Carruagem Obscura

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A agonia presente,
fruto Da infelicidade humana
tudo de luto
a Uma pessoa sem rumo,
coberta de lama.
O filho chorava em seus braços,
Falta de esperança.

Sem dinheiro
para alimentar,
O pobrezinho vestia trapos,
a miséria a aumentar.

Lágrimas visíveis,
preparando-se
para uma Aparição.

Um veículo caro,
retumbante,
saía do além.

A sua inesperada ajuda,
salvou a pobre alma,
De um destino
supostamente cruel,
Sem se sentir desesperada.

Da carruagem
desceu uma baronesa,
imponente,
Vestido negro como a noite,
pele branca como um cadáver,
estava Ciente.

Estendeu a mão magra
para a pobre mulher,
Reduzida ao sofrimento,
aceitando o que vier.

A mulher em
estado de choque,
Aceitou a solenidade
da baronesa, por pura Sorte.

Instruções dadas,
feição de tristeza em cada rosto,
A mendiga e os empregados,
destino imposto.

O acolhimento fez a
mendiga sorrir,
Tempo sem sorriso,
a bondade a cobrir.

A carruagem começava a andar, cortando o vento,
O filho não chorava,
olhar agradecido e lento.

Transformou emoção em desvalorização,
A paisagem fria e escura,
agora quente, em contradição.

Delírios ou realidade,
ao olhar de volta,
Primogênito desapareceu,
na baronesa em revolta.

A mulher rica revirou os olhos,
O bebê escorregou,
o desespero em seus escolhos.

A mulher pobre correu,
mas não havia mais,
A criança sumiu,
destino feroz, e fatais.

Sem pensar,
sem sentir,
a foice feria,
Golpe certeiro,
a baronesa nem pensaria.

Chamas ardentes
quando a carruagem pousou,
O trono de fogo ascendia,
o ambiente delirou.

A moça levada pela
morte ao mestre,
Confiança em um
Clima sinistro,
sem proteger.

Após a última visão,
o coração parou,
O manto frio da escuridão,
vida em vão,
o rosto ao cão encarou.

Sopturno Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora