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beatriz garcia,floripa, Brasil

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beatriz garcia,
floripa, Brasil.

Ontem nós saímos da praia quando ja era dia

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Ontem nós saímos da praia quando ja era dia. Chegamos em casa às 6h da manhã e eu dormi como um bebê. Quando deu 17h da tarde eu me despedi do pessoal e voltei para a casa do meu pai aqui de floripa.

O plano era os meus amigos ficarem mais, porém eles não conseguiram folga do trabalho. Os meus pais e meus irmãos chegaram hoje de manhã aqui na praia e eu cheguei na casa deles a pouco tempo.

— Anda logo, Beatriz. — Cadu deu um tapinha na minha cabeça e eu ergui o meu dedo do meio na sua direção.

— Tomem cuidado e não percam a irmã de vocês!! — Mamãe falou, aparecendo toda arrumada ao lado do papai.

— Onde vocês vão? — Pergunto, me levanto do sofá e calço o meu chinelo.

— Vamos sair para jantar e comemorar os nossos 23 anos de casados. — Papai falou e minha mãe sorriu assentindo.

— Posso ir? — Abro um sorriso enorme.

— Se liga, menina. È comemoração de casal, proibida a entrada de filhos! — Enrico disse em um tom óbvio.

— Você vai se divertir com os seus irmãos, filha. Voltamos amanhã à tarde, ok? Não coloquem fogo na casa. — Mamãe se aproximou e deu um beijo na testa de cada um de nós, papai fez o mesmo.

— Deixei o cartão em cima da mesa. Usem para comprar alguma coisa que quiserem. — Meu pai falou e a gente assentiu.

Meus pais são um exemplo do amor para mim. Eles se conheceram na escola e estão juntos até hoje. Ao total, eles tiveram quatro filhos. Cadu, Enrico, Eduardo e eu, a mais nova.

— Vamos logo. Os moleques já estão lá na praia. — Edu nos apressou.

Como meus pais não gostaram da ideia de eu ficar sozinha em casa, a única opção foi eu ir com os meus irmãos para a praia e ficar com eles e seus amigos. O acontecimento de ontem ainda não saiu da minha cabeça e eu não me atrevi a falar com algum deles.

Quando eu e Arthur éramos namorados, eu era muito amiga dos outros meninos. Mas eu escolhi me afastar do Arthur e consequentemente, acabei me afastando dos outros também. Eu sinto falta. Porra, como eu sinto!

— Ontem eu vi o Arthur. — Eu soltei, enquanto nós andávamos em direção à praia. Os três me encararam chocados.

— Puta merda, como? Onde? — Enrico perguntou.

— Ele foi na festa de ontem. — Eu falei e estralei os meus dedos. — Mas a gente não conversou.

— Bando de crianças. — Cadu murmurou e eu fiz questão de ignorar.

— Então, hoje vocês vão se ver de novo. — Edu falou e eu o encarei confusa, mas logo arregalei os meus olhos. Parei de andar.

— Vocês me trouxeram para onde o meu ex está? Caralho, gente! — Eu falei desacreditada.

— Para com isso, Bia. Vocês tem que conversar uma hora e se essa è a segunda vez que estão se vendo, então è porque tem que acontecer! Anda. — Cadu falou e começou a me puxar para andar.

— Filhos da puta. — Resmunguei baixo, enquanto era puxada por Cadu e cada vez nos aproximávamos mais da praia.

— Não xinga a mamãe, sua puta! — Enrico bateu em meu ombro.

— Vai se ferrar. — Mostrei o meu dedo do meio para ele.

Chegamos na praia e eu vi o grupinho de meninos não muito longe de nós. Senti o meu coração disparar apenas por saber que ele estaria ali no meio.

Assim que chegamos, eu cumprimentei todos, mesmo que eu não conhecesse a maioria. Andei em passos lentos até os três meninos que ja me olhavam. O meu coração parecia que ia sair pela boca e minhas mãos suavam. Parei em frente a eles e o primeiro que eu abracei foi o Luís.

— Achei que você ia fingir que não tinha visto a gente, de novo. — Luis disse sério e eu sorri sem graça.

— Eu também senti saudade. — Falei em irônica e abracei Matheus.

O meu olhar se encontrou com o dele e por um momento, tudo a nossa volta sumiu. Arthur estava bem ali, na minha frente. O primeiro garoto e único que eu amei de verdade. Ele mudou e o seu olhar frio e sem brilho, mostra o quão isso o afetou.

Eu sorri levemente e por impulso, o abracei. Ele pareceu surpreso, mas não demorou para passar os seus braços por minha cintura e me apertar como se eu fosse fugir outra vez.

Você fez tanta falta. — Ele sussurrou baixinho, apenas para mim ouvir e eu o abracei mais forte e sorri levemente.

— Você também fez, tutu. — Falei em um tom carregado de sentimentos.

Ficamos assim por alguns minutos, mas depois nos afastamos. Me sentei entre ele e Matheus naquele murinho que separava a praia da calçada e suspirei.

Esse abraço. O abraço dele. Só me comprovou que os meus sentimentos por Arthur nunca foram embora, eles só estavam escondidos e esperando o momento certo para voltarem a tona.

E voltaram.

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𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄, 𝖺𝗇𝖽𝗋𝖺𝖽𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora