O Pacto

Capítulo 8: A Humanidade

As chamas do departamento se apagam conforme o poder sombrio de Damian esvai de seu corpo fazendo sua forma humana retornar, Miguel desce do teto por uma corda e caminha em direção do jovem:

— Dá última vez que vi um poder como esse as pirâmides dos Egito nem tinham começado a serem construídas. Você não tem uma alma, isso explica muita coisa.

— Vamos atrás das minhas mães e minha irmã.

Miguel caminha até um dos veículos quebrando um dos vidros com seu braço:

— Não sabia que Arcanjos roubaram carros da polícia.

— Eles não vão precisar. A propósito, peguei sua jaqueta couro, vai precisar. — Ele joga para Damian — Agora entra.

Eles entram no carro e durante toda a viagem o silêncio toma conta do veículo, ambos não são de conversar mas Miguel nota algo que chama sua atenção. O jovem não para de arrepiar seu corpo, algo fora do comum para um imortal:

— Seus cortes na barriga já estão cicatrizados.

— Se fecharam instantaneamente.

— Mas não a mordida de demônio no seu ombro, você não está se curando dela.

— Eu estou bem, vai cicatrizar. — Damian encerra de ríspida.

Não demora muito para chegarem no depósito, ao entrarem eles são recebidos por Howard e Carter com suas armas em mãos que logo são abaixadas ao perceberem Damian e  Miguel chegando no local. Eles descem do veículo, Chloe e Sarah correm em disseram ao jovem dando-lhe um abraço:

— Meu Deus, Damian, você está bem? — Chloe pergunta passando a mão em seu rosto.

— Já estive melhor e quanto a vocês?

— Estamos bem. — Sarah responde.

— Bem? Acha mesmo que estamos bem? — Arya se levanta da mesa.

— Arya! — Chloe tenta reeprendê-la.

— Não, mãe, ele precisa ouvir algumas coisas! Acha que aparecer depois de 10 anos muda apaga tudo o que fez? Você me abandonou, Damian! Depois que você sumiu minha vida virou um inferno, sabe o que é uma criança de doze anos ser diagnosticada com depressão e tentar tirar a própria vida três vezes? Eu só precisava de você! Mas agora, depois disso tudo... eu odeio você.

Todos ficam se reação ao ouvir Arya, por dentro, as palavras de Arya perfuram mais fundo do que suas próprias lâminas mas por fora seu rosto permanece frio como o gelo, sem esboçar nenhum sentimento em sua reação. Ele apenas olha dentro dos olhos dela de maneira que parece poder ver dentro de sua alma:

— Tudo bem, mas prefiro você me odiando estando viva do que me amando morta.

Damian deixa o local em silêncio indo até um sala no depósito que também serve de quarto, ele joga suas foices na cama e tira sua camiseta enquanto vê seu reflexo no espelho. Ao olhar pelo seu corpo, o jovem percebe que a mordida de demônio em seu ombro não se regenerou como também está emanando uma gosma preta de seu ferimento.

Embora isso não seja nada comum ou família, o Caçador não esboça nenhuma preocupação com a provável gravidade de seu ferimento. Após um banho quente, Damian veste um calça jeans preta e começa a vestir uma camiseta branca, quando ouve uma batida e a porta se abrindo com Hailey entrando.

— Oh, me desculpa! — Hailey vira de costas com o rosto completamente vermelho — Uau, você é... bem definido...

— Obrigado?

— Só uma pergunta, você não vai vestir essa camiseta branca por cima dessa mordida que parece ter saído do "Monstro do pântano", né?

— Não se preocupe, vai cicatrizar.