CAPÍTULO 3

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Jimin estava maravilhado desde que um dos empregados o tirou de seu quarto, e o conduziu até um cômodo no segundo andar.

 Esse pavimento era uma área proibida para o ômega até pouco tempo atrás, pois em qualquer lugar, que não fosse seu quarto, era completamente negada sua entrada. 

Chegando ao local, o serviçal o deixou em frente a uma porta, que Jimin deduziu ser de um quarto, a abriu e entrou no cômodo e seus olhos brilharam instantaneamente.

De início sua atenção foi dirigida para o grande lustre dourado que iluminava todo o cômodo, era magnífico, pois havia rosas forjadas e espalhadas por toda a aparente estrutura de ouro. As paredes eram pintadas de bege, e nelas havia duas grandes janelas que davam vista para o jardim. O sol se punha aos poucos, restando apenas alguns raios que banhavam as rosas, as flores pareciam brilhar com a luz que refletia nelas, a paisagem era de encher os olhos, com toda certeza a vista daquele quarto era a melhor de toda a casa.

Voltando a olhar o restante do quarto, Jimin percebeu que o piso era coberto por um tapete branco, e apesar de não sentir a textura em seus pés, visto que fora de seu quarto era obrigado a calçar sapatos de salto a todo momento, sabia que a peça era felpuda e macia. Ele conseguia imaginar a sensação.

No canto do quarto havia dois sofás longos de estofado branco e com  detalhes em dourado, já no centro do quarto havia um grande e majestoso piano branco, ao lado uma harpa dourada de doze cordas, seguidos de um suporte que apoiava uma flauta. Os instrumentos eram esplendorosos, há muitos anos que Jimin não tinha contato com instrumentos musicais,  sua primeira e última experiência fora aos quatro anos, ainda na escola, mas, as memórias que guardava dessa fase de sua vida representava a perda de suas inocência sobre o quão sujo e cruel era um ser humano.

 O ômega preferia esquecer a — até então — única experiência que teve com um professor de música.

Aquilo era novo para Jimin, pois antes de ser prometido em casamento, o ômega não possuía conhecimento sobre a existência da sala onde se encontrava, já que era veementemente proibido sair do “seu espaço” (por qualquer motivo). 

As poucas coisas que via pela pequena janela do seu quarto consistia no grande portão de acesso à casa, uma parte do muro que rodeava a propriedade, e o vasto jardim de rosas-vermelhas, e apesar de não conseguir esquecer a dor que eles infringiram em sua pele — ao ser açoitado pela antiga professora —, Jimin sempre as amou, pois, eram a única coisa que considerava bonita em toda sua miserável existência.

Com o início dos estudos, Jimin conseguiu o “benefício” de transitar em casa sem receber castigos, e seus genitores não o trancavam mais no quarto (não diariamente). Naquele tempo, o ômega adquiriu a liberdade de frequentar alguns cômodos, tais como: sala de jantar, onde era obrigado a fazer todas as suas refeições, e o jardim.

COLINA ESCARLATEOnde histórias criam vida. Descubra agora