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Jon Arryn havia morrido.
Fora uma morte depressa. Meistre Pycelle deu-lhe leite de papoula para que ele não ficasse em sofrimento por muito tempo.
Circe sabia que Jon era importante para Robert. Era como um pai para Baratheon, acolhendo-o na juventude da mesma forma que fizera com Eddard Stark quando o Rei Aerys II Targaryen, o Louco, exigira suas cabeças.

Circe observou o olhar do cunhado escurecer com certa melancolia.
Ela ainda não havia concebido as dores reais do luto; era bebê quando sua mãe, Perseis, havia falecido de tifo.
No entanto, como a mulher era a segunda esposa morta de Tywin Lannister; seu pai; Circe o viu se afogar na viuvez ao longo dos anos. A jovem conhecia de vista aquela sensação terrível que imaginava que Robert estava sentindo.

Ela perguntou-se como seria sentir aquilo.
Por alguns segundos, desejou sentir o luto apenas para ouvir seu coração bater. Apenas para sentir que era uma pessoa viva, afinal.

— Pensando em vestidos e bordados, irmã?— Jaime murmurou zombeteiro para ela, empurrando-a para longe dos pensamentos.

Circe lançou-lhe um olhar fatal.
Os globos ovalados refulgiam nas sombras maçudas com suas íris esverdeadas; assim como seus marcantes cabelos loiros.

— Não. Estava pensando em como arrancar sua língua poderia ser útil.— Ela respondeu amargamente, dando de ombros.— Seu silêncio seria, decerto, gratificante.

Jaime riu sem muito se importar com as palavras afiadas da jovem.

— Você não conseguiria nem se quisesse.— Ele murmurou para ela, erguendo lentamente a mão para tocar-lhe a pele macia da bochecha com as costas dos dedos; deslizando-os num movimento lânguido.— É uma dama.

Circe cerrou os dentes retos e arrancou o punho dele de perto dela num único tapa que ecoou nas paredes plúmbeas de pedra.

— Não seja tolo, irmão. Cersei pode até suportar suas graças, mas eu não.

Gold, Robb StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora