𝐘𝐎𝐔 𝐅𝐄𝐄𝐋 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐇𝐎𝐌𝐄'ʜᴀʀʀʏ ᴊᴀᴍᴇs ᴘᴏᴛᴛᴇʀ

𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐄𝐄𝐍

𝐁𝐑𝐔𝐗𝐎𝐒 𝐌𝐔𝐈𝐓𝐎 𝐕𝐄𝐋𝐇𝐎𝐒,
𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐅𝐄𝐈𝐓𝐈𝐂̧𝐎
𝐄 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎𝐒 𝐄𝐒𝐂𝐔𝐑𝐎𝐒

     Não fazia diferença quantos livros de fantasia eu havia lido, nada poderia me preparar para aquela visão, meus olhos não paravam de observar atentamente todas as lojas em que passávamos, encarando de modo até meio mal educado as coisas estranhas..ou melhor...diferentes que via. Não conseguia me controlar, era tudo belo demais para eu conseguir assimilar.

     Harry não foi conosco, Ron e Hermione ficaram responsáveis por comprar o material do mesmo, temdo dificuldades em achar um tamanho de roupa que serviria em Harry sem o garoto por perto, o mesmo tinha comparecido a uma espécie de auditoria, pelo uso de magia fora da escola, pela maneira que me contou, parecia algo bem banal, mas a julgar pela preocupação do resto da casa, ele tinha aliviado de certa forma a situação para que eu me mantivesse tranquila.

     Sirius era o único que parecia tranquilo como eu, a diferença era que a gravidade de ser expulso de Hogwarts não atingira minha mente, ao contrário da de Sirius, que parecia gostar da ideia de ter o afilhado só para si durante o período escolar.

    Meu pai não largou de mim por um minuto, andamos de braços dados por todo o beco, sempre fazendo questão de me mostrar cada detalhe ainda lembrado das famosas lojas, e não pôde deixar de me contar mais sobre suas experiencias na escola enquanto tomávamos sorvete abaixo de um guarda sol que parecia mudar de cor a cada vez que eu o olhava, posso afirmar que nenhuma das experiências era muito... como posso dizer..? Socialmente correta, do jeito que o mesmo falava, todos os seus momentos de risadas com Sirius e seus outros amigos continham pelo menos três quebras de regras nas entrelinhas.

     Distraída com todo o estímulo do local, acabo só retornando a memória a Harry no momento em que fui direcionada até o famoso "Olivaras", a loja de varinhas. Harry havia me contando dias atrás sobre os vidros quebrados e faíscas dançantes causados pela escolha de sua varinha, ao entrar no local o homem extremamente velho de barba branca e olhos azuis assustadores se vira a nós com o rosto enrrugado retorcido em surpresa.

   "Lupin! Ora mal posso acreditar, quanto tempo velho amigo, cheguei a ouvir rumores sobre o seu retorno, mas não tinha a menor esperança de serem verdadeiros!" comenta olhando fixamente meu pai,  o contraste entre seus olhos castanhos e quentes com os frios e azuis me chamou atenção, por algum motivo.

    Meu pai, meio tímido,meio nervoso, se limitou a apenas responder com um sorriso amarelo e um aceno amigável, logo em seguida me empurrando gentilmente a frente.

    "Está é minha filha S/n... bom viemos comprar a... a varinha dela s-sim, é isso que viemos fazer" diz, por algum motivo, de forma receosa.

     O senhor idoso, repentinamente, se apruma, rápido como uma lebre e some diante as enormes estantes empilhadas com caixas finas de cores e emboemas diferentes, não sei como o mesmo podia se mexer tão rápido naquela idade, muito menos como foi capaz de não tropeçar em nenhuma das milhares de caixas amontoadas em pilhas sem nexo pelo chão.

     Ao voltar ao balcão, com seus braços empilhados com cerca de meia dúzia de varinhas, os testes começaram, se Harry tinha causado estrago, eu quase destruíra o local. Com uma rachadura no balcão e cacos de vidro espalhados para todo lado, que não faço ideia de como não machucaram ninguém, minha varinha me escolheu, feita de cipreste com núcleo de pelo de unicórnio, apesar de toda a zona causada, meu pai se vira a mim com um sorriso alegre no rosto.

    "Vejo que temos varinhas bem parecidas, mesmo núcleo e material, garanto que será uma ótima aliada" afirma o mesmo, como um pai orgulhoso

     Mal podia esperar para contar a Harry o que havia acontecido.