Capítulo 7.

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Minah. 

Quando eu passei por uma esquina cerca de duas quadras da casa do infeliz tinha um carro estacionado na rua transversal, no seu interior dois homens que eu vi na casa dele, um deles me reconheceu quando me olhou, eu podia jurar que ele me reconheceu, tive certeza quando ligou o carro e tomou o caminho da casa do infeliz. Tentei não entrar em pânico e desviei o carro por uma rua paralela a fim de despistar os meus homens que eu receio que logo estarão nos perseguindo, acelerei o máximo que eu pude e segui meu caminho desviando pela cidade em direção a auto estrada.

Antes de sair da cidade uma picape preta estava atrás de mim, meu corpo inteiro gelou e eu senti minha respiração falhar quando eu enfrentei a possibilidade de morte, minhas mãos tremiam, apertei o volante em busca de estabilidade.

- Silvery se mantenha abaixada entendeu? – Minha voz saiu mais alta do que o necessário por causa do medo.

- Eu estou com medo Minah. – Ela falou com a voz baixa.

- Eu também estou querida. – Lhe garanti. – Mas nós vamos sair dessa juntas.

- Tudo bem.

Assim que eu atingi a auto estrada os tiros começaram.

- Puta merda. – Agora seria bom aquele carro blindado que um namorado meu insistia em ter e eu o chamava de paranoico.

Eu estava muito ferrada se eu parasse agora com certeza seria morta, se eu continuasse talvez fosse morta, eu não tinha escolha tinha que continuar, eu precisava sobreviver até chegar aos portões.

Respirei fundo e apertei ainda mais o volante, deixei que eles chegassem mais perto e virei o carro com tudo indo na direção que eu tinha vindo, com esperança de que o ponto de balanço estranho do seu carro estivesse ao meu favor.

- Aaaaah. – Gritei quando passei por eles e uma ardência ultrapassou meu braço e a lateral do meu rosto.

- Minah. – Silvery gritou.

- Estou bem. – Falei. – Você está ferida? – Vi quando a picape deu a curva abrupta e virou.

- Eu estou bem. – Ela levantou a cabeça tentando me ver. – Mas, sinto cheiro de sangue.

- Eu fui atingida de raspão. – Pelo menos eu tenho esperança de ter sido. – Não se preocupe e fique abaixada, nós vamos conseguir. – Nós temos que  conseguir.

Virei em uma estrada carroçal pouco conhecida, exceto para moradores da região, ela ligava duas cidades, passei por dentro da cidade e segui meu caminho em direção a Califórnia, meu braço ardia e queimava e de tempos em tempo ele sangrava, eu só espero não morrer antes de alcançar os portões de Homeland.

A medida que as horas se passavam o sol já havia nascido tinha algum tempo e ainda faltavam horas para eu alcançar o nosso destino, ao longe eu vi um SUV e resolvi entrar na cidade mais próxima para despistar. Depois de não ter mais um carro atrás de nós peguei a água que eu levava na mochila e tomei alguns goles, enfiei uma barra de proteína na boca e mastiguei com a ajuda de mais água.

- Silvery tome um pouco de água. – Lhe entreguei a garrafa.

- Obrigada. – Ela se sentou para beber.

- Pegue isso para comer.

Lhe entreguei um pacote de salgadinhos e uma barra de proteína, tornei a acelerar o carro pegando uma via alternativa da alto estrada. A medida que a manhã caminhava eu pensava que tinha que encontrar um jeito de entrar na ONE sem que aqueles malditos que ficam ali em volta veja a Silvery e sem os nossos perseguidores nos encontrarem.

Jericho - Uma história Nova EspécieOnde histórias criam vida. Descubra agora