𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐄𝐍

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𝐒𝐔𝐏𝐎𝐑𝐓𝐄,
𝐍𝐀𝐒𝐂𝐄𝐑 𝐃𝐎 𝐒𝐎𝐋
𝐄 𝐀 𝐀𝐑𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐎𝐀𝐑

      Quando fui capaz de me controlar com meu próprio choro, o céu antes pintado com pequenos pontos luminosos já estava clareando, fazendo com que o azul apagado do início da manhã pairasse sobre nossas cabeças

    Notei que em nenhum momento Harry me soltara.

    O garoto parecia distraido, como se olhasse pro céu
desejando se perder ali, deixando tudo aquilo de lado

   Mues olhos vermelhos e inchados acabam se fechando involuntariamente, o afago de Harry nos meus braços me deu o conforto para deixar que o sono me guiasse
...

   Acordo confusa, com o movimento de algo em qual eu estava apoiada, o algo em questão era Harry, o garoto me acorda delicadamente botando mechas do meu cabelo pra trás de minha orelhas

   "S/n, acorde, temos que ajudar Sirius e seu pai"

    A menção de meu pai faz com que meu cérebro acorde, me ponho de pé com a ajuda do mesmo e seguimos em direção as escadas, agora não pareciam tão assustadoras, não com a luz da manhã invadindo seus degraus velhos, quase deixando a madeira com aparência bonita

    Nem é preciso entrar na cozinha, meu pai se mantém de pé precariamente em frente ao cômodo, olhando para mim com seus olhos tristes cobertos pelas cicatrizes em sua face que guardam toda a melancolia em seu ser

     Repentinamente, suas expressões mudam, se tornam preocupadas, quase como se percebesse algo que não havia notado antes, sua careta assustada se move em descrença, até sua boca sussurrar em um muxoxo audível:

    "S-sirus, onde está Sirius?" Seu rosto analisa o meu e ao perceber pela minha expressão, concluiu que o pior acontera

      O mesmo corre pelas escadas acima como um louco, batendo as portas dos quartos a procura do homem

     De frente para a porta escura com aldrava de prata ja escurida, seu corpo adentra o quarto em desespero

     Ao chegar aonde o mesmo estava, não tive coragem de entrar com ele, fiquei do lado de fora do quarto, esperando ouvir alguma coisa, afastada da situação que eu temia, o único problema era que por mais que eu não estivesse lá, eu sabia que estava acontecendo

    Harry entra logo depois, não há som nenhum, ou o tempo havia congelado ou meu pai estava estático demais para crocitar uma palavra sequer

   O rosto do garoto se coloca para fora da porta, sua mão se direciona a mim, fazendo um sinal de "venha" como quem encoraja um gato asssutado a entrar em sua nova moradia

   Com passos hesistantes e medo do coração, avanço pelos pisos de mármore escuro ate chegar no bendito aposento

   Admito ter me surpreendido com a cena

   Sirius, já de pé, se abraçava fortemente a Remus, que derramava lágrimas em seu ombro, toda vez que meu pai tentava levantar o rosto para se afastar do aperto, o machucado no pescoço branco de Sirius o fazia voltar a estaca zero

    "P-perdão Sirius" Fala o mesmo com dificuldade "Me desculpe pelo amor de Deus, me desculpe, só lhe peço isto"

    Sirius em resposta o segura mais forte, se é que isso era possível e responde calmo "não é culpa sua Aluado, é claro que eu te perdoo"

    A frase só contribuiu para desencadear mais lágrimas

    Mas ao final, o choro é como uma tempestade, por mais forte que seja, sempre acaba

𝐘𝐎𝐔 𝐅𝐄𝐄𝐋 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐇𝐎𝐌𝐄'ʜᴀʀʀʏ ᴊᴀᴍᴇs ᴘᴏᴛᴛᴇʀOnde histórias criam vida. Descubra agora