem bastante dinheiro e é bem famosa em vários países, mas é desprovida de várias outras coisas importantes, pelo menos nunca faltou amor na sua criação, ou era o que parecia ser.

— Pai, mãe... eu vou viajar. - Se pronunciou em meio a um jantar de família, sua tia e seus primos estavam ali também, ambos lhe encararam confusos.

— Viajar? Tá se achando por causa que é rica [Nome]? - Sua tia indagou, parando de comer.

— Não sou eu quem vai na casa da irmã pra comer todo final de semana e nem dependo, não é, tia? - Sorriu sarcástica.

— Ora sua-

— Você calada é uma maravilha, irmã. - Sua mãe a interrompeu, sorrindo docilmente. - Filha, se quiser viajar, vá.  Você já é de maior e sabe cuidar de si mesma.

— Sua mãe falou tudo, vá conhecer o mundo, desde que mantenha contato com a gente sempre. - Seu pai sorriu, acariciando seu ombro.

— Não foi um pedido, mas obrigada por me apoiarem. - Disse querendo parecer amigável. - Eu só compareci a esse jantar para avisar vocês, hoje mesmo irei viajar.

— Tudo bem querida, mas você vai para onde? - Sua mãe lhe perguntou, aparentando estar curiosa.

— Está indefinido o lugar em que irei ficar. - Disse e suspirou se levantando. - Eu não quero nem sonhar que vocês deixaram essa vadia tomar conta de vocês, muito menos esses pirralhos que ela chama de filhos, me entenderam? Papai e mamãe.

— Sua audácia e seu problema garota! Como ousa me chamar de vadia! - Esbravejou se levantando e batendo as mãos na mesa.

— Vou aproveitar enquanto estou aqui e irei controlar tudo. Você está proibida de por seus pés aqui, digo o mesmo pra todos os que se aproveitam de meus pais e tornam a vida deles insuportável. - Rebateu seria. - Eu tenho olhos em todo lugar, se você me desobedecer, titia, irei saber e sua vida irá se tornar um inferno particular.

𝗕𝗮𝗯𝘆 𝗦𝗮𝗶𝗱| 𝐆.𝐒𝐚𝐭𝐨𝐫𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora