Minah.
Acordei me sentindo estranha, meu corpo parecia leve, eu ouvi a voz de Silvery falando comigo, senti uma mão acariciando meus cabelos, mas não consegui abrir os olhos, ouvi a voz de outra mulher no quarto e logo voltei a dormir, da próxima vez eu senti o que eu espero ser os médicos mexendo em mim. Não sei quantas vezes eu acordei e dormi até fim conseguir sentir meu corpo melhor e abrir os olhos.
Meu corpo parecia pesado e lento, eu sentia um pouco de dor, mas nada demais, me mexi na cama e quando enfim eu consegui abrir os olhos a claridade me cegou, pisquei os olhos por causa da luz forte e quando eu tornei a abrir eles me deparei com um par de olhos vermelhos em um rosto muito bonito me encarando, seu maxilar largo e forte, os cabelos negros emoldurando seu rosto, ele é lindo.
- Você tem os olhos da cor do fio do destino. – Falei para ele que franziu o cenho.
- Você falou isso antes de desmaiar. – Ele me falou
- Como ela está? A Silvery. – Perguntei.
- Ela está bem. – Ele respondeu. – Não tinha nenhum ferimento e estava somente um pouco desnutrida e desidratada, mas está bem, vem aqui com frequência para verificar o seu estado, ela se preocupa com você.
- Fico feliz que ela esteja bem. – Me mexi e meu ombro doeu.
- Como você se sente Minah? – Ele me questionou.
- Cansada, mesmo tendo acabado de acordar. – Falei. – Com um pouco de dor no ombro, nada demais.
- A doutora já vem lhe atender.
- Qual é o seu nome? Você já sabe o meu, mas eu ainda não sei o seu.
- Jericho, meu nome é Jericho.
- É um belo nome. – Sorri.
Antes que eu pudesse pensar em algo mais para falar com o belo exemplar masculino a minha frente uma mulher pequena entrou, acompanhada de um homem.
- Olá Minah, eu me chamo Allison, sou médica e esse é Paul enfermeiro. – Ela falou. – Que bom que você acordou, como se sente?
- Cansada, mas bem, apenas com um pouco de dor no ombro.
- Isso é normal, você perdeu muito sangue. – Ela me falou calmamente. – Eu vou olhar o seu ferimento no ombro.
Ela soltou os laços da minha bata de hospital e desceu um pouco enquanto eu segura o resto com a outra mão para não mostrar meu seio, ela retirou o curativo e eu tomei um susto ao ver o ferimento já bem cicatrizado, os pontos já haviam sido tirados e apenas uma cicatrizes irregular e rosada estava no local onde eu levei um tiro, levantei a mão tocando meu rosto e nada senti, tenho certeza que meu rosto estava rasgado, ouvi um rosnando e quando eu olhei pra frente Jericho olhava para Paul que estava de costas, só aí percebi que eu tinha soltado a bata e meu seio estava de fora.
- Puta merda. – Tornei a levantar o tecido e Allison amarrou os laços. – Quanto tempo eu dormi?
- Três dias. – Ela respondeu.
- Impossível. – A olhei. – Meu ferimento parece ter semanas e eu nem senti o do rosto direito, não tem como cicatrizar tão rápido assim.
- Minah, quando você chegou aqui tinha perdido muito sangue. – Isso eu já sabia, senti sangrar o banco do meu carro estava encharcado. – Sua artéria foi comprometida e quando você chegou aqui acabou rompendo ela de vez, se o Jericho não a traz a tempo você não teria sobrevivido.
- Nossa, eu andei perto da morte assim? – Estava surpresa.
- Sim, reparamos a sua artéria, mas você tinha perdido muito sangue e não estava reagindo, foi aí que tivemos a ideia de usar a droga de cura. – Ela falou.
- Droga de cura?
- Sim, na Mercile eles usam uma droga nos Nova Espécie para poder curar eles rapidamente e continuar os experimentos. – Malditos desgraçados. – Encontramos a fórmula para ela e tem algum tempo que estamos estudando uma dosagem para aplicar em humanos, ela acelera o processo de recuperação, mas tem efeitos.
- Então eu tomei uma droga experimental? – Ela fez que sim com a cabeça.
- Sim, estamos estudando ela ainda, mas era o único jeito de salvar você.
- Entendo. – Falei passando novamente a mão no rosto. – E isso serve pra tudo?
- Não, apenas para traumas, desde que não tenha lesão cerebral séria. – Ela respondeu.
- E por que vocês não divulgaram isso ainda? – Isso poderia salvar muitas pessoas.
- Essa droga não é totalmente segura para humanos ainda, a gente só a usa em último recurso.
- Então ela pode matar e vocês só usam quando não tem mais jeito. – Compreendi o que ela quis dizer.
- Isso. – Nossa, quer dizer que eu tava mal mesmo. – Além do mais nós ainda não conseguimos parar com os efeitos colaterais dela, fora todos os problemas envolvendo a Mercile.
- Efeitos colaterais?
- A pessoa fica agressiva, com potencial paranoia, taquicardia e febre. – Ela foi listando tudo que a droga fazia e cada vez parecia mais um milagre eu está viva. – Isso pode acabar matando a pessoa no processo de cura, você ficou sedada para ajudar passar pelos sintomas sem estressar seu corpo.
- Entendi. – Os dois homens agora me olhavam. – Eu estou livre de perigo agora?
- Sim, você está. – Me garantiu. – Vamos apenas fazer alguns exames para confirmar a sua saúde, mas você está fora de perigo.
Allison tirou meu sangue e entregou a Paul que logo saiu, logo em seguida disse que precisava me levar para um exame, ela fez menção de chegar na cama, mas Jericho chegou antes e me apoiou para eu descer, minhas pernas estavam fracas e eu tive que me esforçar para continuar de pé, ele me colocou em uma cadeira de roda a pedido da médica e me levou até uma sala de exame, uma ressonância de corpo inteiro e um ultrassom abdominal.
- Você agora pode voltar para o quarto, daqui a pouco eu vou lhe ver com o resultado. – A médica falou. – Você leva ela para o quarto? – Perguntou a Jericho
- Levo. – Ele respondeu prontamente.
- Eu posso tomar água? – Minha garganta estava muito seca.
- Pode sim. – Ela saiu da sala e voltou com um copo de água. – Beba devagar.
- Obrigada. – Peguei o copo.
- Por nada.
Bebi a água agradecida por poder matar a minha cede, depois me despedi dela e Jericho me levou de volta para o quarto.
- Obrigada por me ajudar e por me salvar. – Falei quando ele me colocou na cama.
- Eu apenas lhe trouxe aqui. – Respondeu.
- Se não tivesse feito eu estaria morta. – Insisti.
- Com licença. – Uma mulher alta, claramente Nova Espécie entrou no quarto. – Eu me chamo Midnigth e trouxe comida para você.
- Muito obrigada.
- Eu posso ver a Silvery?
- Claro. – Midnigth falou. – Vou chamar ela, tem perturbado todo mundo por três dias para estar sempre aqui com você.
Peguei a bandeja com um prato de sopa e duas torradas e comi, rapidamente eu devorei a comida e poderia comer mais, não demorou para um vulto branco passar correndo e se jogar sobre mim tirando o ar dos meus pulmões.
- Que bom que você acordou Minah. – Ela beijou minha testa. – Eu já estava preocupada com você.
- Estou bem, apenas estive descansando. – Passei uma mão em seu cabelos. – E você?
- Também estou bem, feliz de estar aqui com o meu povo e com você. – Sorriu.
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Finalmente ela acordou. Que bom.
Olha só quem foi o primeiro que ela viu.
Até a próxima. 😘🥰
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Jericho - Uma história Nova Espécie
FanfictionMinah é uma mulher de 30 anos, arquiteta que trabalha em um escritório no Colorado, afastada do trabalho ela passa a maior parte dos seus dias observando seus vizinhos, um deles lhe chama atenção. Depois de investigar mais o vizinho misterioso ela d...