02. DEADPOOL

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Sejam bem vindos à mais um capítulo.
Espero que gostem e boa leitura...

Desde que Clarice Campbell retornou da morte suas noites se tornaram silenciosas

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Desde que Clarice Campbell retornou da morte suas noites se tornaram silenciosas. 

Virou uma constância em sua nova vida aquilo já. Sua mente sempre acabava num limbo espaço, onde tudo que tinha era o silencio e a solidão a sua volta.

Mas essa ausência de qualquer som era bem atípica em sua vida passada, pois ela que antigamente sempre pensava demais, sempre teve a cabeça cheia de coisas, passado, presente e futuro e uma infinidade de possibilidades em sua mente a todo instante.

Então sem mais nem menos, de um dia pro outro, não havia mais nada...

Sua vida, sua mãe, seu marido, seu pai... A lista de perdas era grande àquela altura do campeonato.

Então ela acabou se envolvendo naquela calmaria por meses a fio da sua volta, porque qualquer coisas que a impedisse de sentir, por pelo menos alguns segundos, parecia acolhedora e amiga.

Até porque naquele vazio não tinha nada de responsabilidades, nada mais de decisões, nada de dor, nada de decepções. Ela estava cansada e só queria ficar ali, presa naquele lugar da própria mente onde só havia o silencio como aliado.

Ela acabou passando muito tempo apenas existindo, enquanto tudo a sua volta acontecia.

Então não foi novidade se encontrar naquele sono profundo. Dormir parecia um jeito bom de não precisar encarar a realidade.

Mas, como se a vida estivesse brincando com Clarice Campbell e esfregando a realidade mais uma vez na sua cara, um barulho distinto a fez recobrar a consciência.

A primeira coisa que ela percebeu foi o quão barulhento era a sua volta. Ela conseguiu ouvir uns barulhos de estrada e uma voz estridente e masculina que estava cantando alguma música que de primeira a garota não conseguiu dizer qual era.

Ela foi limpar a crosta de seus olhos, mas suas mãos só se moveram alguns centímetros antes de parar. Foi possível sentir um metal frio cravado em seus pulsos fazendo ela acordar de vez.

Que? Abriu a boca para falar, mas nada saiu.

Clarice piscou rapidamente tentando recordar o que estava fazendo naquele lugar desconhecido.

E de repente tudo volta... Saindo do restaurante, saco na cabeça, escuridão e uma voz masculina.

Quando ela olhou para a esquerda, lá estava o homem, dirigindo e cantando junto com a música que ela identificou como: Vejo Uma Porta Abrir do filme Frozen.

— ...Caralho Frozen tem a melhor trilha sonora do mundo! —O homem dizia pra si mesmo. —  Melhor que isso só foi quando Elsa disse pra irmã ‘’Você não pode se casar com alguém que acabou de conhecer ‘’ e eu fiquei, caralho Frozen não ataca meu espírito de puta desse jeito. — Ele continuava cantando e imitando a voz feminina da música.

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