— Onde você se enfiou na noite passada? — Changbin estralou a língua, enquanto continuava de olho na tela da TV jogando.
— Aconteceu um imprevisto.
— O imprevisto foi o bolo da Soojin depois daquele fecho que ele deu nela. Mais bem que ela mereceu! Eu não suportava a voz dela. — Hyunjin se jogou no braço direito do sofá de couro escuro. Enquanto um bico formado por uma careta cobria seu rosto.
— Fala sério, chata demais. — Minho foi passando com a sua cabeleira escura na frente da TV. Escutando de fundo Chan terminar: saí da frente!
— Você acha que ela conseguiu ir embora? — Hyunjin perguntou.
— Depois daquele banho que a gente deu nela? — Changbin sorri da desgraça alheia. — Eu duvido muito.
— Ela provavelmente ainda deve está molhada. — Hyunjin começou a rir, sem parar.
— Ou deve ter ligado pra mãe e ido chorando pra casa. Como sempre. — Os três responderam ao mesmo tempo; tanto Hyunjin, Chan como Changbin falaram de juntos, e rindo logo depois.
Os quatro estavam no porão da casa de Changbin, que funcionava como sala de estar no imenso cômodo da casa, onde a banda se reunia todas as vezes que precisavam conversar sobre o grupo, as músicas e os projetos da banda. Em uma forma tão boa quanto possível para um bando de idiotas que bebiam, fumavam e usavam drogas estranhas de vez em quando. Mas Minho não se importava. Ele parou de competir sobre quem era mais louco do que o outro, quando tinha quinze anos, descobriu coisas mais interessantes para fazer com seu tempo. Coisas que, claro, envolviam seu pau.
Hyunjin ainda competia vez ou outra. Chan nunca competiu. Muito caro para a idade dele, já que beber demais agora, já não era tão bom quanto antigamente foi.
Changbin parecia um pouco chateado.
— Talvez eu tenha dito que estava vindo pra festa quando ela me ligou. — Para tentar não ficar muito tempo em silêncio Minho começa.
— Você realmente atendeu o celular? — Hyunjin zombou. - Idiota.
— Eu ainda estava acordando quando o celular tocou. — Minho não olhou para os dois ouvintes enquanto jogava, apenas respondeu. — Achei que ela tivesse desistido.
Chan resmungou.
— Você achou errado. Quanto tempo passou desde que você pegou?
— Logo antes das férias. Naquela grande festa na baía.
Hyunjin riu.
As botas gastas de Changbin chutaram um saco de chitos de aparência duvidosamente falsa.
— Ela queria me encontrar, e eu disse que estaria muito ocupado com a Banda pra conseguir sair com ela. Acho que ela não entendeu a dica.
— Eu ficaria preocupado por ela saber onde eu morava, mas todos sabem onde a maioria das pessoas moram nessa cidade infernal. — Chan afastou o cabelo para trás, colocando o fone de ouvido implicado na guitarra.
— A palavra "não" não existe no vocabulário da Soojin.
— Você que o diga, seu selvagem. — Hyunjin deu uma tragada profunda no seu baseado, tossindo uma risada quando Minho mostrou o dedo do meio.
Apesar de beijar homens, Minho não era uma pessoa assumida. Não porque não podia, era apenas uma escolha sua, de não querer se envolver nesse lado, sabendo a fama que carregava na cidade. Já era ruim demais estar gostando de um garoto de dezoito anos na flor da idade que a qualquer oportunidade ignorava a existência de Minho ou o chamava pra foder. Ainda tinha o fato do Han ser o irmão de Changbin.
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BABYDOLL | minsung
Fanfiction𝐁𝐚𝐛𝐲𝐝𝐨𝐥𝐥┊Oneshot divida em três partes publicado também no spirit Minho era desprezível, egoísta, mentiroso, insuportável em todos os sentidos. Mas Han tinha que admitir, que ele era sua fraqueza mais gostosa.