Laços de sangue

Blue

PV Autora

Cheryl estava nesse exato momento terminando de colocar o scarpin em seus lindos pés, a ruiva definitivamente não estava em clima de festas, porém Minerva não tinha limites quando se tratava de festejar ou beber até cair, e por algum motivo ela simplesmente havia decretado que a ruiva estava triste e que ela iria animá-la esta noite.

-Minerva eu não tô nem um pouco no clima para isso - repetiu pela milésima vez naquela noite.

-Independente, eu definitivamente não vou deixar você trancada aqui pensando naquela morena gostosa, esculpida pelos deuses e extremamente chata e irritante a noite inteira, você tem que sair e se divertir, Cheryl chega de se depreciar por mulheres gostosas que não estão nem aí pra nós.

-em primeiro lugar, tira o olho, em último lugar não se trata dela e sim dos meus filhos - a ruiva fez questão de corrigi-la

-Filhos estes que você nem almenos tem certeza de que são seus, vocês transaram e tals, mas nada garante que os bebês são seus

-Pela milésima vez, a Toni nunca foi e nem nunca será apenas mais uma foda de uma de minhas noitadas, a Toni foi e ainda é a minha alma gêmea, a minha cara metade, ou seja lá como caralhos as pessoas chamam isso. Olha eu sei que não sou nem nunca vou ser a melhor das pessoas para falar sobre sentimentos ou de como é o amor, até porque eu nunca fui amada por ninguém nem pela minha própria mãe, mas se o amor realmente existe tenho certeza de que não chega nem aos pés do que eu senti por aquela mulher.

-Cheryl eu sei disso melhor do que qualquer outra pessoa nesse mundo, afinal eu estava lá quando você se apaixonou, eu presenciei tudo desde o início, seus suspiros quando ela passava, fui eu quem teve que aturar você falando dela o dia inteiro durante todos os dias, eu me lembro de cada sensação que você chegou a descrever e..

-Não!, minerva, é muito mais do que só isso -exclamou levemente alterada- sempre foi, e sempre será, era um sentimento que não cabia dentro de mim, nada do que eu fazia parecia suficiente para matar as saudades, ou seja lá o que era, nos víamos todo santo dia e mesmo assim não me parecia suficiente!. Eu não sei.., era como se ela fosse uma obra de arte, a mais bela de todas, eu simplesmente queria sentar e observá-la por horas, quando ela dormia era como se a lua se voltasse apenas para mim, e iluminasse a minha alma perdida e sem rumo, eu me sentia como a mais poderosa das bruxas, como a mulher mais sortuda que já passou nesta terra, que acabara de ser presenteada com a mais bela das visões, era como se um coral composto pelas mais lindas vozes canta-sem na madrugada transformando aquele momento ainda mais inesquecível. -A ruiva se perdeu em pensamentos lembrando daquela noite

-Wow, ainda bem que eu nunca me apaixonei, isso parece coisa de psicopata -minerva disse brincalhona

-Idiota- a ruiva acompanhou a morena nos risos

-sério Cheryl desde que você se apaixonou se tornou outra pessoa, é como se você tivesse sofrido uma lobotomia ou sei lá, deixou de ser a vadia mandona, que implicava com geral, e passou a ser um Pincher na coleira de outra Pinscher -riu de seu próprio comentário- a Toni mudou você.

-É, e partiu meu coração quando foi embora..- suspirou lembrando daquela noite nada agradável.

-Não esqueça de que foi você quem terminou com ela

-Sim claro, porém não se esqueça de que foi sobre ameaças da minha mãe odiosa -respondeu enquanto caminhava em direção a garagem com a chave da Mercedes em mãos.

-Eu odeio sua mãe, sabia?

-Bem vinda a Família -a ruiva sorriu sarcástica e adentrou o veículo pegando a estrada segundo as instruções de minerva